ANESTESIA LOCAL ( Terapêutica Medicamentosa )
Resumo do livro “Terapêutica medicamentosa em Odontologia” Eduardo dias de
Andrade; Cap. 6 pág 35.
Para obter uma anestesia eficiente, com profundidade e
duração adequadas, aliadas á segurança o dentista deve possuir conhecimento
sobre a farmacologia e toxicidade dos anestésicos locais, selecionando a
solução anestésica mais apropriada ao tipo de procedimento e condição de saúde
do paciente.
Como agem os
anestésicos locais:
O estímulo doloroso é transmitido pelas fibras nervosas
desde sua origem (ex: polpa dental, periósteo etc..) até o cérebro, na forma de
potenciais de ação, que são propagados por despolarizações transitórias das
células nervosas, devido a entrada de ións
sódio (Na+) através dos canais de sódio.
Os anestésicos locais, na sua forma não ionizada, atravessam a membrana do axônio, penetram na célula nervosa e se ligam a receptores específicos nos canais de sódio, reduzindo ou impedindo a entrada do íon na célula. Isto resulta no bloqueio da condução nervosa e, consequentemente, na percepção da dor.
Os anestésicos locais, na sua forma não ionizada, atravessam a membrana do axônio, penetram na célula nervosa e se ligam a receptores específicos nos canais de sódio, reduzindo ou impedindo a entrada do íon na célula. Isto resulta no bloqueio da condução nervosa e, consequentemente, na percepção da dor.
É importante lembrar que os anestésicos locais podem inibir
a condução nervosa não apenas no tecido nervoso periférico, mas também no SNC e
em outros tecidos excitáveis como o músculo cardíaco, esquelético e liso. Este
fato é de extrema importância para explicar a toxicidade, nos casos de
sobredosagem.
Características dos anestésicos locais:
Características dos anestésicos locais:
Estão disponíveis como sais (geralmente na forma de
cloridato), e exibem três porções em sua configuração química:
1.
Porção hidrofílica, que permite sua injeção nos
tecidos;
2.
Porção lipofílica, responsável pela difusão do
anestésico através da bainha nervosa;
3.
Cadeia intermediária, que une as porções
hidrofílica e lipofílica e, de acordo com sua estrutura química, permite
classificar os anestésicos locais em ésteres ou amidas.
Os Ésteres foram
os primeiros anestésicos locais a serem sintetizados, tendo como precursor a
cocaína. Também fazem parte deste grupo a procaína, cloroprocaína, tetracaína e
benzocaína. Destes, a benzocaína é o único atualmente empregado na odontologia,
mas apenas na forma de géis para anestesia tópica.
As amidas
surgiram a partir de 1948 com a síntese da lidocaína. A baixa possibilidade de
ocorrer reações alérgicas determinou o sucesso deste grupo de anestésicos. Além
da lidocaína fazem parte deste grupo a mepivacaina, prilocaína, articaína,
bupivacaína, ropivacaína e etidocaína, com as seguintes características
farmacológicas.
Lidocaina:
-É o anestésico local mais empregado, sendo a droga padrão
de comparação para todos os anestésicos locais.
-Início de ação rápido, em torno de 2 a 3 minutos.
-Devido a sua ação vasodilatadora, a duração da anestesia pulpar é limitada a apenas 5 a 10 minutos. Por esse motivo não indicação para o uso da lidocaína 2% sem vasoconstritor na odontologia.
-Quando empregada associado a um vasoconstritor, a duração aumenta de forma considerável, aproximadamente 1 hora de anestesia pulpar e 3 a 5 horas de anestesia nos tecidos moles.
- É metabolizada no fígado e excretada pelos rins.
- Meia-vida de aproximadamente 90 minutos.
- Toxicidade: a sobredosagem promove estimulação inicial do SNC, seguida de depressão.
obs: Em Biologia, a vasodilatação é o processo de dilatação dos vasos sanguíneos, em consequência do relaxamento do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos.
Mepivacaína:
-Início de ação rápido, em torno de 2 a 3 minutos.
-Devido a sua ação vasodilatadora, a duração da anestesia pulpar é limitada a apenas 5 a 10 minutos. Por esse motivo não indicação para o uso da lidocaína 2% sem vasoconstritor na odontologia.
-Quando empregada associado a um vasoconstritor, a duração aumenta de forma considerável, aproximadamente 1 hora de anestesia pulpar e 3 a 5 horas de anestesia nos tecidos moles.
- É metabolizada no fígado e excretada pelos rins.
- Meia-vida de aproximadamente 90 minutos.
- Toxicidade: a sobredosagem promove estimulação inicial do SNC, seguida de depressão.
obs: Em Biologia, a vasodilatação é o processo de dilatação dos vasos sanguíneos, em consequência do relaxamento do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos.
Mepivacaína:
- Potência anestésica igual a da lidocaína;
- Início de ação de 1,5 a 2 minutos;
- Produz discreta vasodilatação; por isso quando empregada de forma pura sem vaso em concentração de 3%, promove anestesia pulpar mais duradoura que a lidocaína ( 20 minutos na técnica infiltrativa e 40 minutos na técnica de bloqueio regional);
- Metabolização hepática e excretada pelos rins;
- Meia vida de 2 horas;
- Toxicidade igual a da lidocaína.
Prilocaína:
- Potência anestésica similar a lidocaína;
- Início de ação de 2 a 4 minutos;
- No Brasil não é comercializada na forma pura sem vasoconstritor;
- É metabolizada mais rapidamente que a lidocaína, no fígado e nos pulmões, sendo que a orto-toluidina, seu principal metabólito, pode induzir a formação de metemoglobina, e causar metemoglobinemia;
obs: o aumento de metemoglobina no sangue que é uma forma de hemoglobina que não se liga ao oxigênio pode causar anemia e hipóxia.
- Excretada pelos rins;
- Meia vida de aproximadamente 90 minutos;
- Toxicidade semelhante a lidocaína.
Articaína:
- Início de ação de 1,5 a 2 minutos;
- Produz discreta vasodilatação; por isso quando empregada de forma pura sem vaso em concentração de 3%, promove anestesia pulpar mais duradoura que a lidocaína ( 20 minutos na técnica infiltrativa e 40 minutos na técnica de bloqueio regional);
- Metabolização hepática e excretada pelos rins;
- Meia vida de 2 horas;
- Toxicidade igual a da lidocaína.
Prilocaína:
- Potência anestésica similar a lidocaína;
- Início de ação de 2 a 4 minutos;
- No Brasil não é comercializada na forma pura sem vasoconstritor;
- É metabolizada mais rapidamente que a lidocaína, no fígado e nos pulmões, sendo que a orto-toluidina, seu principal metabólito, pode induzir a formação de metemoglobina, e causar metemoglobinemia;
obs: o aumento de metemoglobina no sangue que é uma forma de hemoglobina que não se liga ao oxigênio pode causar anemia e hipóxia.
- Excretada pelos rins;
- Meia vida de aproximadamente 90 minutos;
- Toxicidade semelhante a lidocaína.
Articaína:
- Início de ação: 1 a 2 minutos.
- Potência um pouco superior a lidocaína;
- Ação vasodilatadora similar a lidocaína;
- Metabolizada no fígado e no plasma sanguíneo;
- Excretada pelos rins;
- Meia vida de 30 min;
- Toxicidade semelhante a lidocaína.
Bupivacaína:
- Potência um pouco superior a lidocaína;
- Ação vasodilatadora similar a lidocaína;
- Metabolizada no fígado e no plasma sanguíneo;
- Excretada pelos rins;
- Meia vida de 30 min;
- Toxicidade semelhante a lidocaína.
Bupivacaína:
- Início de ação de 6 a 10 minutos;
- Potência 4 vezes maior que a lidocaína;
- Ação vasodilatadora maior em relação a lidocaína, mepivacaína e prolocaína;
- Anestésico local de longa duração;
- No bloqueio dos nervos aveolar inferior e lingual produz anestesia pulpar por até 3 horas e em tecidos moles por até 12 horas;
- Metabolizada no fígado;
- Meia vida de aproximadamente 3 horas;
- Toxicidade: devido a sua maior potência, apresenta cardiotoxicidade 4 vezes maior em relação á lidocaína. Por este motivo, é utilizada na concentração de 0,5%, enquanto a lidocaína é empregada a 2%.
- Potência 4 vezes maior que a lidocaína;
- Ação vasodilatadora maior em relação a lidocaína, mepivacaína e prolocaína;
- Anestésico local de longa duração;
- No bloqueio dos nervos aveolar inferior e lingual produz anestesia pulpar por até 3 horas e em tecidos moles por até 12 horas;
- Metabolizada no fígado;
- Meia vida de aproximadamente 3 horas;
- Toxicidade: devido a sua maior potência, apresenta cardiotoxicidade 4 vezes maior em relação á lidocaína. Por este motivo, é utilizada na concentração de 0,5%, enquanto a lidocaína é empregada a 2%.
Vasoconstritores:
Todos os sais anestésicos possuem ação vasodilatadora. Portanto, quando são depositados próximo das fibras
ou troncos nervosos que se pretende anestesiar, a dilatação dos vasos promove
sua rápida absorção para a corrente circulatória, limitando em muito o tempo de
duração da anestesia. Além disso o risco de toxicidade é maior quando se
emprega grandes quantidades de tubetes anestésicos ou no caso de injeção
intravascular acidental.
A associação de vasoconstritores
aos sais anestésicos produz uma interação desejável, pois esta ação
vasoconstritora proporciona que o anestésico fique por mais tempo em contato
com as fibras nervosas, aumentando a duração da anestesia e diminuindo o risco
de toxicidade.
Por esse motivo as doses máximas de uma solução anestésica
são calculadas mais em função da quantidade do sal anestésico do que do
vasoconstritor.
No Brasil o dentista dispõe de vasocontritores de dois
tipos: aminas simpatomiméticas ou felipressina.
Aminas
simpatomiméticas (drogas adrenérgicas): em sua estrutura química podem apresentar ou
não em seu núcleo um catecol, por isso
são chamadas, de catecolaminas ou não catecolaminas.
As catecolaminas são representadas pela epinefrina, norepinefrina e corbadrina. Das não catecolaminas fazem parte a fenilefrina.
OBS: Catecolaminas: são compostos químicos derivados do aminoácido tirosina; As catecolaminas são solúveis em água, e 50% circulam no sangue ligadas a proteínas plasmáticas. As catecolaminas mais abundantes são a adrenalina, noradrenalina e dopamina. Como hormônios, são libertadas pela glândula suprarrenal em situações de stress, como stress psicológico ou hipoglicemia. wikipedia
As catecolaminas são representadas pela epinefrina, norepinefrina e corbadrina. Das não catecolaminas fazem parte a fenilefrina.
OBS: Catecolaminas: são compostos químicos derivados do aminoácido tirosina; As catecolaminas são solúveis em água, e 50% circulam no sangue ligadas a proteínas plasmáticas. As catecolaminas mais abundantes são a adrenalina, noradrenalina e dopamina. Como hormônios, são libertadas pela glândula suprarrenal em situações de stress, como stress psicológico ou hipoglicemia. wikipedia
Os nomes genéricos epinefrina,
norepinefrina e corbadrina tem o mesmo significado que adrenalina, noradrenalina e levonordefrina.
Essas drogas adrenérgicas agem sobre os receptores adrenérgicos,
encontrados na maioria dos tecidos do organismo. Estes receptores são de 2
tipos: alfa (α), com subtipos α1 e α2 ou beta (β) com
subtipos β1 , β2 e β3 . A ação vasoconstritora
é exercida pela interação com os receptores α1.
Outros
componentes da solução anestésica:
Além da base anestésica (sal) e do vasoconstritor, as soluções
anestésicas de uso odontológico possuem em sua composição um estabilizante para
o vasoconstritor (ação antioxidante), o conservante da solução (ação
bacteriostática), além do cloreto de sódio e da água destilada.
Componentes:
|
Base anestésica, vasoconstritor, estabilizante, conservante, cloreto
de sódio e água destilada.
|
Estabilizante (
antioxidante):
Nas soluções anestésicas locais que possuem vasoconstritores adrenérgicos, é incorporada uma substância estabilizante, geralmente o bissulfito de sódio, que impede a biodegradação do vasoconstritor pelo oxigênio.
Nas soluções anestésicas locais que possuem vasoconstritores adrenérgicos, é incorporada uma substância estabilizante, geralmente o bissulfito de sódio, que impede a biodegradação do vasoconstritor pelo oxigênio.
O principio é simples: o bissulfito de sódio reage com o oxigênio, antes que
ele possa agir sobre o vasoconstritor. A reação entre o bissulfito de sódio e o
oxigênio geral o bissulfato de sódio, que possui pH mais ácido que o primeiro.
A importância disto é que o paciente pode sentir maior ardência ou queimação
durante a injeção, quando se emprega um tubete mais antigo de anestésico com
epinefrina ou similares, comparado com um tubete novo.
Conservante (ação bacteriostática):
O metilparabeno é uma substância da família dos parabenos (etil, propil e butilparabeno), que possui propriedades bacteriostáticas e fungistáticas. O parabeno e substâncias associadas são empregado, para evitar a contaminação microbiana da solução anestésica
O cloreto de sódio é adicionado ao conteúdo do anestésico para torna-la isotônica em relação aos tecidos do organismo.
Conservante (ação bacteriostática):
O metilparabeno é uma substância da família dos parabenos (etil, propil e butilparabeno), que possui propriedades bacteriostáticas e fungistáticas. O parabeno e substâncias associadas são empregado, para evitar a contaminação microbiana da solução anestésica
O cloreto de sódio é adicionado ao conteúdo do anestésico para torna-la isotônica em relação aos tecidos do organismo.
A água destilada é
usada como diluente para aumentar o volume da solução.
Soluções anestésicas locais disponíveis no Brasil, para uso
odontológico
Lidocaína
|
Prilocaína
|
Mepivacaína
|
Articaína
|
Bupivacaína
|
Soluções a 2%
Sem vaso Epinefrina 1:100.000 Epinefrina 1:50.000 Norepinefrina 1:50.000 Fenilefrina 1:2.500 Solução a 3% Norepinefrina 1:50.000 |
Solução a 3%
Felipressina 0,03 % UL/ml |
Soluções a 2%
Epinefrina 1:100.000 Norepinefrina 1:100.000 Corbadrina 1:20.000 Solução a 3% Sem vaso |
Soluções a 4%
Epinefrina 1:100.000 Epinefrina 1:200.000 |
Soluções a 0,5%
Sem vaso Epinefrina 1:200.000 |
Toxicidade dos anestésicos locais:
A toxicidade dos anestésicos locais, após a sua absorção
para corrente sanguínea, ocorre primeiramente pela depressão do sistema nervoso
central, mais sensível a ação destes fármacos. Todos os anestésicos locais
atravessam facilmente a barreira
hematocefálica.
obs: Barreira hematoencefálica (BHE) é uma estrutura membrânica que atua principalmente para proteger o Sistema Nervoso Central (SNC) de substâncias químicas presentes no sangue, permitindo ao mesmo tempo a função metabólica normal do cérebro.Wikipedia
Níveis plasmáticos elevados
dos anestésicos podem ser provocados por injeções repetidas ou resultar de uma
simples injeção intravascular acidental. No primeiro caso temos uma
sobresodagem absoluta, ou seja, a injeção de uma quantidade excessiva do anestésico
(grande número de tubetes); no segundo, a sobredosagem relativa, quando o
anestésico é administrado em doses adequadas, mas no interior de um vaso
sanguíneo, atingindo rapidamente concentrações muito superiores as habituais.
Portanto é imperativo que a injeção
de uma solução anéstesica seja feita somente após aspiração negativa e de forma
lenta, na razão de 1ml/minuto, ou seja, para cada tubete anestésico (1,8 mL) o
tempo de administração deve ser de aproximadamente 2 minutos.
Além disso deve respeitar a
dose máxima de cada anestésico. É importante
lembrar que em pacientes com bom estado de saúde geral, o fator limitante para
a dose máxima é o sal anestésico e não o vasoconstritor. Para estes pacientes o
calculo é feito somente com base ao
anestésico. As única exceções é quando utilizadas vasoconstritores de
epinefrina 1:50.000 ou fenilefrina 1.2.500.
Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed)
Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed)
Anestésico Local
|
Dose máxima (por kg peso corporal)
|
Número de tubetes (1,8 mL) para adultos com 60kg
|
Máximo absoluto (independente do peso)
|
Lidocaina 2%
|
4,4 mg
|
7
|
300mg
|
Lidcaina 3%
|
4,4 mg
|
4 e meio
|
300 mg
|
Mepivacaina 2%
|
4,4 mg
|
7
|
300 mg
|
Mepivacaina 3%
|
4,4 mg
|
4 e meio
|
300mg
|
Articaína
|
7 mg
|
5 e meio
|
500mg
|
Prilocaina 3%
|
6 mg
|
6 e meio
|
400mg
|
Bupivacaina 0,5%
|
1,3 mg
|
8 e meio
|
90mg
|
Como calcular o
volume máximo de uma solução anestésica:
Deve ser calculado em função de 3 parâmetros: concentração
do anestésico na solução, doses máximas recomendadas e, peso corporal do
paciente.
Quanto a concentração, uma solução a 2%, independentemente
de qual seja o anestésico, contém 2g do sal em 100 mL de solução, ou 20mg/mL.
Da mesma forma, soluções a 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5mg,
30mg ou 40mg/mL da base anestésica por mL da solução.
Exemplificando:
Solução de lidocaína a 2%
Contém 2g do sal em 100 mL de solução = 20 mg/mL 20 mg x 1,8 mL (volume contido em 1 tubete) = 36 mg Isto significa dizer que cada tubete anestésico contém 36 mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2%. Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal Dose máxima para um adulto com 60kg 60 x 4,4 = 264 mg 264 mg ÷ 36 mg = 7,3 tubetes
Portanto, o volume máximo de
suma solução de lidocaína a 2%, para um adulto com 60 kg, é equivalente ao
contido em aproximadamente 7 tubetes.
|
Critérios de escolha
da solução anestésica local
Deve ser escolhida em função do tempo de duração da
anestesia pulpar e grau de hemostasia exigidos para um determinado
procedimento, além das condições sistêmicas do paciente.
Procedimentos de média duração:
Quando se deseja uma anestesia pulpar por mais de 30 minutos e/ou
anestesia dos tecidos moles em torno de 2 a 4 horas, optar pelas seguintes
soluções:
·
Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000
·
Mepivacaína 2% com epinefrina 1:100.000
·
Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 ou
epinefrina 1:200.000
·
Prilocaína 3% com felipressina 0,03 UI/mL
Lembrar que nos casos
que envolvem maio grau de sangramento optar por uma solução que contenha
epinefrina já que a felipressina atua no lado venoso da microcirculação
sanguínea e por isso não promove o mesmo grau de hemostasia.
Procedimentos de
média duração quando há contra-indicação ao uso de epinefrina ou outras aminas
simpatomiméticas (catecolaminas):
·
Prilocaína 3% com felipressina 0,03UL/mL
Indicada em pacientes portadores de doenças cardiovascular
não controlada ou diabetes compensado (que
devem ser atendidos somente no caso de urgências), história de alergia aos
outros anestésicos, história de alergia aos sulfitos, pacientes que fazem uso
contínuo de drogas que podem interagir com a epinefrina e outros
vasoconstritores adrenérgicos (antidepressivos tricíclicos, betabloqueadores
não seletivos, derivados de anfetaminas, cocaína).
Procedimentos de
curta duração ou quando há contra-indicação absoluta ao uso de epinefrina:
·
Mepivacaína 3% (sem vasoconstritor)
Esta solução promove anestesia pulpar de aproximadamente 20 minutos
(infiltrações na maxila) a 40 minutos de duração (bloqueios regionais na
mandíbula), reduzindo-se o tempo em que o paciente permanece anestesiado após o
término da intervenção.
obs: Deve-se lembrar que anestésicos administrados na forma pura, são absorvidos mais rapidamente devido a propriedades vasodilatadoras.
obs: Deve-se lembrar que anestésicos administrados na forma pura, são absorvidos mais rapidamente devido a propriedades vasodilatadoras.
Procedimentos de
maior tempo de duração ou quando há expectativa de dor pós-operatória de maior
intensidade: como é o caso de
tratamentos endodônticos de maior complexidade, remoção de terceiros molares
mandiblares inclusos, cirurgias parendodônticas, periodontais ou
inplantodônticas.
·
Bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000
Por apresentar longa duração de ação, especialmente na
anestesia dos tecidos moles (6 a 7 horas, em média), pode contribuir para o
bem-estar do paciente após o procedimento, diminuindo inclusive a necessidade
de analgésicos no período pós-operatório.
O conteúdo é muito bom. Sugiro apenas uma revisão de português, pois há muitos erros de concordância. EX: " As única exceções é quando utilizadas vasoconstritores de epinefrina 1:50.000 ou fenilefrina 1.2.500"
ResponderExcluirNão domino muito bem o português !! rs
ResponderExcluirNão custa nada caprichar com a nossa amada Língua Portuguesa. Ela merece, além de valorizar o conteúdo. Fica a dica!
Excluirmuito bom o blog parabéns!
ResponderExcluirmuito bom mas o Ronaldo se contra diz muito kkkkkkk
ResponderExcluirRonaldo sabe o livro Anestesia Local do Malamed de cor, que por sinal é muito mais aprofundado que o livro do Eduardo Dias de Andrade.
ResponderExcluirnão estamos falando da mesma pessoa
ResponderExcluirMuito bom esse blog, venho aqui sempre!!! Uma pena não ter mais postagens...
ResponderExcluirSeu blog é muito bom!! Parabéns!!
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