quarta-feira, 12 de junho de 2013

RELAÇÕES INTERMALIXARES (PPR)

RELAÇÕES INTERMALIXARES




Introdução
Relações intermaxilares são todas as posições que a mandíbula assume em relação a maxila.
O objetivo de sua obtenção é uma reabilitação protética mais harmoniosa com o sistema estomatognático.

Sistema estomatognático: O Sistema estomatognático identifica um conjunto de estruturas bucais que desenvolvem funções comuns, tendo como característica constante a participação da mandíbula. Como todo sistema, tem características que lhe são próprias, mas depende do funcionamento, ou está intimamente ligado à função de outros sistemas como o nervoso, o circulatório, o endócrino, e todos em geral, porque não constitui uma unidade separada do resto do organismo, mas se integra estritamente a ele. Tanto nos estados de saúde como nas de enfermidade, o sistema estomatognático pode influir sobre o funcionamento de outros sistemas como o digestivo, respiratório, metabólico-endócrino etc...Wikipedia.
Para estabelecer um novo padrão oclusal deve-se obter relações intermaxilares corretas, que se harmonizem com os movimentos mandibulares para obter uma PPR que proporcione:
·         Mastigação eficaz;
·         Comodidade;
·         Boa estética;
·         Distribuir as cargas mastigatórias corretamente aos dentes e rebordo.
Conceitos para obter as relações intermaxilares:

Oclusão
Por definição, a palavra oclusão são as posições de fechamento da mandíbula. São posições entre as superfícies oclusais dos dentes inferiores e superiores, quando em contato.
Uma PPR com oclusão harmoniosa é a que permite distribuição correta das forças quando os dentes estiverem em posição de oclusão.

Determinantes Fixos da Oclusão
·         Relação Central (RC);
·         Distância intercondilar: é importante porque orienta os sulcos de desenvolvimento dos lados de trabalho e balanceio;
·         Guia condilar ou trajetória condílica: da sua inclinação dependerá a separação entre os dentes posteriores, durante o movimento prodrusivo denominado fenômeno de Christensen.
·         Ângulo de Bennet;
·         Ângulo de Fischer.
1 Relação Central
É a relação craniomandibular, na qual os côndilos estão situados no seu eixo de rotação terminal; independente de contatos dentais.
É uma relação exclusivamente articular quando os côndilos se encontrarem centralizados na fossa articular em direção súpero-anterior.
Obs: Geralmente com o cansaço muscular há a tendência do indivíduo projetar a cabeça para frente alterando assim o equilíbrio postural.

Oclusão Central (OC)
É uma posição exclusivamente dentária, de máximo contato oclusal (máxima intercuspidação); independente da posição condilar.

Movimentos de Lateralidade

Lado de trabalho
É o lado para o qual a mandíbula se desloca até que as cúspides vestibulares inferiores e superiores, desse lado, se alinhem num plano vertical. Ao movimento descrito pelo corpo mandibular denomina-se movimento de Bennet.

Lado de balanceio
É o lado oposto ao lado de trabalho. Quando o paciente executar um movimento de lateralidade, por exemplo, a direita, o lado esquerdo é o lado de balanceio. O côndilo, nessa situação, excursiona para fora da forma articular, indo para frente, para baixo e em direção a linha mediana, sobre a eminência articular.

Ângulo de Bennett
O deslocamento resultante do côndilo do lado de balanceio para dentro (linha mediana) forma, com o plano sagital, um ângulo denominado ângulo de Bennett.


Ângulo de Fischer
O deslocamento resultante do côndilo do lado de balanceio para baixo forma com o plano horizontal o ângulo de Fischer. Possui menor importância clínica por ser necessário por ser necessário para a montagem em articulador totalmente ajustável. Determina a altura da cúspide dos dentes posteriores.

DETERMINANTES VARIÁVEIS DA OCLUSÃO
·         Altura das cúspides;
·         Profundidade das fossas;
·         Dimensão vertical;
·         Direção dos sulcos de escape.

Plano Oclusal
O plano oclusal deve ser corrigido todas as vezes que este estiver alterado por extrusões e migrações dentais.
A correção é realizada por meio de desgastes em esmalte ou restaurações existentes. Em alguns casos, os desgastes podem atingir a dentina.

DIMENSÃO VERTICAL
Qualquer medida de altura vertical que fixe uma posição da mandíbula em relação a face.
Espaço intermaxilar para determinada posição da mandíbula.
Assim cocluimos que existem tantas dimensões verticais quanto ás posições que mandíbula ocupa, em relação a maxila, segundo um eixo vertical.

Dimensão Vertical de Repouso (DVR)
É a medida, segundo um eixo vertical, existente quando a mandíbula estiver em posição postural ou de repouso.

Dimensão Vertical de Oclusão (DVO)
É a medida, segundo um eixo vertical existente, quando as superfícies  oclusais existentes estiverem em máxima intercuspidação.

Espaço Funcional Livre (EFL)
É o espaço presente entre os dentes superiores e inferiores (antagonistas) quando a mandíbula estiver em repouso (DVR) esse espaço pode variar entre 1 e 4mm.
É uma relação que deve ser sempre respeitada modifica-se a DVO e é o ponto de partida para a determinação da DV perdida.
O EFL depende do tônus muscular – o estado de equilíbrio entre os músculos elevadores e abaixadores.
O EFL é uma relação modificável por diversos fatores, como por exemplo: posição da cabeça do paciente, hiperatividade muscular, tensão emocional, medicação, etc. Sua localização precisa é extremamente difícil.
Como não existe nenhum método absolutamente preciso para sua determinação; devemos nos basear no bom senso.

DETERMINAÇÃO DA DVO
Considerando-se um indivíduo dentado, quando sua mandíbula estiver na posição de DVR, os dentes antagonistas não devem se tocar. Ao iniciar a atividade muscular a mandíbula se movimenta para cima até a posição de máxima intercuspidação.
A DVR prende-se exclusivamente ao tônus muscular, portanto, independe da presença de dentes. Se medirmos o espaço intermaxilar nesta posição e levarmos em conta que entre a posição de DVR e a posição de DVO existe o EFL, que mede cerca de 3mm e diminuirmos da medida obtida de DVR o valor do EFL, obteremos o valor da DVO.

Equacionando:
DVO = DVR – EFL (3mm) ou DVR = DVO + EFL (3mm)
DETERMINAÇÃO DA DV

Pode-se teoricamente considerar que a DVR seja imutável em determinada fase da vida do paciente, muito embora possa sofrer alterações durante toda a vida.

DETERMINAÇÃO DA DVR
Um dos métodos mais usados é o do “Compasso de Willis”, no qual a medida do terço médio da face  (distância obtida entre o canto do olho e a comissura labial) e a medida do terço inferior da face (distância obtida entre a base do nariz e a base do mento ) devem ser iguais.
Fatores que influencuam o equilíbrio muscular:  
·         Equilibrio da cabeça
·         Presença de dentes naturais
·         Cansaço muscular
·         ATM
·         Estado psíquico do paciente

Resumo do livro “Manual de Prótese Parcial e Removível”


5 comentários:

  1. muito bom todo o site, fora as outras explicações, que eu ainda vou colocar os outros derivados, alguns exemplos, é copiei pela impressora, muitas folhas, fora ainda que faltam mais eu vou salvar todos os outros exemplos, para guardar no pen-drive. mais muito bom todos o sites. como eu disse e repito que Deus continue te abençoando com saúde e a todos da vossas famílias em geral, Amém. Inaldo Pedro...

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  2. eta quase me esqueci, aonde eu arrumo esse livro, ou como comprá-lo, não agora porque estou no vermelho até no mês de Abril de 2016 mas depois desse mês poderei comprar, não sou Dentista, ou Protético, sou apena mais um paciente, que quer aprender como funciona essas Próteses c/ grampos PPR e todas as outras Próteses, e como saber as que estão certas e as que foram feitas, erradas, Amém. Inaldo Pedro...

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    1. Inaldo acho que na internet você encontra.
      Esse livro é muito bom.

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  3. eu email: renato.zanetti@hotmail.com

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  4. bom dia, tu tem algum resumo sobre ppr provisoria? tipo o passo a passo... obrigada!!!

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