CRÂNIO - VISTA
SUPERIOR
Glossário:
*sutura: a linha de união entre dois ossos do crânio. É um tipo de articulação fibrosa. *incisura: depressão em forma de incisão, corte ou entalhe. *espinhas: pequeno processo pontiagudo. *forame: buraco, orifício em um osso ou em uma estrutura membranosa. *fossa: uma depressão larga, arredondada. *fóvea: uma pequena fossa rasa. *linha: elevação linear menos saliente que uma crista. *crista: aresta linear mais saliente que uma linha. *língula: diminutivo de língua. *sulco: um canal sem teto. Uma depressão linear, uma ranhura. *tuberosidade: uma elevação maior e mais larga que um tubérculo. *tubérculo: um pequeno túber, um pequeno processo globoso. *túber: uma elevação larga, grande, maior que uma tuberosidade. |
Os ossos que tomam parte na formação da parte posterior do
crânio são os dois parietais, o occipital e a área mastóidea dos temporais. Por
este aspecto, pode-se ver também a mandíbula.
Alguns acidentes anatômicos visíveis na vista posterior já
foram descrito nas vistas superior e lateral. Entretanto, alguns deles podem
ser mais bem observados por essa vista. É o caso da sutura lambdóidea, que não raro mostra no seu trajeto um ou mais
ossos suturais. A protuberância occipital externa e as linhas nucais olhadas
por trás dão uma idéia mais completa da sua forma. O desenvolvimento dessas
elevações depende do desenvolvimento da musculatura nucal. O processo mastóideo
visto por trás mostra sua delimitação medial bem caracterizada pela incisura mastóidea, onde se prende o
ventre posterior do músculo digástrico.
A mandíbula, por esse ângulo de observação, exibe sua face
interna. No corpo há uma saliência dupla, irregular, mediana, as espinhas mentonianas, onde se prendem
os músculos genioglosso e gênio-hióideo. Acima das espinhas mentonianas
localiza-se o forame lingual ou retromentoniano superior que, quando
presente, é atravessado por um ramo da artéria sublingual. Mais abaixo, na base
da mandíbula e também no plano mediano, outra abertura incostante – o forame retromentoniano inferior - dá passagem a um ramo do nervo milo-hióideo em
50% dos casos. A fossa digástrica, uma
depressão paramediana na base da mandíbula, dá inserção ao ventre anterior do
músculo digástrico.
Ao lado das espinhas mentonianas surge uma saliência que à
medida que se dirige obliquamente para trás e para cima vai tornando-se mais
elevada e termina depois do alvéolo do último molar – é a linha milo-hióidea, onde toma origem o
músculo milo-hióideo. A linha milo-hióidea separa duas fossas rasas mal
demarcadas: uma súpero-medial, a fóvea
sublingual, e outra ínfero-lateral, a fóvea
submandibular, assim chamadas por alojarem as glândulas sublingual e
submandibular.
Nessa área, nas
proximidades dos premolares e molares, pode manifestar-se uma protuberância de
caráter hereditário, o toro mandibular, que tende a ser bilateralmente
simétrico.
No centro do ramo da mandíbula há um amplo orifício, o forame da mandíbula, que continua
interiormente com o canal da mandíbula.
Ambos dão passagem ao nervo, artéria e veia alveolar inferior. O forame da
mandíbula é limitado anteriormente pela língula
da mandíbula, local em que se insere o ligamento
esfenomandibular. Uma estreita escavação se inicia no contorno inferior do
forame da mandíbula e se estende obliquamente para baixo e para diante, com o
nome de sulco milo-hióideo. Aí se
alojam o início do nervo e vasos milo-hióideos. Abaixo e atrás do sulco
milo-hióideo, já na área do ângulo da mandíbula, econtra-se o campo de inserção
do múculo pterigóideo medial, caracterizado por um conjunto de asperezas
denominado tuberosidade pterigóidea. Separando-se
a mandíbula do crânio, pode-se examinar melhor a face medial do ramo. O processo coronóide é menos liso do que
na face lateral; de seu ápice, alonga-se em direção inferior a crista temporal, que termina no trígono retromolar, uma área triangular
logo atrás do último molar. Na crista temporal e em toda a face medial do
processo coronóide inserem-se o músculo temporal; em algumas pessoas prolonga a
inserção até o trígono retromolar. O processo
condilar mostra o colo bem
evidente e, na sua porção anterior, uma fossa rasa, a fóvea pterigóidea, para a inserção do músculo pterigóideo
lateral. Do pólo medial da cabeça
(côndilo) da mandíbula parte para baixo e para a frente uma condensação linear,
a crista medial do colo.
A porção superior da cabeça da mandíbula corresponde à face
articular inferior da articulação temporomandibular. É uma superfície de contorno
elipsóide e em forma de tenda, com uma vertente anterior e outra posterior. Na
oclusão dos dentes, a vertente anterior choca-se contra a vertente posterior da
eminência articular temporal. As alterações de forma e contorno da cabeça da
mandíbula são freqüentes, principalmente em indivíduos desdentados idosos.
fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"
fonte: Livro Anatomia da Face Bases Anatomofuncionais para a prática Odontológica "Miguel Carlos Madeira"
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