segunda-feira, 26 de maio de 2014

Jogos de Anatomia

Estou criando essa seção de jogos focado 100% na anatomia da cabeça e do pescoço, as imagens são detalhadíssimas e foram escaneadas do livro "Anatomia cabeça e pescoço - McMinn", com todos os acidentes anatômicos, com o passar do tempo estarei adicionando mais jogos.
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Neurocrânio e Viscerocrânio:
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Vista anterior do crânio:

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Vista lateral do crânio:

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Vista inferior do crânio (Base do crânio):

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Vista inferior do crânio 2:
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Região Infratemporal:
Região Infratemporal
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Mandíbula vista anterior:

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Mandíbula vista medial:

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Mandíbula vista posterior:


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MÚSCULOS:
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Inserções musculares do crânio (vista lateral esquerda)

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Outros:
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terça-feira, 20 de maio de 2014

Anatomia - o crânio (vista medial)

Vista medial do hemicrânio (secção sagital mediana do crânio)
Se a secção for realmente mediana, ver-se-á na cavidade nasal o septo nasal constituído pela lâmina perpendicular do etmóide e pelo vômer. Ao lado do septo nasal (no soalho da cavidade nasal), abre-se superiormente o canal incisivo, cerca de 1 cm atrás da abertura piriforme. Esta vista medial permite ver toda a extensão do canal incisivo.

Se o septo nasal for removido, aparecerá a parede lateral da cavidade nasal, formada pela maxila (processo frontal e face nasal do corpo), lacrimal, lâmina perpendicular do palatino, lâmina medial do processo pterigóide, etmóide com suas conchas nasais média e superior e a concha nasal inferior.

As três conchas e o soalho da cavidade nasal delimitam os três meatos nasais superior, médio e inferior. Próximo à extremidade posterior da concha nasal média fica o forame esfenopalatino que põe em comunicação a cavidade nasal com a fossa pterigopalatina. No meato nasal médio há uma abertura do seio maxilar, coberta pela concha nasal média.

A secção sagital mediana do crânio expõe os seios frontal (atrás da glabela) e esfenóide (atrás das conchas nasais média e superior). O seio maxilar e as células etmoidais somente serão vistos se o osso, que os fecha, for removido.

Os seios paranasais são cavidades pneumáticas escavadas nos ossos (levam o nome de cada osso) que se dispõem em torno da cavidade nasal e se comunicam com ela por meio de pequenas aberturas. No vivente, estas aberturas podem estar ocluídas devido à congestão da membrana mucosa que é comum (contínua) aos seios e à cavidade nasal.

Os seios frontal e esfenoidal são septados sagitalmente, no mais das vezes, de maneira assimétrica, com desvio para um dos lados.

Enquanto o seio frontal se abre anteriormente no meato nasal médio, o seio esfenoidal abre-se posteriormente no meato nasal médio, o seio esfenoidal abre-se posteriormente no meato nasal superior. Entre ambos se situa o seio etmoidal, que na realidade é composto de oito a dez células etmoidais de forma e tamanho variáveis. As células anteriores comunicam-se com o meato nasal médio, e as posteriores, com o meato nasal superior.

O seio maxilar é o maior de todos e o primeiro a se desenvolver. Ao escavar o corpo da maxila, fica conformado entre as paredes anterior (voltada para a face), posterior (para a fossa infratemporal), medial (para a cavidade nasal), superior ou teto (para a órbita) e inferior ou soalho (para o processo alveolar). O soalho fica em um nível abaixo do soalho da cavidade nasal. Ele não é liso; tem septos incompletos que se estendem superiormente a alturas variáveis.  O seio maxilar e o soalho formam bolsas nas quais produtos inflamatórios podem estagnar e também interferir na remoção de raiz dental que, porventura, tenha sido deslocada para dentro do seio.

Nas paredes superior, anterior e posterior do seio maxilar há canais para o trânsito de nervos e vasos. Esses canais ósseos podem tornar-se deiscentes e expor os nervos no interior do seio (cobertos apenas por membrana sinusal no vivente). As infecções sinusais podem afetar os nervos e provocar dor. Aliás, o seio maxilar é o que mais frequentemente se torna sede de infecções, por vários motivos, e dentre eles o odontogênico. A abertura natural do seio maxilar situa-se num nível muito alto para a drenagem natural de pus, de tal forma que esque pode ficar contido (estagnado). Apesar de tudo, de todos os seios paranasais é o mais fácil de irrigar.
Quanto as várias funções atribuídas aos seios paranasais, há uma mais provável. Desde que a temperatura do ar no seu interior seja mais elevado do que a do ar inspirado, os seios paranasais funcionam como insuladores para os olhos e o cérebro. Sua camada de ar é de lenta renovação (16 minutos no seio frontal do cão) e portanto, isolam as estruturas neurais na órbita e fossas anterior e média do crânio, protegendo-as assim do resfriamento e injúria pela passagem nasal de ar frio.
Mas o modo de crescimento desproporcional do esqueleto da face também pode explicar a presença dos seios paranasais. No caso do osso frontal, por exemplo, o crescimento da sua lâmina interna é relativamente lento em relação ao crescimento da lâmina externa. Esse crescimento diferencial causa uma separação de ambas e o aparecimento do espaço (seio frontal). No caso do seio maxilar, existe uma adaptação da maxila a forma arquitetônica do crânio, principalmente a região supra-orbital, que é bastante projetada para a frente. A maxila aumenta e projeta-se para a frente com sua lâmina externa, para ficar a prumo com a fronte, e o seio maxilar passa a ocupar uma área maior (que de qualquer modo não seria preenchida por osso).

O exame do hemicrânio pela vista medial pode ser completado com o reconhecimento de outros detalhes anatômicos já estudados por outros ângulos de observação.






segunda-feira, 19 de maio de 2014

Anatomia - O crânio (vista interior)

Vista interior do crânio (cavidade do crânio)
Ao se remover a calvária seccionada, deve-se examinar suas bordas (substância cortical, díploe, seio frontal) e por dentro.

Ela é côncava e apresenta depressões como os sulcos arteriais (para ramos da artériameníngea média), o sulco do seio sagital superior que acompanha a sutura sagital e, ao lado deste, as fovéolas granulares que abrigam granulações arcnóideas.

A base do crânio é rica em acidentes anatômicos. Habitualmente, é dividida em três fossas, cada qual em um nível diferente da outra.

A fossa anterior, de nível mais superior, aloja o lobo frontal do cérebro. Tem como limites posteriores a asa menor do esfenóide.

O soalho é, em maior parte, formado pelo frontal e na porção mediana sobressai a crista galli, uma extensão superior da lâmina perpendicular do etmóide, e a lâmina cribriforme, que veicula numerosos nervos olfatórios para a cavidade nasal. Mais atrás o canal óptico, na extremidade do sulco pré-quiasmático, leva a órbita o nervo óptivo e a artéria oftálmica.

A fossa média é formada pelo esfenóide e temporal e acomoda o lobo temporal do cérebro. Seu limite posterior é o dorso da sela e a margem superior da parte petrosa.

No centro da fossa média localiza-se a sela turca, limitada anteriormente por um tubérculo e posteriormente pelo dorso da sela. Entre estes limites está escavada a fossa hipofisária, para a hipófise.
A fissura orbital superior situa-se entre as asas menor e maior do esfenóide; através dela quatro nervos penetram na órbita.

Na asa maior do esfenóide vêem-se enfileirados os forames redondo (nervo maxilar), oval (nervo mandibular) e espinhoso (artéria meníngea média). Posteriormente, a face anterior da parte petrosa mostra, próximo ao seu ápice, uma depressão causada pelo gânglio trigêminal – a impressão trigeminal.

A fossa posterior é a de nível mais inferior. Formada pelo temporal e occipital, aloja a ponte, o bulbo e o cerebelo. O que chama mais atenção é o forame magno.  A sua frente, unido-o ao dorso da sela, encontra-se uma depressão rasa denominada clivo e, mais ao lado, o canal do hipoglosso. 

Posteriormente, localiza-se a ampla fossa cerebelar, separada da do lado oposto pela crista occipital interna, que termina na protuberância occipital interna. É nesta saliência o ponto de encontro de sulcos de seios venosos da dura-máter.

Termina aí o sulco do seio sagital superior e se inicia, de cada lado da protuberância, o sulco do seio transverso, que continua lateralmente como sulco do seio sigmóide até o forame jugular.

Na face posterior da parte petrosa destaca-se o poro acústico interno, que contínua para dentro como meato acústico interno e transmite os nervos facial e vestibulococlear.


As fraturas da base do crânio são extremamente perigosas e podem ser acompanhadas de derrame de líquor, com saída pelo nariz ou orelha, de compressão ou lesão de nervos cranianos, de rompimento de vasos com hemorragia. As hemorragias através da orelha podem ser por fraturas da fossa média do crânio, e as nasais, por fraturas da fossa anterior.


fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"

terça-feira, 13 de maio de 2014

Anatomia - O crânio (vista inferior)

VISTA INFERIOR:

Com a mandíbula removida, a parte anterior do crânio por esse ângulo de observação, é ocupada pelo palato ósseo, que é formado pelo processo palatino da maxila e pela lâmina horizontal do palatino, de cada lado. Essas quatro peças ósseas são separadas por suturas, a saber: sutura palatina mediana e sutura palatina transversa. Em crânios de crianças encontra-se presente a sutura incisiva, que separa o osso incisivo da maxila. Anteriormente, a fossa incisiva interrompe a sutura palatina mediana e recebe, de cada lado, uma abertura do canal incisivo, o forame incisivo, que da passagem ao nervo nasopalatino.

A maxila é, depois da clavícula, o osso de desenvolvimento mais precoce. Durante sua ossificação, ambos os processos palatinos podem permanecer separados, com uma fissura entre eles, através da qual a boca se comunica com a cavidade nasal. A fissura palatina pode combinar-se com uma possível persistência da sutura incisiva, de um ou de ambos os lados. Essa anomalia dificulta sobremaneira as ações de falar e deglutir e pode provocar a aspiração de alimento pelo sistema respiratório até os pulmões.

No ângulo póstero lateral do palato ósseo, ao lado do último molar, localiza-se o forame palatino maior, que constitui abertura inferior do canal palatino maior e , portanto, faz comunicação com a fossa pterigopalatina. Deixa passar o nervo palatino maior e vasos homônimos.

Atrás do forame palatino maior situam-se geralmente dois forames palatinos menores, dos quais saem nervos e vasos palatinos menores. O processo palatino é rugoso, ao contrário da lâmina horizontal, que é lisa; na frente do forame palatino maior, pequenas proeminências, as espinhas palatinas, circunscrevem dois ou mais sulcos palatinos, de direção ântero-posterior.


O centro do palato ósseo, ao longo da sutura palatina mediana, é frequentemente elevado. Mas às vezes, forma uma eminência grande, a ponto de ser individualizada com a denominação de toro palatino. Sua presença pode dificultar a estabilidade de uma prótese total. Ocorre com alguma freqüência em certas raças e mais frequentemente em mulheres. Não há evidência de sua associação com o toro mandibular.

O processo alveolar limita ântero-lateralmente o palato ósseo. Com os dentes removidos pode-se reconhecer cada alvéolo separado de seu vizinho por um septo interalveolar. Os alvéolos dos dentes bi e trirradiculares, por serem multiloculares, possuem septos inter-radiculares.
Interna e externamente delimitando o processo alveolar, as lâminas ósseas vestibular e lingual completam o alvéolo.



A borda posterior do palato ósseo é formada por duas linhas curvas, côncavas posteriormente, que se encontram numa saliência chamada espinha nasal posterior.

Na vista inferior aparece bem o processo pterigóide com sua fossa pterigóidea (entre as lâminas lateral e medial do processo pterigóideo), local de origem do músculo pterigóideo medial. O músculo pterigóideo lateral se fixa na face lateral da lâmina lateral. Acima da fossa pterigóidea, uma outra menor, a fossa escafóide, da fixação ao músculo tensor do véu palatino.

Entre as lâminas mediais, e parcialmente coberto por extensões destas e pelas asas do vômer, está o corpo do esfenóide.  À sua frente, a porção posterior da cavidade nasal pode ser vista através das coanas. O corpo do esfenóide se solda com a parte basilar do occipital. Até os 16 ou 17 anos de idade, esta união tem a interposição de cartilagem e se denomina sincondrose esfeno-occipital, um importante centro de crescimento da base do crânio no sentido ântero-posterior. Lateralmente a parte basilar do occipital, a parte petrosa do temporal se avizinha do esfenóide e do occipital, e delimita o forame lacerado, que no vivente é preenchido por cartilagem. Posteriormente, o amplo forame magno permite que o tronco encefálico, proveniente da cavidade do crânio, continue com a medula espinal no canal vertebral.
Ao lado do forame magno, o côndilo occipital oculta uma escavação horizontal transversal, o canal do hipoglosso, que transmite o nervo hipoglosso. Atrás do côndilo, o inconstante canal condilar de disposição ântero-posterior é passagem de uma veia emissária.

Voltamos agora para a superfície mais lateral da norma basilar, nota-se o conjunto maxilo-zigomático-temporal-esfenóide que circunscreve as fossas temporal e infratemporal.

Aqui, a face articular superior da articulação temporomandibular, pertencente à parte escamosa do temporal, pode ser bem examinada. A eminência articular é um relevo transversal, com suas extremidades elevadas. Seu limite anterior é indistinto; sua vertente posterior inclina-se em direção a uma escavação de profundidade variável, elíptica com o maior eixo transversal, a fossa mandibular. O fundo da fossa mandibular é feito de uma lâmina óssea muito delgada. Na sua porção lateral, a margem lateral da fossa tem uma proeminência de perfil triangular mais ou menos desenvolvida, que é o processo retroarticular. Atrás dele localiza-se a parte timpânica do temporal, separada da fossa mandibular e do próprio processo retroarticular pela fissura timpanoescamosa, que se relaciona com o nervo corda do tímpano. Ainda que o processo retroarticular seja limitado à metade lateral da fossa mandibular qualquer deslocamento exagerado da mandíbula para trás não provocará impacto contra a parte timpânica, mas sim contra o processo retroarticular.

Na face inferior da parte petrosa se inicia o canal carótico, um túnel através do qual a artéria carótida interna viaja para dentro da cavidade do crânio.

Por estar em relação imediata com as orelhas média e interna, os batimentos da artéria contra o osso que a separa das orelhas podem ser ouvidos em momentos de excitação ou de grande esforço físico.


Mais atrás, a fossa jugular delimita com a incisura jugular do occipital o forame jugular, importante passagem para a veia jugular interna e os nervos glossofaríngeo, vago e acessório. Lateralmente ao forame jugular aparecem os processos estilóide e mastóide, e entre ambos, o forame estilomastóideo, saída do nervo facial.



fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Anatomia - O crânio (vista posterior)

CRÂNIO - VISTA SUPERIOR

Glossário:
*sutura:  a linha de união entre dois ossos do crânio. É um tipo de articulação fibrosa.
*incisura: depressão em forma de incisão, corte ou entalhe.
*espinhas: pequeno processo pontiagudo.
*forame: buraco, orifício em um osso ou em uma estrutura membranosa.
*fossa: uma depressão larga, arredondada.
*fóvea: uma pequena fossa rasa.
*linha: elevação linear menos saliente que uma crista.
*crista: aresta linear mais saliente que uma linha.
*língula: diminutivo de língua.
*sulco:  um canal sem teto. Uma depressão linear, uma ranhura.
*tuberosidade: uma elevação maior e mais larga que um tubérculo.
*tubérculo: um pequeno túber, um pequeno processo globoso.
*túber: uma elevação larga, grande, maior que uma tuberosidade.

Os ossos que tomam parte na formação da parte posterior do crânio são os dois parietais, o occipital e a área mastóidea dos temporais. Por este aspecto, pode-se ver também a mandíbula.

Alguns acidentes anatômicos visíveis na vista posterior já foram descrito nas vistas superior e lateral. Entretanto, alguns deles podem ser mais bem observados por essa vista. É o caso da sutura lambdóidea, que não raro mostra no seu trajeto um ou mais ossos suturais. A protuberância occipital externa e as linhas nucais olhadas por trás dão uma idéia mais completa da sua forma. O desenvolvimento dessas elevações depende do desenvolvimento da musculatura nucal. O processo mastóideo visto por trás mostra sua delimitação medial bem caracterizada pela incisura mastóidea, onde se prende o ventre posterior do músculo digástrico.

A mandíbula, por esse ângulo de observação, exibe sua face interna. No corpo há uma saliência dupla, irregular, mediana, as espinhas mentonianas, onde se prendem os músculos genioglosso e gênio-hióideo. Acima das espinhas mentonianas localiza-se o forame lingual ou retromentoniano superior que, quando presente, é atravessado por um ramo da artéria sublingual. Mais abaixo, na base da mandíbula e também no plano mediano, outra abertura incostante – o forame retromentoniano inferior -  dá passagem a um ramo do nervo milo-hióideo em 50% dos casos. A fossa digástrica, uma depressão paramediana na base da mandíbula, dá inserção ao ventre anterior do músculo digástrico.

Ao lado das espinhas mentonianas surge uma saliência que à medida que se dirige obliquamente para trás e para cima vai tornando-se mais elevada e termina depois do alvéolo do último molar – é a linha milo-hióidea, onde toma origem o músculo milo-hióideo. A linha milo-hióidea separa duas fossas rasas mal demarcadas: uma súpero-medial, a fóvea sublingual, e outra ínfero-lateral, a fóvea submandibular, assim chamadas por alojarem as glândulas sublingual e submandibular.

Nessa área, nas proximidades dos premolares e molares, pode manifestar-se uma protuberância de caráter hereditário, o toro mandibular, que tende a ser bilateralmente simétrico.



No centro do ramo da mandíbula há um amplo orifício, o forame da mandíbula, que continua interiormente com o canal da mandíbula. Ambos dão passagem ao nervo, artéria e veia alveolar inferior. O forame da mandíbula é limitado anteriormente pela língula da mandíbula, local em que se insere o ligamento esfenomandibular. Uma estreita escavação se inicia no contorno inferior do forame da mandíbula e se estende obliquamente para baixo e para diante, com o nome de sulco milo-hióideo. Aí se alojam o início do nervo e vasos milo-hióideos. Abaixo e atrás do sulco milo-hióideo, já na área do ângulo da mandíbula, econtra-se o campo de inserção do múculo pterigóideo medial, caracterizado por um conjunto de asperezas denominado tuberosidade pterigóidea. Separando-se a mandíbula do crânio, pode-se examinar melhor a face medial do ramo. O processo coronóide é menos liso do que na face lateral; de seu ápice, alonga-se em direção inferior a crista temporal, que termina no trígono retromolar, uma área triangular logo atrás do último molar. Na crista temporal e em toda a face medial do processo coronóide inserem-se o músculo temporal; em algumas pessoas prolonga a inserção até o trígono retromolar. O processo condilar mostra o colo bem evidente e, na sua porção anterior, uma fossa rasa, a fóvea pterigóidea, para a inserção do músculo pterigóideo lateral. Do pólo medial da cabeça (côndilo) da mandíbula parte para baixo e para a frente uma condensação linear, a crista medial do colo.




A porção superior da cabeça da mandíbula corresponde à face articular inferior da articulação temporomandibular. É uma superfície de contorno elipsóide e em forma de tenda, com uma vertente anterior e outra posterior. Na oclusão dos dentes, a vertente anterior choca-se contra a vertente posterior da eminência articular temporal. As alterações de forma e contorno da cabeça da mandíbula são freqüentes, principalmente em indivíduos desdentados idosos.

fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Anatomia - O crânio (vista lateral)

Vista lateral do crânio (normal lateral)

Alguns acidentes anatômicos já observados nas vistas anterior e superior do crânio podem ser identificados, agora por outro ângulo.
A linha temporal, na vista lateral, pode ser examinada por inteiro; é uma linha arqueada que se inicia no frontal, avança pelo parietal e encurva-se mais para alcançar a parte escamosa do temporal e continuar com a crista supramastóidea. Ela presta inserção a fáscia temporal e as fibras mais superiores e posteriores do músculo temporal. Circunscreve a fossa temporal, na qual se distingue a sutura escamosa, entre a escama do temporal e o parietal. A fossa temporal é mais profunda ântero-inferiormente local onde o músculo temporal que a preenche é mais volumosa.

Linha temporal
Sutura escamosa
Crista supramastóidea


A área da fossa temporal é a mais delgada e mais fraca do neurocrânio; a artéria meníngea média passa em suas imediações (por dentro) e casos de fratura associados com injúria desse vaso são comuns.

Da parte escamosa projeta-se anteriormente o proceso zigomático, que se une ao processo temporal do zigomático para constituir o arco zigomático. Corresponde a uma ponte entre o neurocrânio e o viscerocrânio, achatada médio-lateralmente e , portanto, com uma borda superior onde se prende a fáscia temporal, e uma borda inferior de onde se origina o músculo masseter. O arco zigomático separa a fossa temporal da fossa infratemporal.



O arco zigomático e o osso zigomático frequentemente sofrem fraturas em acidentes. As disjunções (afundamento) do zigomático, ao nível de suas três suturas com os ossos frontal, maxila e temporal, são uma forma comum de lesão desse osso. Quando a fratura compromete o soalho da órbita, o bulbo ocular cai para um nível mais baixa, com conseqüente diplopia.

O ramo da mandíbula assemelha-se a um retângulo. Suas bordas posterior e inferior se encontram no ângulo da mandíbula, onde se distingue a tuberosidade massetérica. A borda superior é uma curva, conhecida como incisura da mandíbula, disposta entre o processo coronóide, em cujas bordas e face medial se insere o músculo temporal, e o processo condilar composto de um estreitamento chamado colo da mandíbula e uma saliência robusta, a cabeça (côndilo) da mandíbula.  Esta se relaciona com o temporal na fossa mandibular, tendo á frente a eminência articular e atrás o processo retro articular.


Mais atrás há uma ampla abertura de contorno circular, o poro acústico externo, delimitado quase que totalmente pela parte timpânica do temporal. Dá acesso ao meato acústico externo, amplo canal que se insinua pela parte petrosa do temporal. Durante a vida, ele é fechado na sua extremidade medial pela membrana do tímpano, que o separa da cavidade timpânica.
Entre a parte timpânica e o osso occipital encontra-se uma saliência rugosa e robusta que se projeta em direção inferior e anterior, o processo mastóide. Dele se origina os músculos esternocleidomastóideo, esplênio da cabeça e longo da cabeça. Seu interior é oco, com células mastóideas que se comunicam com a orelha média. Na base do processo mastóide, próximo a sutura occipitomastóidea, observa-se o forame mastóide, para uma veia emissária.

Abaixo da parte timpânica vê-se o processo estilóide, uma projeção ântero-inferior em forma de estilete, que dá origem ao músculo estilo-hióide, estilo-faríngeo e estiloglosso e ao ligamento estilo-hióide.

O processo estilóide, que normalmente mede de 2 a 3 cm, pode apresentar-se alongado (até 8cm) e o ligamento estilo-hióide pode ossificar-se parcial ou totalmente. Em ambas as condições, o paciente se vê acometido, em maior ou menor grau, por dores, disfagia, disfonia, movimentação limitada do pescoço, sensação de corpo estranho alojado na garganta e outros sintomas que caracterizam a síndrome estilo-hióidea (de Eagle).

Ainda no contorno da base do crânio se avista uma saliência romba – o côndilo occipital – que faz a articulação do crânio com o atlas, a primeira vértebra cervical. Boa parte da escama occipital é vista pela norma lateral; nela, pode-se identificar a protuberância occipital externa (de perfil) e as linhas nucais superior e inferior, que dão origem anatômica aos músculos trapézio, semi-espinal da cabeça, obliquo superior, reto posterior maior e reto posterior menor da cabeça.

Separando-se a mandíbula do crânio pode-se ver a fossa infratemporal aberta posteriormente e com seu limite ântero-medial formado pela lâmina lateral do processo pterigóide e tuberosidade da maxila. Nesta área nota-se o perfil do hámulo pterigóideo, que é uma extensão da lâmina medial do processo pterigóideo e se relaciona com o músculo tensor do véu palatino e o ligamento pterigomandibular. A tuberosidade faz parte do corpo da maxila e limita-se no alto com a fissura orbital inferior e na frente com a crista zigomático-alveolar. Ela é perfurada por dois ou três forames alveolares que se continuam como canais alveolares e contêm os nervos e vasos alveolares superiores posteriores.




Nas extrações do terceiro molar superior, a tuberosidade da maxila e, particularmente, sua extensão inferior em forma de tubérculo logo atrás desse dente ficam ameaçadas de fratura. A ameaça é maior quando a tuberosidade é tornada oca por aumento do seio maxilar ou quando são usados extratores exercendo pressão distal. As fraturas comprometem extensões ósseas variáveis e podem provocar uma comunicação bucossinusal. A complicação é maior ainda quando o hámulo pterigóideo é envolvido na fratura ou quando é fraturado isoladamente. Nesse caso, o músculo tensor do véu palatino fica sem suporte e o palato mole perde poder de enrijecimento no lado correspondente. Essa “queda” do palato pode leva á disfonia e a disfagia (e a uma ação judicial).

Na profundeza da fossa infratemporal, há uma fenda vertical – a fissura pterigomaxilar – que dá acesso a fossa pterigopalatina formada pela lâmina perpendicular do palatino e processo pterigóide. A artéria maxilar, depois de transitar pela fossa infratemporal, invade a fossa pterigopalatina. O nervo maxilar cruza o alto da fossa e seu ramo, nervo palatino maior, percorre toda ela para atingir o palato ósseo pelo forame palatino maior. No fundo da fossa pterigopalatina, o forame esfenopalatino a põe em comunicação com a cavidade nasal.




fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"

terça-feira, 6 de maio de 2014

Anatomia - O Crânio (vista anterior e superior)

O crânio em geral:

Constitui o esqueleto da cabeça e pode ser dividido em viscerocrânio* e neurocrânio.

Glossário:
-Suturas:linha de união entre dois ossos do crânio.
-Protuberância: proeminência óssea em ponta, maior que um tubérculo.
-Tubérculo: um pequeno túber, um pequeno processo globoso.
-Túber: Uma elevação larga, grande, maior que a tuberosidade.
-Tuberosidade: Uma elevação maior e mais larga que um tubérculo.
-Arco: Uma ponte óssea ou uma estrutura arqueada. Arco dental: fileira de dentes em forma de arco, implantada nos maxilares.
-Margem: Borda
-Incisura: Depressão em forma de incisão, corte ou entalhe.
-Ádito: entrada de uma cavidade.
-Processo: Uma projeção ou extensão óssea, geralmente para inserção muscular ou para conexão com outro osso. Processo também significa o progresso ou avanço de uma doença (processo patológico, processo inflamatório).
Ex:
 O processo pterigóideo do osso esfenóide é uma projeção óssea para a origem dos músculos pterigóideo medial e lateral.
O processo frontal do oso nasal é uma projeção ossea que se lança em direção ao osso frontal.
-Crista: aresta linear mais saliente que uma linha
-Linha: Elevação linear menos saliente que uma linha
Canal: Um forame com comprimento. Conduto que possui um orifício de entrada e outro de saida.
-Canalículo: Canal muito pequeno.
-fissura: Uma fenda ou goteira. Falta de fusão (normal ou anormal), linear, entre duas partes de tecido duro ou mole.
-Septo: Lâmina óssea, cartilagínea ou membranosa que divide cavidades ou tecidos.
-Fossa: Uma depressão larga arredondada.
-Fóvea: Uma pequena fossa rasa.

Viscerocrânio: Corresponde à face e nele estão situados os órgãos dos sentidos e o início dos sistemas digestório e respiratório.

É formado por 14 ossos irregulares unidos entre si por articulações fibrosas (suturas), com exceção da mandíbula que é móvel e se liga ao crânio por uma articulação sinovial (de amplos movimentos). Além da mandíbula os demais ossos do viscerocrânio são: duas maxilas, dois zigomáticos, dois palatinos, dois nasais, duas conchas nasais inferiores, dois lacrimais e um vômer. Todos esses ossos se articulam com as maxilas, que vêm a constituir assim a porção mais central e importante do esqueleto facial.


Neurocrânio: é formado por oito ossos planos e irregulares rigidamente unidos entre si por meio de suturas. São eles: dois temporais, dois parietais, um frontal, um occipital, um esfenóide e um etmóide.

Arranjam-se de tal forma a constituir uma grande cavidade- cavidade do crânio – na qual se aloja o encéfalo. 



A parte mais alta do neurocrânio é conhecida como calvária (calota craniana) e pode ser obtida seccionando-se o crânio transversalmente, tendo como referências a glabela e a protuberância occipital externa.


Os ossos que compõem a calvária consistem de duas lâminas de substância compacta – lâminas externa e interna -  entre elas existe uma camada de substância esponjosa, que no crânio é conhecida por díploe. A lâmina interna, por ser muito mais frágil que a externa, fratura-se extensamente nos traumatismos, e isto pode provocar rupturas de artérias que se situam entre ela e a dura-máter.



A remoção da calvária expõe a cavidade do crânio e deixa ver a base do crânio em seu interior.




Vista superior interna.

Obs: Removendo-se a calvaria em um corte axial tendo como referência a glabela e a protuberância occipital externa, teremos essa visão interna.

Ela também pode ser vista por fora, unida ao viscerocrânio e parcialmente encoberta por ele. A base do crânio coincide com um plano inclinado que secciona o crânio na altura dos pontos craniométricos násio e básio. 


Traçado do ponto Básio ao ponto Násio.


Ela é formada por ossos irregulares e caracterizada pela presença de vários forames e canais, por onde trajetam nervos e vasos, os quais podem ser lesados nos traumatismos cranianos, principalmente naqueles acometidos de fraturas.



VISTA ANTERIOR DO CRÂNIO :

Pela vista anterior, o terço superior do crânio é caracterizado pelo osso frontal, do qual se distingue sua parte mais extensa, lisa e convexa, a escama frontal, que se estende desde o vértice do crânio até as órbitas e os ossos nasais. Sua superfície mostra uma convexidade mais pronunciada acima de cada órbita, o túber frontal.

Entre o túber frontal e a órbita há uma elevação linear, romba, curva, o arco superciliar.  Encontram-se ambos os arcos superciliares numa área mediana em relevo, a glabela.
A aguda margem supra-orbital é interrompida entre seus terços intermédio e medial pela incisura supra-orbital, por vezes transformada em forame.



Entre as órbitas, o osso frontal conecta-se com os ossos nasal (pela sutura frontonasal) e maxila (sutura frontomaxilar).
No ângulo do adito da órbita (entrada), formado pelas margens supra-orbital e lateral, o osso frontal apresenta uma projeção forte e saliente, o processo zigomático, que leva este nome por unir-se ao osso zigomático por meio da sutura frontozigomática (o processo do zigomático que se liga ao frontal se chama processo frontal).

Sutura Frontonasal
Sutura Frontomaxilar
Sutura Frontozigomático

A margem póstero-lateral do processo zigomático inicia-se como uma crista aguda e, a medida que se prolongo para cima e para trás, mais tornando-se menos saliente e se transforma na linha temporal, que alcança o osso parietal.

Além do frontal, os ossos que completam o adito da órbita são o zigomático e a maxila.
O primeiro faz contorno látero-inferior, e a maxila, o contorno médio-inferior. Entre ambos, a sutura zigomático-maxilar é bem distinta na margem infra-orbital. Essa sutura, preenchida por tecido fibroso, pode ser distinguida nas pessoas como um ressalto que pode ser palpado sob a delgada cútis dessa área. Uns 7 ou 8 mm abaixo, perpendicularmente, acha-se o forame infra-orbital.



A órbita, larga no adito, vai aguçando-se no fundo devido a disposição convergente de suas paredes. A parede superior (teto) é formada, na sua maior extensão, pela parte orbital do frontal, que exibe uma depressão na porção lateral, a fossa da glândula lacrimal. A parede lateral é composta pela asa maior do esfenóide e porções dos ossos zigomático e frontal. A parede medial é formada pela lâmina orbital do etmóide,lacrimal e porções da maxila e esfenóide. A parede inferior (soalho) é formada pelo zigomático e face orbital da maxila, a qual é escavada pelo sulco e canal infra-orbital, com início na fissura orbital inferior. Tanto esta quanto a fissura orbital superior são fendas alargadas que separam as paredes superior, lateral e inferior e convergem para o fundo da órbita. Nesse local o canal óptico é bem visível. Nele passam o nervo óptico e a artéria oftálmica.



Medialmente a órbita há uma extensão da maxila, o processo frontal , que se une ao osso nasal pela sutura nasomaxilar. A margem livre do nasal de ambos os lados inicia o contorno superior da abertura piriforme, que é completado nos lados e abaixo pelas maxilas, as quais, em sua união, delimitam uma saliência pontiaguda mediana, a espinha nasal anterior.  A abertura piriforme permite a visão, no interior da cavidade nasal, do septo ósseo e das conchas nasais inferior e média.
Ao lado da abertura piriforme, a maxila é côncava (fossa canina) e apresenta o forame infra-orbital, que continua atrás com o canal infra-orbital até o sulco infra-orbital, todos percorridos pelo nervo e vasos infra-orbitais. Mais lateralmente, a maxila termina-se unindo ao zigomático por meio de seu processo zigomático.





O zigomático, por sua vez, está encaixado entre o viscerocrânio e o neurocrânio, ligando a maxila ao frontal e ao temporal. O zigomático tem um corpo e três processos, cujas denominações correspondem aos nomes dos ossos a que está conectado – processo maxilar, processo frontal e processo temporal. Na sua face lateral, abre-se o forame zigomático-facial, que dá passagem a um nervo homônimo.



As duas maxilas (maxilar) articulam-se no plano mediano pela sutura intermaxilar, ao lado da qual se situa a fóvea incisiva. Entre as fossas incisiva e canina vê-se a eminência canina, saliência que recobre a raiz do dente canino. Na maxila, o processo alveolar, larga expansão que provê alvéolos para os dentes, evidência as eminências alveolares, das quais a canina costuma ser a mais saliente. Mais lateralmente, como contorno final da maxila nesta vista anterior do crânio, vê-se a crista zigomático-alveolar, uma condensação óssea que se estende do processo zigomático da maxila ao alvéolo do primeiro molar.




Finalmente, a mandíbula articulada com a base do crânio mostra sua superfície ântero-lateral, na qual se nota a protuberância mentoniana, forte condensação óssea mediana delimitada por uma saliência na base da mandíbula, o tubérculo mentoniano, e pela fossa mentoniana, uma ligeira depressão abaixo dos alvéolos dos incisivos.



O processo alveolar, semelhante ao da maxila, não possui eminências alveolares acentuadamente salientes. Abaixo do alvéolo do segundo pré-molar, a meia distância da base da mandíbula e da borda livre do processo alveolar, situa-se o forame mentoniano, para nervo e vasos mentonianos. Se for baixada uma perpendicular do forame supra-orbital, esta linha vertical passará sobre (ou bem próximo) os forames infra-orbital e mentoniano.


Mais lateralmente, é evidente a borda anterior do ramo da mandíbula, que se continua inferiormente como linha oblíqua, uma espessa elevação linear romba que esmaece a medida que avança sobre o corpo da mandíbula. 
O ângulo da mandíbula é uma área que se destaca lateralmente como uma 
projeção evidente.




*VISTA SUPERIOR DO CRÂNIO (norma vertical)*

O aspecto geral é de um contorno oval, com uma superfície convexa formada por partes dos ossos frontal, occipital e parietais.
São unidos por suturas serráteis denominadas: coronal, entre o frontal e os parietais; sagital, entre os parietais; lambdóidea, entre o occipital e os parietais.

Sutura serrátil: é aquela na qual as bordas dos ossos que se unem apresentam irregularidades que se encaixam entre si de maneira serrada.

Os ossos que compõem as suturas do crânio fixam-se por meio da interposição de tecido conjuntivo denso, constituindo uma articulação fibrosa, e por meio de saliências e reentrâncias de suas bordas (semelhantes aos dentes de uma serra), que se interpenetram e dão rigidez à articulação. Faz exceção a sutura escamosa, cujos ossos temporal e parietal se ligam em bisel, a moda das escamas de peixe.

Sutura escamosa: Nestes tipos de articulações as bordas dos ossos são escamadas, de tal maneira que uma borda cobre a outra em forma de escama.
Articulação fibrosa:
são articulações estabelecidas por meio de uma camada intermediária de tecido conjuntivo fibroso, que fixa os ossos. São divididas em quatro grupos:
·         as sindesmoses, que possuem grande quantidade de tecido continuos que pode formar um ligamento interósseo ou membrana interóssea - impedindo, portanto, o movimento. Como exemplos temos as articulações tíbio-fibular inferior e a articulação sacro-ilíaca posterior.
·         as suturas, que têm menos tecido conjuntivo do que as sindesmoses, e são encontradas exclusivamente nas articulações dos ossos do crânio. De acordo com a forma da superfície óssea articulante, podem ser divididas em:
·         plana;
·         serrátil - exemplo: sutura entre os ossos parietais direito e esquerdo;
·         escamosa.
·         as esquideleses são articulações que se verificam entre uma superfície em forma de crista de um osso (por exemplo, do corpor do esfenóide, que se aloja em uma superfície em forma de fenda de outro osso (fenda entre asas do vômer, na semelhança do encaixe de um cavaleiro em cima do cavalo.
·         as gonfoses são articulações nas quais um processo cônico está inserido numa cavidade, à semelhança de um prego inserido na madeira, por exemplo. Como exemplo de gonfose temos os dentes inseridos nos Alvéolos dentários.


O ponto de encontro das suturas coronal e sagital é chamado bregma.  Na época do nascimento, uma área membranosa losângica persiste por algum tempo e é chamada fontículo anterior.
Ao lado da sutura sagital, o forame parietal deixa passar uma veia emissária, que liga as veias do couro cabeludo com o seio sagital superior. Ainda no parietal, uma convexidade mais acentuada, o túber parietal, determina, com a do lado oposto, a região de maior largura do crânio.



fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"