NÚCLEOS
Os núcleos intra-radiculares ou de preenchimento estão
indicados em dentes que apresentam-se com a coroa clínica com certo grau de
destruição e que necessitam tratamento com prótese. Deste modo, as
características anatômicas da coroa clínica são recuperadas, conferindo ao
dente preparado condições biomecânicas para manter a prótese em função por um
período de tempo razoável.
As técnicas e os materiais utilizados para reparar a anatomia
dentária variam de acordo com o grau de destruição da porção coronária e se o
dente apresenta ou não vitalidade pulpar.
Dentes Polpados:
Uma regra básica é que, existindo aproximadamente a metade da estrutura coronária, de preferência envolvendo o terço cervical do dente, pois é essa região responsável pela retenção friccional da coroa, o restante da coroa pode ser restaurada com material de preenchimento, usando meios adicionais de retenção através de pinos rosqueáveis em dentina.
Uma regra básica é que, existindo aproximadamente a metade da estrutura coronária, de preferência envolvendo o terço cervical do dente, pois é essa região responsável pela retenção friccional da coroa, o restante da coroa pode ser restaurada com material de preenchimento, usando meios adicionais de retenção através de pinos rosqueáveis em dentina.
Os materiais que melhor desempenham a função de repor a
estrutura dentinária perdida na porção coronária de um dente preparado são as
resinas compostas, os ionômeros de vidro, e a combinação de ambos, os chamados
compômeros.
Quando após o preparo da estrutura coronária remanescente
chegar-se a conclusão que não existe estrutura suficiente para resistir às
forças mastigatórias, com o risco de ocorrerem fraturas no material de
preenchimento, deve-se realizar o tratamento endodôntico.
Dentes Despolpados:
Restauração com núcleos Fundidos:
Nos casos de grande destruição coronária, indica-se o uso de núcleo metálicos fundidos.
Restauração com núcleos Fundidos:
Nos casos de grande destruição coronária, indica-se o uso de núcleo metálicos fundidos.
Preparo do
Remanescente Coronário:
Remove-se o cimento temporário contido na câmara pulpar até a entrada
do conduto. É muito importante que se preserve o máximo de estrutura dental
para manter a resistência do dente e aumentar a retenção da prótese.
Após eliminar as retenções da câmara pulpar, as paredes da
coroa preparada devem apresentar uma base de sustentação para o núcleo, com
espessura mínima de 1 mm.
É nesta base que as forças são dirigidas para a raiz do
dente, minimizando as tensões que se formam na interface núcleo metálico/raiz,
principalmente na região apical do núcleo.
Quando não existe estrutura coronária suficiente para
propiciar essa base de sustentação, as forças que incidem sobre o núcleo são
direcionadas no sentido oblíquo, tornando a raiz mais suscetível à fratura.
Nesses casos, deve-se preparar uma caixa no interior da raiz
com aproximadamente 2mm de profundidade para criar-se uma base de sustentação
para o núcleo e assim direcionar as forças no sentido vertical.
Essas pequenas
caixas não devem enfraquecer a raiz nessa região e, portanto, só podem ser
confeccionadas quando a raiz apresentar estrutura suficiente.
Essas caixa quando confeccionadas também irão atuar como elementos anti-rotacionais.
Essas caixa quando confeccionadas também irão atuar como elementos anti-rotacionais.
Preparo Do Conduto:
1: Comprimento;
2: Inclinação das paredes;
3: Diâmetro;
4: Característica superficial.
Comprimento:
Deve ser igual ou maior que a coroa clínica.
Deve ser igual ou maior que a coroa clínica.
Como regra geral, o comprimento do pino intra-radicular deve atingir 2/3 do comprimento total do remanescente dental, embora o meio mais seguro, principalmente naqueles dentes que tenham sofrido perda óssea, é ter o pino no comprimento equivalente à metade do suporte ósseo da raiz envolvida.
O comprimento adequado do pino no interior da raiz
proporciona uma distribuição mais uniforme das forças oclusais ao longo da raiz
diminuindo a concentração de estresse, e fratura.
O comprimento do pino deve ser analisado com uma radiografia
periapical e levar em consideração a quantidade mínima de 4mm de material
obturador que deve ser deixada na região apical do conduto radicular para
garantir vedamento efetivo nessa região.
Inclinação das paredes do conduto:
Os núcleos intra-radiculares com paredes inclinadas, além de apresentarem menor retenção que os de paredes paralelas também desenvolvem maior concentração de força em suas paredes, podendo gerar efeito de cunha, e consequentemente, desenvolver fratura.
Os núcleos intra-radiculares com paredes inclinadas, além de apresentarem menor retenção que os de paredes paralelas também desenvolvem maior concentração de força em suas paredes, podendo gerar efeito de cunha, e consequentemente, desenvolver fratura.
Diâmetro do pino:
Quanto maior o diâmetro do pino, maior será a sua retenção e resistência porém, deve ser considerado também o possível enfraquecimento da raiz remanescente. Em vista disto, têm sido sugerido que o diâmetro do pino deve apresentar 1/3 do diâmetro total da raiz e que a espessura de dentina deve ser maior na face vestibular dos dentes anteriores superiores, devido a incidência de força ser maior neste sentido.
Quanto maior o diâmetro do pino, maior será a sua retenção e resistência porém, deve ser considerado também o possível enfraquecimento da raiz remanescente. Em vista disto, têm sido sugerido que o diâmetro do pino deve apresentar 1/3 do diâmetro total da raiz e que a espessura de dentina deve ser maior na face vestibular dos dentes anteriores superiores, devido a incidência de força ser maior neste sentido.
Clinicamente, o diâmetro do pino deve ser determinado comparando-se através de uma radiografia o diâmetro da broca com o do conduto.
Para que o metal utilizado apresente resistência
satisfatória, é indispensável que tenha pelo menos 1mm de diâmetro na sua
extremidade apical.
Característica superficial do pino intra-radicular:
Para aumentar a retenção de núcleos fundidos que apresentam superfícies lisas, estas podem ser tornadas irregulares ou rugosas antes da cimentação, usando-se brocas ou jato de alumínio.
Para aumentar a retenção de núcleos fundidos que apresentam superfícies lisas, estas podem ser tornadas irregulares ou rugosas antes da cimentação, usando-se brocas ou jato de alumínio.
PREPARO DO CONDUTO:
A remoção do material obturador é feito com brocas de Gates,
Peeso ou Largo, de diâmetro apropriado ao do conduto.
Deve-se considerar deixar no mínimo 4 mm de material obturador no ápice do conduto para garantir selamento efetivo na região.
Para dentes
multirradiculares: com condutos paralelos, não é necessário que o
preparo dos condutos apresente o mesmo comprimento. Somente o de maior diâmetro
é levado à sua extensão máxima, ex: 2/3,
e o outro apenas até a metade do comprimento total da raiz-coroa remanescente.
Como os condutos são paralelos, pode-se ter o núcleo com os
2 pinos unidos pela base, que se comportam como dispositivos anti-rotacionais;
assim não é necessário o alargamento e ovalamento dos condutos, buscando-se
atingir o diâmetro mínimo (1mm) para que a liga metálica mantenha suas
características de resistência, evintando assim desgaste desnecessário de
dentina.
Dentes como os pré-molares superiores, que podem apresentar
divergência das raízes, devem ter seu conduto mais volumoso preparado na
extensão convencional (2/3) e o outro preparado parcialmente apenas com o
objetivo de conferir estabilidade, funcionando como dispositivo
anti-rotacional.
Nos dentes multirradiculares superiores com condutos
divergentes e que apresentam remanescente coronário, prepara-se o conduto
palatino até 2/3 da sua extensão, e um dos vestibulares até sua metade (o mais
volumoso deles) e o outro terá apenas parte de sua embocadura preparada. Esta
metade do núcleo se encaixará na porção palatina através de sistemas de
encaixes.
Somente na ausência total do
remanescente coronário, deve-se preparar os 3 condutos divergentes.
Consequentemente, o núcleo resultante deverá ser confeccionado em 3 partes
distintas.
Preparo de núcleo em dente com raizes divergentes.
Os molares inferiores geralmente apresentam sua raiz mesial com condutos paralelos ou ligeiramente divergentes e raramente exigem divisão do núcleo em mais que 2 segmentos, pois podem ser tornados paralelos através do preparo.
Resumo do livro "Prótese Fixa - Luiz Fernando Pegoraro"
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