quinta-feira, 6 de julho de 2023

Acentuação

Endereço: https://www.youtube.com/watch?v=DxjkmUzyJlA&list=PL1aj0k9DjHxmWpZusyRcEZtbIJBYbc2BO&index=3

Acentuação Gráfica:

Temos Trê grupos de palavras:

-monossílabos: 1 sílaba

-dissílabas: 2 sílabas       

-trissílabas: 3 sílabas

-polissílabas: mais de 3

 

Tonicidade:

-Oxítonas: última sílaba acentuada (ou forte).  => Café, Tupi,

-Paroxítona: penúltima sílaba tônica. => Ca(dei)ra , bíceps, tríceps, papéis

-Proparóxitonas: antepenultima sílaba tônica. => música. (todas são acentuadas)

 

Acentuação de monossílabos:

Terminados em A, E, O.

 

Regras de Acentuação:

 

1º -Monossílabos tônicos terminados em:

 

=> A (s) - pá, lá, cá, lá

=> E (s) - pé, dê, vê

=> O (s) - pó, dó, só,

=> Ditongo aberto: éi, ói, éu.  EX: Céu, dói, réu,

 

OBS: Dó, Ré, Mi , Fá !!!

 

Obs: Átono é quando é  tonico e não tem acento.

 

2º - Óxitonas (última sílaba tônica):

Terminadas em:

 

=> A (s) : Xará, Xarás, Pará,

=> E (s) : Trupé, Xalé, mané, chulé, café,

=> O (s) : cipó, vovô, vovó, bobó.

=> EM (S) : Também, parabéns, amém.

=> Ditongo aberto: éi (S), ói (s), éu (s), EX: papéis, herói,

 

Diferença entre o verbo Parar: Para !, para o substantivo próprio Pará, é a sílaba tônica, Pará

é óxitona, e PARA ! é paroxítona.

 

 

Link AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=p_IWxPyGhgI&list=PL1aj0k9DjHxmWpZusyRcEZtbIJBYbc2BO&index=5

 

3º- Paroxítonas (penúltima sílaba tônica):

Serão acentuadas as paroxítonas que não terminarem em A, E, O, EM.

Serão centuadas as terminadas em:
N, I, R, S, L, U, X , Ã, ÃO, Ditongo, PS

Dica para decorar música:

N, I, R, IS, L, U, M, X, U, S, Ã, ÃO, Ditongo e PS

 

Música para decorar as paroxítonas: 
- NIRI

- LUMXUS (Zeus)

- Ã

- ÃO, DITONGO PS.....

EX: hí-fen, látex, lápis, bíceps, órfão, órfã, sé|rie (ditongo), mé|dia (ditongo).

Ví-rus, tênis,

 

Exemplos de paroxítonas terminadas em ditongo aberto (éi, ói, éu)

ágeis, imundície, lírio, túneis, tênue, jóquei, nódoa, cerimônia, média, série.

 

EX de Átonas:

Geleia, ideia,

A palavra história e muitas outras terminadas como ela em sílaba átona acabada em -ia (circunferência, glória, pátria, etc.) foram consideradas como esdrúxulas e portanto acentuadas graficamente, com acento agudo ou circunflexo, consoante a vogal tónica exigisse um ou outro.


1º ALTERAÇÃO DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DE 2014

IMPORTANTE, não se acentuam as paroxítonas terminadas em Ditongo Aberto (éi, ói, éu)
EX: I-dei-a (não se acentuam mais), Ge-léia,

 

Ex: He-roi-co (não se acentua a sílaba "roi"pois é uma paroxítona terminada em "O"

He-rói (terminada em ditongo aberto ói),

 

OBS: K, W, Y estão inseridos no novo acordo ortográfico.

Não se acentuam mais as paroxítonas com ditongo ABERTO.

 

Quais são os ditongos abertos ?

Éi, ói, éu.

2º Alteração da acentuação:

Veem:  Vêem
Creem: Crêem
Descreem: Descêem
Verbo DAR -> Dêem
Relêem

Essas palavras perderam o ACENTO !!!!! DUPLO E

 

Duplo “O”
Ex: voo, enjoo, perdoo, abençoo também,

 

 

 

 


quinta-feira, 29 de junho de 2023

Secreção de saliva total estimulada em ml/minuto

 

Qual a relação da saliva com o controle da água no organismo ?

A saliva desempenha um papel importante no controle de água no organismo. A produção e a composição da saliva são reguladas pelo sistema nervoso autônomo, que é responsável pelo equilíbrio hídrico do corpo. A saliva é produzida pelas glândulas salivares, localizadas na boca.

Uma das funções principais da saliva é ajudar na digestão dos alimentos. Ela contém enzimas que começam a quebrar os carboidratos presentes nos alimentos, facilitando a mastigação e a deglutição. Além disso, a saliva também ajuda a lubrificar o alimento, facilitando o seu deslizamento pelo trato digestivo.

Em relação ao controle de água, a saliva desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio hídrico do organismo. Quando estamos hidratados adequadamente, a saliva é produzida em quantidade suficiente e possui uma composição adequada. No entanto, quando ocorre desidratação, a produção de saliva diminui e a saliva torna-se mais espessa.

A sensação de boca seca é um dos sintomas comuns da desidratação. Nesses casos, a diminuição da produção de saliva pode afetar a capacidade de lubrificação da boca, dificultando a fala, a mastigação e a deglutição. Além disso, a saliva ajuda a limpar a boca, removendo bactérias e partículas de alimentos, contribuindo para a saúde bucal.

É importante ressaltar que o controle de água no organismo envolve outros mecanismos, como a regulação da sede pelo cérebro e a função dos rins na excreção de água. A saliva é apenas um componente desse sistema complexo, mas desempenha um papel significativo na manutenção do equilíbrio hídrico e na saúde bucal. ----------------------------------------------------------------------------- A secreção crevicular, também conhecida como fluido gengival ou fluido sulcular, refere-se ao líquido que é secretado pelas gengivas (glândulas salivares menores ?) e preenche o espaço entre o dente e a gengiva, conhecido como sulco gengival. Essa secreção é um componente importante do ambiente bucal e desempenha diversas funções.

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Quais são os eletrólitos presente na saliva e suas funções ?

Os eletrólitos salivares mais comuns incluem sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), cloreto (Cl-), bicarbonato (HCO3-), fosfato (PO43-) e íons de hidrogênio (H+). Esses íons são obtidos por meio da ingestão de alimentos e líquidos, sendo posteriormente secretados pelas glândulas salivares para compor a saliva.

Os eletrólitos salivares desempenham várias funções importantes. Alguns exemplos incluem:

  1. Equilíbrio de fluidos e hidratação: os eletrólitos salivares, como sódio e potássio, são fundamentais para a regulação do equilíbrio hídrico e a manutenção da hidratação do organismo.

  2. Função muscular: os íons de potássio e magnésio desempenham um papel crucial na contração e relaxamento muscular adequados, incluindo os músculos da mastigação.

  3. Equilíbrio ácido-base: os eletrólitos salivares, como bicarbonato e fosfato, ajudam a regular o pH da saliva e, consequentemente, o equilíbrio ácido-base na cavidade bucal.

  4. Saúde bucal: os eletrólitos salivares estão envolvidos na remineralização dos dentes, ajudando a fortalecer o esmalte dentário e prevenir a formação de cáries. --------------------------------------------------------------------------------

  5. Uma doença autolimitante é uma condição médica que tende a se resolver espontaneamente sem a necessidade de tratamento específico. Isso significa que, com o tempo, o corpo é capaz de combater a doença e restaurar a saúde por conta própria. Ex: Gripe


quarta-feira, 28 de junho de 2023

Qual o primeiro estágio de formação do biofilme dental ?

O primeiro estágio de formação do biofilme dental é conhecido como película adquirida. A película adquirida é uma fina camada composta principalmente por glicoproteínas salivares que se adsorvem na superfície dos dentes e mucosa oral logo após a higiene oral. Ela se forma rapidamente, em questão de minutos, e serve como um substrato para a adesão das bactérias presentes na cavidade oral.

As glicoproteínas da saliva, como a mucina, a albumina e a histatina, são atraídas para a superfície do dente, onde se ligam a receptores específicos presentes nas bactérias. Essas proteínas aderidas na superfície dental fornecem uma superfície adesiva para as bactérias se fixarem e se multiplicarem, formando uma camada inicial de microorganismos.

À medida que o tempo passa, as bactérias aderidas começam a produzir polissacarídeos extracelulares, formando uma matriz adesiva que permite a adesão de mais bactérias. Com o acúmulo de mais bactérias e a produção contínua de polissacarídeos extracelulares, o biofilme dental evolui para estágios posteriores, tornando-se mais espesso e complexo, e podendo levar à formação de placa bacteriana, que é uma etapa posterior do biofilme dental.

A formação do biofilme dental é um processo contínuo e ocorre naturalmente na cavidade oral. A remoção adequada do biofilme dental por meio de uma boa higiene oral, incluindo a escovação dos dentes, uso de fio dental e enxaguantes bucais, é essencial para prevenir a cárie dentária, a doença periodontal e outras condições relacionadas à saúde bucal

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Lesões Fundamentais (Mapa mental)

 

Reproduzido de:

Dermatologia na Atenção Básica de Saúde / Cadernos de Atenção Básica Nº 9 / Série A - Normas de Manuais Técnicos; n° 174 [Link Livre para o Documento Original]

MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Políticas de Saúde

Departamento de Atenção Básica

Área Técnica de Dermatologia Sanitária

BRASÍLIA / DF – 2002

 

Glossário Dermatológico

 

Sebastião de Almeida Prado Sampaio

 

LESÕES ELEMENTARES

“As reações da cútis se traduzem por limitado número de aspectos morfológicos que são as lesões individuais ou elementares. São como letras que constituem o alfabeto dermatológico. Assim como da união das letras surgem as palavras, e destas as frases, também do agrupamento de lesões elementares formam-se sinais objetivos e com estes caracterizam-se as síndromes e moléstias dermatológicas.”

Ainda que existam diferenças de conceitos e denominações, pode-se classificar as lesões elementares em cinco grupos básicos de alterações individualizadas da pele:

 

      Alterações da cor

      Formações sólidas

      Coleções líquidas

      Alterações da espessura

      Perdas teciduais”

 

ALTERAÇÕES DA COR

Manchas Vásculo-Sangüíneas

      Eritema: Cor vermelha conseqüente à vasodilatação que desaparece por pressão digital ou vitropressão.

      Cianose: Eritema arroxeado por congestão venosa ou passiva, com diminuição da temperatura.

      Rubor: eritema rubro, conseqüente de vasocongestão ativa ou arterial com aumento de temperatura.

      Enantema: eritema localizado nas mucosas

      Exantema: eritema generalizado, agudo, de duração relativamente curta. Pode ser morbiliforme ou rubeoliforme, quando há áreas de eritema entremeadas com áreas de pele sã ou escarlatiniforme quando é difuso e uniforme.

      Eritemas figurados: são manchas eritematosas de formas várias e de limites bem definidos.

      Eritrodermia: eritema generalizado, crônico e persistente que se acompanha freqüentemente de descamação.

 

Lividez: é uma mancha de cor lívida, do chumbo pálido ao azulado, de temperatura fria, por isquemia.

Mancha angiomatosa: é mancha de cor vermelha, permanente, plana, que desaparece quase completamente por vitropressão forte, causada por neoformação névica de capilares da derme.

Mancha anêmica: área esbranquiçada, permanente, determinada por agenesia vascular. A vitropressão da pele circunsjacente igual a esta à mancha, mostrando que se trata de mancha anêmica, excluindo hipocromia.

Telangiectasia: lesão filamentar, sinuosa, permanente devido à presença de capilares dilatados na derme.

Púrpura: mancha vermelha que não desaparece pela vitropressão. É devida ao extravasamento de hemáceas na derme e na sua evolução torna-se sucessivamente, arroxeada e verde-amarelada. Até um centímetro de diâmetro chama-se petéquia, maior, equimose e, se linear, víbice.

 

Manchas Pigmentares

As manchas pigmentares ou discrômicas resultam da ausência, diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele.

 

Leucodermias: é a mancha branca e compreende a acromia, de cor branco marfim, causada pela falta total de melanina ou a hipocromia de cor branco-nácar, causada pela diminuição da melanina.

Hipercromia: mMancha de cor variável, causada pelo aumento da melanina ou depósito de outro pigmento. O aumento da melanina – mancha melanodérmica tem cor variável do castanho claro ao escuro, azulado ou preto. As manchas resultantes do depósito de hemossiderina ou do ácido homogentísico têm também cor do castanho escuro ao preto. A cor amarelada da pele é observada na icterícia e na carotinemia. As tatuagens apresentam coloração variável de acordo com o pigmento e profundidade da sua localização.

 

FORMAÇÕES SÓLIDAS

Resultam de processo inflamatório ou neoplásico, atingindo isolada ou conjuntamente a epiderme, derme ou hipoderme. Distinguem-se vários tipos:

 

Pápula: lesão sólida, circunscrita elevada, menor que 1 cm, por processo patológico epidérmico, dérmico ou misto.

Placa papulosa: é a lesão elevada de altura inferior a 1 cm, em plataforma que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de pápulas.

Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme

Nodosidade ou tumor: formação sólida, circunscrita, elevada ou não, maior que 3 cm. O termo tumor é usado principalmente para processo neoplásico.

Tubérculo: designação em desuso, significava pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz.

Goma: é um nódulo ou nodosidade que se liquefaz na porção central e que pode ulcerar-se, eliminando substância necrótica.

Vegetação: pápula pedunculada ou com aspecto de couve flor, branco avermelhada, que sangra facilmente, devida ao aumento da camada espinhosa, cristas epiteliais e papilas dérmicas.

Verrucosidade: pápula ou placa papulosa de superfície dura, inelástica e amarelada por aumento peculiar da camada córnea.

Urtica: elevação de forma irregular, cor variável do róseo ao vermelho, pruriginosa, com duração efêmera. Resulta da exsudação aguda da derme. É também chamada de pápula urticariana. Quando atinge vários centímetros de extensão denomina-se placa urticada.

 

COLEÇÕES LÍQUIDAS

As lesões elementares incluídas no grupo das coleções líquidas são aquelas com conteúdo líquido que pode ser serosidade, sangue ou pus. Compreendem as vesículas, pústulas, bolhas, gomas, abcessos e hematomas.

 

Vesículas: elevação circunscrita, contendo líquido claro, até 1 cm de tamanho. O líquido, primitivamente claro (seroso), pode se tornar turvo (purulento) ou rubro (hemorrágico).

Bolha: elevação contendo líquido claro, maior que 1 cm em tamanho. O líquido, primitivamente claro, pode se tornar turvo-amarelado ou rubro, formando-se bolha purulenta ou hemorrágica.

Pústula: elevação circunscrita, contendo pus até 1 cm em tamanho. É um abcesso superficial.

Abscesso: coleção de pus na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não, de tamanho variável. A pele pode estar ruborizada e há calor, dor e flutuação.

Hematoma: coleção de sangue na pele ou subcutâneo, circunscrita, proeminente ou não e de tamanho variável.

 

ALTERAÇÕES DE ESPESSURA

Queratose: espessamento da pele, duro, inelástico, amarelado e de superfície eventualmente áspera. É causado pelo aumento da espessura da camada córnea.

Liquenificação: espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria da pele, com aspecto quadriculado, de malhas poligonais bem definidas. É devida ao aumento da camada malpighiana.

Edema: aumento da espessura, depressível, com cor própria da pele ou rósea-branca. É determinado pelo acúmulo de líquido na derme e/ou hipoderme.

Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, as vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, as vezes com edema e vasodilatação.

Esclerose: alteração da espessura com aumento da consistência da pele que se torna lardácea ou coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, não é depressível e o pregueamento é difícil ou impossível. Resulta de fibrose do colágeno.

Atrofia: diminuição da espessura da pele, localizado ou difuso, que pode se acompanhar de adelgaçamento e pregueamento da pele. É devido a redução do número e volume dos constituintes teciduais. A atrofia linear chama-se víbice, nome que também serve para designar uma lesão purpúrica linear.

Cicatriz: lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem os sulcos, poros e pêlos, móvel, aderente ou retrátil. Associa atrofia com fibrose e discromia. É resultante da reparação de processo destrutivo da pele.Podem ser: (a) Atrofica – fina, pregueada, papirácea; (b) Críbrica – perfurada por pequenos orifícios; (c) Hipertrófica – nodular, elevada, vascular, com excessiva proliferação fibrosa, com tendência a regredir.

 

PERDAS TECIDUAIS

São as lesões oriundas da eliminação exagerada ou da destruição dos tecidos cutâneos.

 

Escama: massa laminada, furfurácea, micácea ou foliácea que se desprende da superfície cutânea. É devida à alteração da queratinização.

Erosão ou exulceração: perda superficial que atinge somente a epiderme.

Escoriação: erosão linear que é conseqüente à cocagem.

Ulceração: perda de epiderme e derme eventualmente atingindo a hipoderme e outros tecidos.

Úlcera: é uma ulceração persistente e de evolução crônica.

Fissura ou ragádia: perda linear da epiderme e derme, no contorno de orifícios naturais ou em áreas de pregas ou dobras da pele.

Crosta: concreção de cor amarelo-claro ao esverdeado ou vermelho-escuro, que se forma em área de perda tecidual. Resulta do dessecamento de serosidade (melicérica), pus (purulenta) ou sangue (hemorrágica), de mistura com restos epiteliais.

Escara: área da pele de cor lívida ou negra, limitada, resultante de necrose tecidual. O termo é também empregado para a ulceração após a eliminação do esfacelo. Ainda que as lesões elementares possam se apresentar isoladamente, na maioria das vezes apresentam-se associadas ou combinadas, daí decorrendo variedade de expressões, como eritêmato-papulosa, pápulonodular, atrófico-escamosa, ulcero-crostosa, vésico-bolhosa e inúmeras outras.

 

TERMOS DESIGNATIVOS

Formas, Contornos e Dimensões

Anular: em anel

Arcada: em arco

Circinada: em círculo

Corimbiforme: em corimbo, ou seja, lesão principal central e outras satélites

Discóide: em forma de disco

Figurada: com borda de contorno bem definida.

Geográfica: de contorno irregular, lembrando mapa geográfico

Girata: em giro ou espiral

Gotada: em gotas

Irisada: com círculos concêntricos

Lenticular: como lentilha

Linear: em linha

Miliar: como grânulos de mílio.

Numular: como moeda.

Pontuada: em pontos.

Serpiginosa: em linha ou contorno sinuoso.

Zosteriforme: consoante um trajeto de um nervo.

 

DISTRIBUIÇÃO E NÚMERO

Disseminada: lesões numerosas individuadas em várias regiões cutâneas.

Generalizada: erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões cutâneas.

Universal: comprometimento total, incluindo o couro cabeludo.

 

SINAIS ESPECÍFICOS

Caracterizam Síndromes ou Afecções

Aftas: pequena ulceração em mucosa

Alopécia: ausência de pêlos em locais pilosos

Calo: hiperqueratose em cunha, que se introduz causando dor. Devida a irritação ou pressão mecânica dos pés.

Calosidade: hiperqeratose circunscrita em áreas de pressão ou fricção nos pés e mãos.

Celulite: inflamação da derme e/ou do tecido selular subcutâneo.

Cisto: formação elevada ou não, constituída cavidade fechada envolta por um epitélio contendo líquido ou substância semi-sólida.

Comêdo ou comedão: acúmulo de corneócitos no infundíbulo folicular (cravo branco) ou de queratina e sebum em um folículo piloso dilatado (cravo preto).

Corno: excrescência cutânea circunscrita e elevada formada por queratina.

Eritroderma: eritema generalizado, persistente e crônico, com descamação.

Fístula: canal com pertuito na pele que drena foco profundo de supuração ou necrose.

Milium (milio): pequeno cisto de queratina, branco amarelada, superficial na pele.

Placa: uma área de pele elevada com mais de 2 cm de diâmetro.

Poiquiloderma: sinal caracterizado por atrofia, telangiectasias e pigmentação, geralmente reticulada.

Quelóide: formação elevada por proliferação fibrosa da pele, pós trauma, que não regride.

Sero-pápula: é formada por uma vesícula sobre o centro de um pequena pápula urticada. Lesão típica do estrófulo.

Sulco (túnel): pequena saliência linear, inferior a um cm, com vesícula perlácea, do tamanho da cabeça de um alfinete na extremidade. Lesão típica da escabiose.

Sinal de Auspitz ou do orvalho sangrento: aparecimento de ponteado hemorrágico quando se raspam as escamas na psoríase. Também conhecido como sinal da vela.

Sinal de Darier: fricção da lesão determina urtica. Típica da urticária pigmentosa (masticitose).

Fenômeno (sinal) de Koebner: aparecimento de lesões similares às da dermatose por trauma. Típico da psoríase e liquen plano.

Sinal de Sampaio: bainha gelatinosa nas raízes dos cabelos, encontrada na pseudopelada e lúpus eritematoso. Indica atividade da doença.

Sinal de Zileri: descamação observada pelo estiramento da pele na pitiríase versicolor.

 

GLOSSÁRIO DERMATOPATOLÓGICO

Acantólise: perda de adesão entre células epiteliais por degeneração dos desmosomas ou da substância cimentante intercelular o que permite a formação de bolhas ou vesículas.

Acantose ou hiperacantose: aumento moderado ou excessivo da camada malpighiana.

Alteração cavitária: edema intracelular com formação de cavidades no interior de células malpighianas. É a fase inicial da degeneração reticular.

Anaplasia: alteração de células que apresentam núcleos grandes, irregulares e hipercromáticos e com eventual presença de mitoses atípicas, característica de neoplasias malignas.

Bolha: cavidade epidérmica ou sub-epidérmica, contendo serosidade, hemácias ou células. A bolha inferior a 1 cm de diâmetro pode ser chamada de vesícula. A lacuna é uma vesícula pequena, intra-epidérmica.

Degeneração balonizante: alteração de células epidérmicas que assumem forma em balão por edema e perdem as conexões intercelulares o que possibilita a formação de bolhas ou vesículas. É característica das infecções virais.

Degeneração basófica ou colágeno: presença de material basófilo na derme papilar por degeneração das fibras colágenas e elásticas em áreas expostas à luz solar.

Degeneração fibrinóide do colágeno: depósito de fibrina entre a fibras colágenas ou em torno de vasos, que se caracteriza por cor eosinófilica brilhante e aspecto homogêneo. É encontrada no lúpus eritematoso, vasculites alérgicas e nódulos reumatóides.

Degeneração granulosa da epiderme: também chamada Hiperqueratose epidermolítica. Atinge as porções superior e média da camada malpighiana, produzindo intenso edema intracelular, levando à perda dos contornos celulares. Acompanha-se de hiperqueratose e produção excessiva de grânulos de querato-hialina grandes e irregulares. Ocorre em doenças congênitas.

Degeneração hidrópica ou de liquefação: vacuolização das células basais conseqüente e edema na derme, encontrada em numerosas afecções, como lupus eritematoso, líquen plano, líquen escleroso e atrófico e outros.

Degeneração hialina do colágeno: neste tipo de degeneração os feixes colágenos apresentam-se de volume aumentado, mais eosinófilos e homogêneos, com diminuição dos fibroblastos. É encontrada nas cicatrizes, quelóides e esclerodermia.

Degeneração reticular: edema intenso, intracelular que estoura as células epidérmicas e forma vesícula septada, sendo os septos restos de membranas celulares. É encontrada nas doenças virais e em dermatites agudas.

Desmosoma: estrutura conetiva das células epidérmicas, anteriormente chamadas de ponte intercelular.

Disqueratose: alteração do processo de queratinização no qual ocorre uma queratinização prematura e individual de queratinócitos. Pode ocorrer em neoplasias malignas ou em algumas afecções congênitas.

Espongiose: edema intercelular na camada malpighiana que pode levar à formação de vesícula ou bolha. É encontrada nas dermatites agudas. É característica do grupo pênfigo porém pode ser encontrada na queratose actínica e epiteliomas, bolhas virais e doença de Darier.

Incontinência pigmentar: depósito de melanina na derme, livre ou no interior de macrófagos, por perda devida à lesão das células melanocíticas (células claras) na camada basal.

Infiltrado inflamatório agudo: presença na derme de polimorfos nucleares com fenômenos exsudativos de edema, vaso-dilatação e congestão.

Infiltrado inflamatório crônico inespecífico: presença na derme de histiócitos, linfócitos e plasmócitos com fenômenos proliferativos do conjuntivo, porém sem qualquer arranjo característico.

Infiltrado inflamatório granulomatoso: presença na derme de infiltrado constituído por todos ou alguns dos seguintes elementos celulares: linfócitos, histiócitos, plasmócitos, células epitelióides e gigantócitos, com fenômenos proliferativos do conjuntivo. O infiltrado tem um arranjo sugestivo de agente específico, infeccioso ou corpo estranho.

Infiltrado neoplásico maligno: infiltrado na derme com a presença de células com pleomorfismo e anaplasia.

Lisosoma: corpúsculo intracitoplasmático que contém enzimas capazes de digerir material endógeno ou exógeno fagocitado.

Melanócito: célula dentrítica presente na camada basal da epiderme e na matriz pilosa, que produz melanina.

Melanófago: macrófago ou histiócito que fagocitou melanina.

Microabscesso: pequeno acúmulo de neutrófilos, eosínófilos ou células linfo-histiocitárias na epiderme e ápice das papilas dérmicas. O microabscesso de Munro-Sabouraud é constituído por acúmulo de neutrófilos degenerados na camada córnea ou de para queratose na psoríase. O microabscesso de Pautrier é constituído por células atípicas linfo-histiocitárias na camada Malpighiana.

Necrose caseosa: necrose em que o tecido perde sua estrutura e há um material eosinófilo, amorfo, finamente granuloso podendo ser encontrados fragmentos nucleares.

Necrose coliquativa: necrose tecidual com presença de neutrófilos degenerados, isto é com formação de pus.

Papilomatose: proliferação das papilas dérmicas com alongamento das cristas epiteliais.

Papiloma: é uma papilomatose circunscrita com hiperqueratose. É o substrato do nevo verrucoso, queratose seborreica, queratose actínica, e verruga vulgar. Em geral é possível a distinção entre essas varias afecções.

Paraqueratose: alteração do processo de queratinização normal com a presença de núcleos na camada córnea e diminuição ou desaparecimento da camada granulosa.

Queratinócito: são as células epidérmicaas que em um processo de diferenciação formam a camada córnea, queratinosa.

Queratose e hiperqueratose: espessamento moderado ou excessivo da camada córnea.

 

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