AMELOBLASTOMA:
O ameloblastoma é um neoplasma odontogênico localmente agressivo, no qual a
diferenciação ameloblástica está presente. Ele é o mais comum entre os
verdadeiros tumores odontogênicos, excluindo o odontoma relativamente comum,
que, em muitos casos, constitui mais um hamartoma de tecido odontogênico do que
um neoplasma. A sua prevalência excede a de todos os outros tumores
odontogênicos reunidos. O ameloblastoma é derivado dos remanescentes da lâmina
dentária, podendo desenvolver-se através do revestimento dos cistos dentígeros.
O desenvolvimento dos ameloblastomas periféricos pode derivar-se do epitélio de
superfície da gengiva. Ele é capaz de causar deformidade orofacial e apresenta
alto índice de reocorrência, se tratado inadequadamente.
São conhecidas 3 categorias de ameloblastoma: convencional; unicístico; periférico (extra-ósseo).
O ameloblastoma do tipo convencional é o mais comum e consiste em um componente infiltrativo sólido, porém áreas de formação cística podem ser presentes.
É mais comum em adultos, média de 36 anos. Em 85% dos casos a ocorrência é na mandíbula, 60% na região dos molares e no ramo ascendente.
Radiograficamente se apresenta como lesão rediolúcida multicolulada, apresentando aspect de bolhas de sabão quando as loculações são grandes, ou como favo de mel, quando pequenas. As margens são usualmente, bem definidas.
De regra, os ameloblastomas convencionais são tumores de crescimento lento, indolores e que permanecem assintomáticos até adquirirem grande tamanho. Uma tumefação óssea indolor é o sintoma mais comum, e expansões corticais pelos lados vestibular e lingual frequentemente são presentes.
O tratamento depende da extensão do tumor. Em geral, tais tumores são tratados pela remoção em bloco em virtude de esse tipo de ameloblastoma tender a infiltrar-se entre as trabéculas de osso intacto, antes que a reabsorção se torne evidente. Por isso, as margens do tumor geralmente se estendem além das margens clínicas ou radiográficas aparentes. A remoção do tumor por curetagem pode levar pequenas ilhas tumorais para dentro do osso, que irá manifestar-se, mais tarde como recorrência. O envolvimento da cortical óssea ou do tecido mole sprajacente requer, usualmente, cirurgia mais extensa. O índice de recorrência do ameloblastoma convencional é aproximadamente de 23%. Entretanto, é próximo de 35% para os casos tratados pela forma conservadora. Os ameloblastomas da região posterior da maxila são particularmente perigosos por causa da sua localização anatômica e a dificuldade do estabelecimento de margem cirúrgica adequada. A morte resulta da extensão direta do tumor até a base do crânio.
A variante unicística do ameloblastoma é uma categoria relativamente nova.
Constitui aproximadamente 6% dos casos reportados de ameloblastoma, geralmente descoberto na segunda e terceira décadas da vida. Média da idade no momento do diagnóstico é aproximadamente 22 anos.
Radiograficamente se apresenta como lesão radiolúcida unilocular bem-definida, associada a coroa de um dente não-irrompido, usualmente terceiro molar inferior, a qual não pode ser diferenciada de um cisto dentígero ou de um ceratocisto odontogênico. Também pode aparecer como radiolucidez multilocular.
O diagnóstico definitivo do ameloblastoma unicístico requer a correlação do achado clínico de um cisto durante a cirurgia com achados histopatológicos de uma estrutura unicística revestida por epitélio ameloblástico.
O tratamento cirúrgico conservador, tal como a curetagem, é usado para o ameloblastoma unicístico, quando o epitélio neoplásico se encontra na luz do cisto. Caso o epitélio ameloblástico tenha penetrado no estroma de tecido conjuntivo adjacente, um tratamento mais agressivo do osso circunjacente usualmente é necessário.
Grande lesão multilocular (bolhas de sabão) na mandíbula. Um pré-molar impactado está deslocado para a borda inferior da mandíbula.São conhecidas 3 categorias de ameloblastoma: convencional; unicístico; periférico (extra-ósseo).
O ameloblastoma do tipo convencional é o mais comum e consiste em um componente infiltrativo sólido, porém áreas de formação cística podem ser presentes.
É mais comum em adultos, média de 36 anos. Em 85% dos casos a ocorrência é na mandíbula, 60% na região dos molares e no ramo ascendente.
Radiograficamente se apresenta como lesão rediolúcida multicolulada, apresentando aspect de bolhas de sabão quando as loculações são grandes, ou como favo de mel, quando pequenas. As margens são usualmente, bem definidas.
De regra, os ameloblastomas convencionais são tumores de crescimento lento, indolores e que permanecem assintomáticos até adquirirem grande tamanho. Uma tumefação óssea indolor é o sintoma mais comum, e expansões corticais pelos lados vestibular e lingual frequentemente são presentes.
O tratamento depende da extensão do tumor. Em geral, tais tumores são tratados pela remoção em bloco em virtude de esse tipo de ameloblastoma tender a infiltrar-se entre as trabéculas de osso intacto, antes que a reabsorção se torne evidente. Por isso, as margens do tumor geralmente se estendem além das margens clínicas ou radiográficas aparentes. A remoção do tumor por curetagem pode levar pequenas ilhas tumorais para dentro do osso, que irá manifestar-se, mais tarde como recorrência. O envolvimento da cortical óssea ou do tecido mole sprajacente requer, usualmente, cirurgia mais extensa. O índice de recorrência do ameloblastoma convencional é aproximadamente de 23%. Entretanto, é próximo de 35% para os casos tratados pela forma conservadora. Os ameloblastomas da região posterior da maxila são particularmente perigosos por causa da sua localização anatômica e a dificuldade do estabelecimento de margem cirúrgica adequada. A morte resulta da extensão direta do tumor até a base do crânio.
A variante unicística do ameloblastoma é uma categoria relativamente nova.
Constitui aproximadamente 6% dos casos reportados de ameloblastoma, geralmente descoberto na segunda e terceira décadas da vida. Média da idade no momento do diagnóstico é aproximadamente 22 anos.
Radiograficamente se apresenta como lesão radiolúcida unilocular bem-definida, associada a coroa de um dente não-irrompido, usualmente terceiro molar inferior, a qual não pode ser diferenciada de um cisto dentígero ou de um ceratocisto odontogênico. Também pode aparecer como radiolucidez multilocular.
O diagnóstico definitivo do ameloblastoma unicístico requer a correlação do achado clínico de um cisto durante a cirurgia com achados histopatológicos de uma estrutura unicística revestida por epitélio ameloblástico.
O tratamento cirúrgico conservador, tal como a curetagem, é usado para o ameloblastoma unicístico, quando o epitélio neoplásico se encontra na luz do cisto. Caso o epitélio ameloblástico tenha penetrado no estroma de tecido conjuntivo adjacente, um tratamento mais agressivo do osso circunjacente usualmente é necessário.
Grande lesão multilocular na mandibula, um terceiro molar impactado está localizado próximo ao angulo damandibula.
Ameloblastoma unicístico associado a um terceiro molar não erupcionado.
Radiograficamente a lesão assemelha-se a um típico cisto dentígero.
Ameloblastoma unicístico grande associado a um terceiro molar impactado, que causa significativa destruição do ramo ascendente.
Um adolescente de 15 anos com expansão do palato, resultante de um ameloblastoma no maxilar.
Imagem tomográfica computadorizada da mesma paciente observada na figura acima que
mostra um ameloblastoma que quase preencheu o seio maxilar e tinha invadido a cavidade nasal.
As tábuas ósseas corticais palatina e vestibular estavam expandidas, havendo perfuração da tábua vestibular em uma área.ODONTOMA:
São proliferações benignas hamartomatosas compostas de esmalte, dentina, cemento e polpa em quantidades variáveis. Relativamente comuns, são subclassificados nos tipos composto e complexo.
Os odontomas compostos são constituídos de múltiplas (ocasionalmente 100 ou mais) estruturas semelhantes a um dente.
Os odontomas complexos consistem em massa de esmalte, dentina e cemento distribuídos de forma aleatória.
Os tipos complexo e compostos ocorrem com a mesma frequência e são mais encontrados na maxila do que na mandíbula. São detectados por exame radiográfico de rotina, são pequenos e raramente excede o tamanho de um dente. A maioria associa-se a coroas de dentes não-irrompidos, porém também podem ocorrer entre as raízes de dentes irrompidos.
Normalmente o aspecto radiográfico é diagnóstico, separando um pequeno contorno radiolúcido a proliferação do osso normal circunjacente.
Odontoma Composto: Esse odontoma em região anterior da maxila, contém inúmeros dentes rudimentares.
Odontoma Composto: Estruturas pequenas semelhantes a dentes, circundado por um fino halo radiolúcido entre as raizes dos molares.
Odontoma Complexo: Grande odontoma complexo associado a um terceiro molar impactado em uma menina de 13 anos.
Visão macroscopica de um odontoma.
MIXOMA ODONTOGÊNICO:
Acredita-se que o mixoma odontogênico desenvolva-se a partir do ectomesênquima odontogênico primitivo e que tenha uma estreita semelhança com a porção mesodérmica do desenvolvimento do dente (papila dentária). Os míxomas nos ossos gnáticos são reportados em pacientes dentro de uma larga faixa etária com um pico de prevalência na segunda e terceira décadas da vida. A mandíbula é um tanto mais frequentemente envolvida do que a maxila. O tumor pode crescer até um grande tamanho, causando tumefação e deformação do osso afetado. A reclamação inicial mais comum é uma tumefação indolor localizada. Radiograficamente, o tumor apresenta-se como uma radiotransparência geralmente com margens irregulares ou festonadas. A área radiotransparente frequentemente apresenta discretas trabéculas residuais, arrumadas em ângulos agudos umas com as outras. Mixomas maiores geralmente mostram aspecto multilocular que simula bastante o apresentado por um ameloblastoma.
Os mixomas tendem a infiltrar-se pelo
osso adjacente e recorrerem após enucleação e curetagem. Tumores maiores podem
requerer uma ressecção em bloco. Os índices de recorrência variam consideravelmente
nas séries de casos reportados. Entretanto, o prognóstico é bom após a remoção cirúrgica.
Uma rara forma citologicamente atípica e clinicamente agressiva é designada
como um mixossarcoma odontogênico.
Essa lesão na mandíbula de uma mulher de 43 anos de idade era assintomática, tendo sido detectada durante um exame radiográfico de rotina.
Extensa lesão multilocular na mandíbula de uma mulher de 28 anos de idade. Reabsorção radicular está presente em vários dentes. (Cortesia do Dr. T. R. Kerley.)
FIBROMA ODONTOGÊNICO:
É um neoplasma odontogênico raro, no qual sua definição não foi claramente estabelecida. Existem dois padrões histopatológicos aceitos quanto ao uso desse
É um neoplasma odontogênico raro, no qual sua definição não foi claramente estabelecida. Existem dois padrões histopatológicos aceitos quanto ao uso desse
termo. O neoplasma é observado em
uma larga faixa etária, sendo a média de idade
aproximadamente de 40 anos.
Apresenta significativa predileção pelas mulheres com discreta
predominância na mandíbula. A
maioria dos casos na maxila ocorre na região anterior e na
mandíbula, sendo usualmente
observados em áreas posteriores. Radiograficamente, a lesão
apresenta-se como uma
radiotransparência unilocular ou, ocasionalmente, multilocular com margens
bem-definidas. Comumente, o tumor
desenvolve-se entre as raízes dos dentes, porém cerca de um
terço dos casos reportados
associa-se à coroa de um dente que não irrompeu. A maioria dos casos é
tratada por curetagem, e a
recorrência é incomum. A forma periférica do fibroma odontogênico
envolve a gengiva e clinicamente
não pode ser diferenciada dos tumores mais comuns, como o fibroma ossificante periférico ou
outros tumores odontogênicos periféricos.
Lesão radiotransparente na região anterior da maxila de mulher de 37 anos de idade. O tumor tinha causado reabsorção das raízes do incisivo lateral e do canino. (Cortesia do Dr. Mark Bowden.)
Fonte: Atlas colorido de Patologia Oral Clínica - Neville.
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