quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Psicologia em Odontopediatria ( Odontopediatria I )



Resumo do livro “Manual de Odontopediatria – Guedes Pinto”

Psicologia em Odontopediatria:

Para que se possa estabelecer bom contato com a criança, é necessário que há conheçamos, e para que isso ocorra de maneira natural é importante saber das relações entre Psicologia e Odontopediatria.

O conhecimento da criança é que determina a qualidade do relacionamento durante o tratamento odontológico.

Qualidades básicas do Profissional:
- Amar as crianças.
- Fazer-se gostar pelas crianças (ser aceito por elas com natralidade).
-Gostar de tratar das crianças.
- Conhecimento de psicologia infantil.
- Paciência.
- Intuição e bom senso.
- Capacidade de persuadir e convencer.
- Expressão de autoridade ( tratar num clima sempre amistoso e de carinho mas sem perder autoridade).
- Aptidão para especialidade.
- Capacidade de manter diálogos com a criança. ( ajustando sua conversa de acordo com a idade, nível de interesse, grau de cultura e sexo, e manter bom tom de voz.
- Tom de voz: deve ser tranqüilo associado a palavras de carinho, solicitação, ordem e determinação.

Aparências do consultório:
- Deve ser simples, não fique a vista da criança grande número de equipamentos pois crianças com menos idade podem se assustar. Caso tenha muitos equipamentos deve mante-los fora de vista do paciente, e a aparência deve ser tranqüila com cores claras.

Boa aparência do Profissional e Pessoal Auxiliar, tranqüilidade no atendimento para passar tranqüilidade e conseguirmos acalma-las.

Ordem e cuidado com instrumental:
- A ordem propicia mais rendimento profissional, aumenta a produtividade que resulta em mais ganho em menos tempo.
- O instrumental não deve ficar a vista da criança, sempre que possível manter afastado da visão do paciente.

Habilidade e rapidez no trabalho:
- O profissional deve ser hábil e rápido mas sempre procurar a melhor qualidade.

Horário e tempo de trabalho:
- As consultas devem ser curtas até os 7 anos de idade pois nessa idade a criança não tem disciplina em manter-se quieta. Devem ter duração de 25 a 30 minutos.

O MEDO:
-Etiologia:
O ambiente familiar é o causador da maioria dos temores da criança. A superproteção, ansiedade, rejeição, preocupação e apreensão exagerada dos pais são os principais fatores desencadeantes do medo.

*Medo biológico: instinto de conservação, fator biológico de defesa e proteção.
*Medo psicológico: com menos defesa intelectual mas ainda capaz do indivíduo contê-lo; ex: medo de hospitalização.
*Medo condicionado: influência direta na conduta, processo pelo qual uma coisa que não representa ameaça alguma torna-se temida por estar associada na mente do indivíduo a algo assustador.
*Ansiedade: pouca interferência na conduta.
Obs: Crianças de pequena idade é difícil distinguir medo de ansiedade.
Obs: CONDUTA: manifestação de comportamento do indivíduo; fonte:Wikipédia.

MEDO RELACIONADOS A ODONTOLOGIA:

Medo objetivo:
de origem de experiências vividas diretamente pela criança, e que provoca emoções dolorosas ou desagradáveis, é dividido em objetivo direto e indireto.

Medo objetivo direto: experiência anterior desagradável sofrida pela criança durante tratamento odontológico.

Medo objetivo indireto: oriundo de experiências desagradáveis ou dolorosas que ocorreram em ambientes semelhantes ao consultório odontológico; Ex: médico, farmácia etc....

obs: O medo objetivo não está ligado apenas a experiências dolorosas mas também cansativas e desagradáveis.

Medo subjetivo: Esse tipo ocorre por sugestões, crianças que ouviram falar de experiências desagradáveis vividas por seus pais, parentes ou amigos no consultório odontológico.
A criança grava a descrição e pode fantasiar exagerando o quadro.
O medo subjetivo é mais difícil de ser contornado que o medo objetivo, pois não há dados concretos para explicar por que as pessoas tem medo.

Quadros clínicos do medo: Visitas médicas são freqüentes e necessárias, entretanto a criança pode desenvolver o medo psicológico, principalmente quando foram submetidos a tratamentos prolongados ou hospitalizações.
Geralmente elas são assustadas e temerosas, e o clínico deve estar preparado para entender e desmitificar a associação com o consultório odontológico.

Medo do desconhecido e inesperado: Podemos fracassar em situações que nos parecem tranqüilas e em que as crianças estão sob nosso controle.
Crianças aparentemente tranqüilas podem estar ansiosas e de repente começar a chorar, ou não colaborar diante de situações simples e inesperadas. Ex: luz do refletor.
Não sendo preparadas podem assustar-se.

RELAÇÃO CLÍNICO CRIANÇA:

Afeição:
Crianças que foram separadas dos pais ou quando os mesmo são incapazes de fornecer afeto pode causar grandes distúrbios de rejeição, esse quadro geralmente é acompanhado de ansiedade aguda, são frequentemente introvertidas, desconfiadas e por vezes agressivas. Para trata-las e necessário muito carinho e atenção.

Aprovação: Crianças com baixa auto-estima pela falta de adequação ao meio; ex: pais que fazem constantes exigências e criticas ao filho podem ter distúrbios de desenvolvimento.
É necessário muito carinho e atenção.

Autoridade: Parte difícil do relacionamento pois inclui normas, limites e disciplina.
Ter total controle da situação para evitar tumultos com gritarias.
Ensinar a criança a enfrentar o medo e o estresse.

MANEJO DA CRIANÇA NO CONSULTÓRIO:

Abordagem da criança:
devemos nos dirigir a criança de forma tranqüila comprimenta-la e a mãe, caso haja rejeição agir naturalmente.
Estabelecer com a criança diálogo de acordo com sua idade.
Fazer as perguntas da anamnese a criança.

Diálogos: Caso a criança comece a chorar devemos prosseguir com tranqüilidade, e orientar a criança que não há problema em chorar, mas que precisa tratar seus dentes.
Caso o clínico pare com o trabalho a criança irá usar esse recurso toda vez que for atendida.

Contato físico: Forma importante de criar vínculo de ligação e de transmitir confiança, segurança e autoridade, desde que o clínico esteja de posse dessas qualidades.
Ex: segurar a mão da criança, colocar a mão sobre a cabeça, ou quando conduzir a criança ao consultório colocar a mão sobre os ombros dela.

Não deixar a criança sozinha na cadeira:  pois ela é o alvo principal de nossa atenção, quanto a trabalho, conversas e atitudes.

Visão do Sangue: Evitar que a criança veja o sangue; ex: não jogar água na boca para criança cuspir em processos cirúrgicos e sim limpar com gazes, passar com a gaze pela mandíbula ao retirá-lo e passar por trás da cabeça longe do campo de visão, o sangue pode traumatizar a criança.

CHORO:

Origem:
apreensão (tensão), birra, medo do tratamento ou do desconhecido.

Medo:  mostrar a criança que não a motivo para medo, dialogar e distrai-la, segurança através do olhar, atitudes, palavra e contato físico.

Apreensão: atitude semelhante, com carinho mostrando o quanto somos amigos sem abrir mão do tratamento.

Cansaço: ela pode estar tranqüila e de repente começar a chorar.
Terminar a consulta para não atrapalhar relacionamento posterior.

Dor: descoberta a causa, contornar com recursos técnicos e confortar a criança.

Birra: o choro é alto para não permitir diálogo.
As vezes é necessário contê-la para manter contato.

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