terça-feira, 9 de outubro de 2012

PATOLOGIAS PULPARES (ENDO)


Patologia Pulpar:
As patologias endodônticas são classificadas em:
Pulpares e Periapicais.

Patologias Pulpares:

Complexo DentinoPulpar:
Tecidos envolvidos:
 tecido conjuntivo frouxo, tecido vascular, terminações livres, e dentina.
Quais são as estruturas da Dentina ? R: Tubulos dentinários (curva em S)

Estruturas da Polpa:

Células:
fibroblastos, odontoblastos, mesenquimais e mastócitos.
obs cel mesenquimais: situam-se ao redor de pequenos vasos sanguíneos no tecido conjuntivo frouxo, acredita-se que são capazes de formar fibroblastos durante processo de cicatrização.

Células de defesa:  linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, macrófagos e dentríticas.
obs cél dentríticas:  possuem função de capturar e transportar antígenos para drenagem dos linfonodos.

Substância amorfa: Polissacarídeos (ac hialurônico), Glicoproteínas (fibronectina).

Substância fibrosa:  Fibras colágenas (tipo I), Fibras elásticas (Arteríolas), Fibras reticulares (Colágeno tipo III).

Quais as funções da Polpa ?
- Função formadora:
 a polpa produz dentina a vida toda.

-Função nutritiva:  Os prolongamentos odontoblásticos começam nas junções dentina-esmalte e dentino-cemento e se estendem até a polpa, através da dentina; Esses prolongamentos constituem o dispositivo vital necessário ao metabolismo da dentina.

-Função sensorial:
 Umas das funções da polpa é de responder a agressões com dor. Ela apresenta em seu interior terminações nervosas livres.

-Função defensiva:
 Responde a agressões com inflamação que retarda a destruição do tec pulpar, é uma ocorrência normal e benéfica, todavia também desempenha papel destrutivo.

A polpa bem vitalizada tem grande capacidade de defesa e recuperação. Obs: movimento circulatório da polpa remove agentes agressores.

Devemos estar ciente que se atuarmos em dentina, estamos atuando em tec. Conj. Complexo dentino-polpa e qualquer distúrbio refletirá um no outro.

Três intensidade de stress:
sub fisiológico:  está abaixo do limiar de excitação o organismo não responde.
Cárie no esmalte estará em proc. Sub. Fisiológico. Pois o complexo dentino-pulpar não responderá a agressão.

Normo-fisiológico:  determina resposta fisiológica, adaptando-se a vida. Ex mastigação desencadeia formação de dentina por toda a vida. Ex: cárie na dentina, complexo dentino-pulpar responde fisiologicamente obliterando canalículos e formando dentina secundária. (reparadora).

Supra fisiológico:  ruptura do equilíbrio pode levar o organismo a doença ou morte.
ex: proc. Normo fisiológico vai passando a inflamação fica intensa, até que não resiste e tecido morre.

obs: Toda vez que a cárie atingir a dentina, a polpa responderá, pq a polpa e a dentina formam um mesmo complexo.
Na polpa encontra-se apenas terminações nervosas livres, logo sob qualquer estímulo irá responder com dor.

Fatores etiológicos da Polpa:
Natureza :
 microbiológico , químico e físico.

Natureza microbiológica:
-
bolsas periodontais.
- lesões adjacentes.
- anacorese hematogênica. (capacidade do tec. Inflamatório captar bactérias circulantes na corrente sanguínea)
- cáries.

obs:  São responsáveis pela maioria das afecções pulpares, iniciam na dentina se propagando para polpa e periápice.
Em casos raros m.o entram na polpa pelo ápice (retrógada)
Doenças septcemicas podem contaminar a polpa, entretanto só ocorre em polpas previamente inflamadas (anacorese).

Físicos:
- mecânica: traumas, atrição, aerodontalgias.
- térmica: operatória, materiais restauradores.
- elétrica: galvanismo.
obs: traumas acidentais, pancadas sobre o dente podem ocasionar a ruptura do feixe vásculo nervoso. Movimentos ortodônticos bruscos e exagerados. Restaurações excessivas no sentido oclusal pode ocasionar força exagerada sobre o dente.
Alta rotação 11segundo sem refrigeração = dano irreversível a polpa.
Químico:  - materiais restaurados – dessensibilizantes – desidratantes.


- Resposta pulpar:
Esclerose dentinária : obliteração dos túbulos.
Dentina reparadora: menos túbulos.
Inflamação pulpar: microcirculação afetada.

O primeiro mecanismo de defesa quando a cárie atinge a dentina, é a obliteração dos canalículos dentinarios (esclerose), ao redor do sítio atacado (dentina translúcida).
Os canalículos obliterados tornam-se impermeáveis a microorganismos e as toxinas, mas raramente, porém, o estacionamento da cárie é definitivo.

Sob ação dos ácidos dos microorganismos a defesa é superada, e a lesão se agrava, a cárie vencendo essa primeira barreira defensiva, avança e o complexo dentino-polpa lança mão de outro mecanismo de defesa, a formação de dentina reparadora,  que se deposita na Camara Pulpar, na direção do ataque.

Nesta fase a equilíbrio entre agressões e defesa. Até a cárie atingir metade da dentina o agente agressor pode estar dentro do processo normo fisiológico e modifica as reações da defesa.
Não ira criar mais dentina reparadora. Os odontoblastos começam a se deficitar e aparece uma dentina osteóide carcterizadas por defeitos de calcificação.

Assim quem ultrapassa ¾ da dentina os odontoblastos se atrofiam  e é inibido a formação de dentina “A polpa será exposta”
Reações inflamatórias da Polpa:
Patologias pulpares: agudas – crônicas – degenerativas.

Pulpite aguda: Fase reversível – transição – irreversível.
Fase reversível: dor provocada, viva e curta.
Fase transição: dor provocada por pequenos estímulos, mal combatida por analgésicos.
Fase irreversível: espontânea, violenta, contínua, alívio com frio.

Pulpite aguda consiste numa ligeira inflamação da polpa na tentativa de se defender, nessa fase da inflamação, chega a polpa quantidade excessiva de sangue, se o agressor persistir, a hiperemia agrava-se e a circulação de retorno torna-se dificultada.
Neste estado a inflamação pode regredir sem deixar estigmas, desde que seja eliminado a causa. (FASE REVERSÍVEL)
Porém se a agressão continuar a inflamação se agrava e maior quantidade de exsudato irá se difundir no interior do tec. Conjuntivo, esse exsudato de natureza serosa, infiltra na malha conjuntiva exercendo pressão sobre vasos e nervos.
Como a polpa está circundada por paredes não elásticas, capacidade de dilatação limitada,  a inflamação na tentativa de vencer o agente agressor, acaba por destruir os próprios tecidos, a esse estado inflamatório mais intenso da se o nome de Pulpite. A partir desse momento a polpa está irremediavelmente DESTRUÍDA, PERDIDA, MORTA ,  VIROU PRESUNTO, SUCUMBIU, MIRROU, FALECEU, FINOU.

Pulpite crônica:
As pulpites crônicas resultam da ação de irritantes de intensidade moderada, incapazes portanto, de produzir rapidamente a morte pulpar.
A inflamação se estabelece com lentidão, os fenômenos vasculares são moderados, dando oportunidade as reações proliferativas, podendo notar-se áreas de reparação e outras de necrose.

Pólipo pulpar – Cavidade pulpar aberta – Rizôgenese incompleta.  Não apresenta dor.

Doenças degenerativas : distrófica – cálcica – reabsorções (interna e externa.)

Reabsorção interna: A reabsorção interna recebe o nome de mancha rósea, quando o processo de reabsorção ocorre na coroa dental, pq a cor da polpa é refletida, por transparência pelo esmalte. A reabsorção interna pode afetar a coroa e a raiz do dente, e pode determinar, com sua evolução, a perfuração do canal radicular.

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