segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Fraturas faciais ( Cirurgia II)


Fraturas faciais:
Glossário:
traumatismo: Lesão de extensão, intensidade e gravidade variáveis, que pode ser produzida por agentes diversos (físicos, químicos, etc.), de forma acidental.
laceração: é um tipo de ferida provocada por um corte ou rasgo.
contusão: é uma lesão traumática aguda, sem corte, decorrente de trauma direto aos tecidos moles e que provoca dor e edema.
hematoma: coleção (ou seja acúmulo) de 
sangue num órgão ou tecido
equimose: Pequena mancha, de natureza hemorrágica, que se pode observar na pele ou em membrana mucosa como placa não saliente, arredondada ou irregular, de matiz azul ou púrpura.

- História e exame físico:

Após o paciente estar medicamente estabilizado deve-se obter uma história a mais completa possível.

Perguntas importantes a serem feitas:
- Como aconteceu o acidente ?
- Quando aconteceu o acidente ?
- Quais as características da injúria, incluindo tipo do objeto causador, direção de onde veio o impacto.
- Houve perda de consciência ?
- Que sintomas o paciente apresenta no momento  ? incluindo dor, alterações no sentido, alterações visuais e maloclusões.

Fazer revisão completa dos sistemas orgânicos, inclusive com informação sobre alergias, medicações e imunização atitêtanica prévia.

A avaliação física só deve ser feita  após exame geral que verifique as funções cardiopulmonares e neurológicas.
A avaliação da área facial deve ser feita de maneira sequencial e organizada.
Inspecionar cuidadosamente o crânio e a face a procura de traumatismos, lacerações, contusões, edemas, hematomas ou possíveis alterações de contorno.

As equimoses periorbitárias inclusive as associadas a hemorragia subconjuntival, indicam com frequência fraturas de órbitas e do complexo zigomático.
Equimoses localizadas atrás da orelha ou sinais de batlle sugerem fratura do crânio.
Equimoses no assoalho da boca podem indicar fratura anterior de mandíbula.

Exame neurológico deve incluir criteriosa avaliação de todos os nervos cranianos.
Visão, movimentos extra oculares e sensibilidade da pupila a luz devem ser avaliados, alterações pupilares ou visuais podem sugerir traumatismo intracraniano.

A avaliação da mandíbula deve ser feita através da palpação externa de todas as áreas das bordas lateral e inferior da ATM, prestando atenção a áreas de dor.
Oclusão deve ser examinada (desnivelamento do plano oclusal) e lacerações gengival.



Avaliação radiográfica:
Após avaliação clínica deve ser feitas radiografias.

Fraturas mandibulares:
Uma das classificações de fraturas e descrita de acordo com sua localização anatômica.
Sendo designadas como: condilares, de ângulo, de corpo, sinfisária, alveolar, de ramo e de processo coronóide.



Outro tipo de classificação categoriza as fraturas em tipo galho verde, simples, cominutiva e composta.

Galho verde:  são aquelas que causam fraturas incompletas em ossos flexíveis (exibe mobilidade mínima quando palpadas) ex: crianças pois o osso é mais desmineralizado.
Simples: completa transecção do osso com fragmentação mínima da região.
Cominutiva: O osso é fraturado em diversos segmentos. Ex: arma de fogo.
Composta:  resulta da comunicação da margem do osso fraturado com o meio externo.


Tipos das fraturas: A, simples. B, composta. C, cominutiva. D, fratura por impacto na área direita subcondilar e fratura patológica na área esquerda de ramo. E, fratura direta e indireta.

As fraturas da mandíbula são denominadas favoráveis e desfavoráveis, dependendo da angulação da fratura e força de tração muscular proximal e distalmente a fratura.

Fratura favorável:  a linha de fratura e a força de tração muscular resistem ao deslocamento da fratura.
Fratura desfavorável: tração muscular resultará num deslocamento dos segmentos fraturados.

Desfavorável a esquerda, favorável a direita.

Fraturas Mandibulares:
O primeiro e mais importante aspecto da correção cirúrgica é reduzir adequadamente a fratura.
Na redução adequada deve-se posicionar os dentes em oclusão na qual tinham anteriormente ao acidente.
Denomina-se fixação intermaxilar (FIM) ou fixação maxilomandibular o estabelecimento de uma relação oclusal adequada por meio da fixação dos dentes com fio de aço.



Redução fechada:  Os tratamentos de fraturas que utilizam apenas a fixação intermaxilar são chamados redução fechada, pois não envolvem abertura direta, a exposição e a manipulação da área fraturada.

fixação intermaxilar

Redução aberta: A necessidade de uma redução aberta (exposição direta e redução através de incisão cirúrgica) deve ser determinada depois de completada a redução fechada da mandíbula e de se haver concluído o posicionamento do complexo dentário ou do processo alveolar na relação correta com a maxila.

Técnicas de fixação interna rígidas:
Essa técnica faz uso de placas ou parafusos ósseos, as vezes utilizando ambos para uma fixação mais rígida e para estabilização dos segmentos ósseos durante o período de consolidação da fratura.

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