Cisto Dentígero:
É o mais comum dos cistos odontogênicos de desenvolvimento da mandíbula e
da maxila.
Ele se desenvolve, quando existe líquido ou um espaço entre o tecido folicular revestido por epitélio reduzido do esmalte e a coroa de um dente não-irrompido. Encontra-se aderido ao dente na região cervical.
A patogênese de tal processo é desconhecida, mas o crescimento pode envolve não somente pressão osmótica mas também um crescimento independende do epitélio de revestimento. É também sugerido que a inflamação periapical de um dente decíduo pode estimular o tecido folicular de um dente permanente correspondente a se destacar e sofrer transformação cística.
Os terceiros molares são os dentes mais comumente envolvidos. Em raras instâncias estão associados a dentes decíduos não irrompidos e também pode envolver dentes supranumerários não-irrompidos e odontomas.
É mais frequente em adolescentes e adultos jovens.
Radiograficamente, o cisto dentígero apresenta-se como uma lesão radiolúcida unilocular sobre a coroa de um dente não irrompido com borda esclerótica.
Deve ser enfatizado que o aspecto radiográfico não é dianóstico; assim ceratocistos odontogênicos, ameloblastomas uniloculares e diversas outras lesões podem mostrar um aspecto radiográfico semelhante.
Os cistos dentígeros podem apresentar considerável potencial de crescimento, resultando em destruição do osso medular e expansão dos ossos gnáticos.
Um ameloblastoma pode desenvolver-se por alteração neoplásica do epitélio de revestimento de um cisto dentígero, mas esse tumor pode, também desenvolver-se originalmente através da lâmina dentária do tecido folicular. O epitélio de revestimento desse cisto também pode sofrer transformação carcinomatosa.
O tratamento do cisto dentígero é a enucleação e a remoção do dente associado.
Ele se desenvolve, quando existe líquido ou um espaço entre o tecido folicular revestido por epitélio reduzido do esmalte e a coroa de um dente não-irrompido. Encontra-se aderido ao dente na região cervical.
A patogênese de tal processo é desconhecida, mas o crescimento pode envolve não somente pressão osmótica mas também um crescimento independende do epitélio de revestimento. É também sugerido que a inflamação periapical de um dente decíduo pode estimular o tecido folicular de um dente permanente correspondente a se destacar e sofrer transformação cística.
Os terceiros molares são os dentes mais comumente envolvidos. Em raras instâncias estão associados a dentes decíduos não irrompidos e também pode envolver dentes supranumerários não-irrompidos e odontomas.
É mais frequente em adolescentes e adultos jovens.
Radiograficamente, o cisto dentígero apresenta-se como uma lesão radiolúcida unilocular sobre a coroa de um dente não irrompido com borda esclerótica.
Deve ser enfatizado que o aspecto radiográfico não é dianóstico; assim ceratocistos odontogênicos, ameloblastomas uniloculares e diversas outras lesões podem mostrar um aspecto radiográfico semelhante.
Os cistos dentígeros podem apresentar considerável potencial de crescimento, resultando em destruição do osso medular e expansão dos ossos gnáticos.
Um ameloblastoma pode desenvolver-se por alteração neoplásica do epitélio de revestimento de um cisto dentígero, mas esse tumor pode, também desenvolver-se originalmente através da lâmina dentária do tecido folicular. O epitélio de revestimento desse cisto também pode sofrer transformação carcinomatosa.
O tratamento do cisto dentígero é a enucleação e a remoção do dente associado.
Pequeno cisto dentígero que envolve um terceiro
molar inferior não-irrompido. (Cortesia do Dr. C. W. Topo.)
Grande cisto dentígero que envolve o primeiro pré-molar inferior. O pré-molar em desenvolvimento foi deslocado em direção à borda inferior da mandíbula. (Cortesia do Dr. Pat Coleman.)
Espécime macroscópico de um cisto dentígero que envolve a coroa de um dente e se encontra aderido ao colo do dente.
Cisto de erupção:
É uma variação do cisto dentígero na qual uma cavidade revestida por epitélio é associada com a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção.
O cisto forma-se na mucosa gengival sobre a coroa de um dente em erupção pelo acúmulo de líquido ou sangue num folículo dilatado.
Clinicamente, a lesão apresenta-se como uma tumefação gengival mole geralmente translúcida. Caso a cavidade contenha sangue, a tumefação pode apresentar coloração azul ou purpúrea.
Pode não ser necessário tratamento, porque o cisto geralmente rompe-se espontaneamente, permitindo a erupção do dente. Em outras situações, a erupção é impedida, e uma simples excisão do teto do cisto facilita a erupção.
Fotografia clínica de um cisto de erupção que envolve o segundo pré-molar inferior de menina de 13 anos.
Radiografia da imagem acima, que mostra radiolúcidez pericoronária e o tecido mole sobrejacente na imagem sombreada, representando a porção de tecido mole do cisto.
Cisto Periodontal Lateral:
É um cisto odontogênico de desenvolvimento que parece derivado dos remanescentes da lâmina dentário dentro do osso e entre os dentes. Outros cistos odontogênicos específicos, tais como cisto radicular lateral, ceratocisto odontogênico ou cisto odontogênico calcificante, podem parecer radiograficamente idênticos ao cisto periodontal lateral.
É usualmente assintomático, sendo descoberto em exame radiográfico de rotina.
Apresenta-se como uma lesão radiolúcida unilocular bem circunscrita, localizada entre as raízes de dentes irrompidos que apresentam vitalidade em adultos de meia idade ou mais velhos.
A maioria dos casos é menor que 1 cm de diâmetro.
O cisto periodontal lateral é tratado pela enucleação cirúrgica conservadora.
Imagem radiográfica que mostra localização típica entre as raizes dos pré-molares com vitalidade pulpar.
Ceratocisto odontogênico:
É um cisto odontogênico de desenvolvimento que merece especial consideração porcausa do seu comportamento clínico. Parece originar-se de remanescentes da lâmina dentária e constitui entre 3 a 12% dos cistos odontogênicos. As principais considerações com essa lesão são quanto ao crescimento potencialmente agressivo e um índice de recorrência maior do que os outros cistos odontogênicos.
Ele é também o cisto dos maxilares observado na síndrome do carcinoma nevóide das células basais.
Pico de prevalência em pacientes na segunda e terceira décadas da vida.
65 a 75% localizam-se na mandíbula, usualmente na região posterior do corpo e no ramo ascendente.
Radiograficamente a lesão apresenta uma área radiolucida bem-circunscrita com margens regulares e geralmente esclerótica. Pequenas lesões são uniloculares, embora cistos maiores podem apresentar radiolúcidez multilocular.
Deve ser enfatizado que o diagnóstico do ceratocisto odontogênico é feito histopatologicamente; o aspecto radiográfico pode assemelhar-se a muitos outros cistos odontogênicos e neoplamas.
Múltiplos ceratocistos odontogênicos sugerem, fortemente, a possibilidade da síndrome do carcinoma nevóide das células basais.
O tratamento do ceratocisto odontogênico é variável, e nenhum método pode ser aplicado universalmente para todos os pacientes. Todas as modalidades de tratamento devem incluir a remoção completa do cisto e o tratamento da cavidade óssea. A principal complicação a longo prazo do cisto é a recorrência, estimada entre 25 e 30%. A recorrência pode surgir mais de 10 anos após o tratamento inicial, e um prolongado período de acompanhamento é necessário.
Pequeno ceratocisto odontogênico localizado entre as raizes do segundo pré-molar e primeiro molar inferior.
Radiograficamente a lesão sugere um cisto periodontal lateral.
Ceratocisto Odontogênico assintomático que tinha se desenvolvido no lugar de um terceiro molar.
O paciente negava história de remoção prévia do terceiro molar.
Ceratocisto odontogênico localizado entre os incisivos superiores que apresentavam vitalidade.
O aspecto radiográfico é idêntico ao de um cisto periodontal lateral ou de um pequeno cistodo dueto nasopalatino.
Síndrome do carcinoma nevóide das células basais ( Síndrome de Gorlin)
Essa síndrome é herdada como um traço autossômico dominante com elevada penetrância e expressividade variável. Parece ser relacionada a uma mutação em um gene supressor de tumor no cromossomo 9. Os principais componentes são: múltiplos carcinomas das céulas basais da pele; cistos nos ossos gnáticos; anomalias vertebrais e nas costelas; depressões na palma das mãos e nas plantas dos pés; cistos epidermóides; calcificações intracranianas. Uma grande quantidade de outras anomalias é igualmente relatada nos pacientes, tais como fibromas ovarianos e raros, porém não-aleatórios, casos de fendas labial/palatina, assim como meduloblastoma.
Os cistos nos osso gnáticos são dos mais constantes aspectos da síndrome do carcinoma nevóide das células basais e estão presentes em três quartos das pessoas afetadas por ela. São mais comuns na mandíbula do que na maxila e envolvem, particularmente, as regiões do terceiro molar inferior e do canino. Comumente aparecem durante a primeira década da vida e são manifestação inicial comum da síndrome em virtude da tumefação, dor ou de drenagem intra-oral através de um cisto.
Os cistos usualmente são múltiplos; alguns pacientes podem ter tanto quanto 10 cistos separados. Esses cistos são invariavelmente ceratocistos odontogênicos.
A recorrência após a enucleação é comum. Os múltiplos cistos frequentemente causam deslocamento dos dentes adjacentes ou dilaceração das raízes dos dentes em formação.
A maioria das anomalias presentes na síndrome não oferece ameaça a vida. O prognóstico depende muito do comportamento dos carcinomas das células basais da pele.
Radiografia panorâmica de um homem de 26 anos de idade que apresenta vários dentes impactados com radiotransparencias pericoronarias.
Radiografia de torax que mostra diversas costelas bífidas.
Fonte: Atlas Colorido de Patologia Oral Clínica - Neville.
excelente café, adorei o texto, obrigada!
ResponderExcluirsensacional esse blog, obrigado
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