quarta-feira, 20 de março de 2013

PLANO DE TRATAMENTO EM PERIODONTIA


Copiado do blog RESUMOS DO SEGUNDA
FONTE: http://resumosdosegunda.wordpress.com/2012/04/11/plano-de-tratamento-em-periodontia/
O plano de tratamento é importante tanto para a organização do profissional como para oferecer um melhor tratamento para o paciente.
O alvo do plano de tratamento é o tratamento total, ou seja, é a coordenação de todos os procedimentos de tratamento com o propósito de se chegar a uma situação periodontal saudável, juntamente com uma dentição funcional.
A anamnese e o exame físico não entram no plano de tratamento, entretanto, esses procedimentos entram na coluna de procedimentos executados. Nessa coluna também entram solicitações de radiografias, orientação ao paciente, etc.
O plano de tratamento é baseado em evidencias cientificas.
Plano de tratamento periodontal – fases ou etapas do tratamento:
  • Exame clínico (anamnese e periograma) e radiográfico;
  • Fase preliminar – terapia de urgência;
  • Fase I da terapia periodontal – orientação de higiene bucal, terapia inicial e terapia básica;
  • Reavaliação;
  • Fase II da terapia periodontal – terapia cirúrgica;
  • Reavaliação;
  • Fase III da terapia periodontal – terapia reconstrutiva.
FASE PRELIMINAR – cáries profundas, abscesso, GUN, PUN, pericoronarite, DTM, tratamento endodôntico. Não faz somente quando há dor! Esses procedimentos entram no plano de tratamento.
FASE I DA TERAPIA PERIODONTAL – também chamada de fase básica, fase inicial ou fase etiotrópica. Nessa fase entram os procedimentos de raspagem, aplainamento radicular, bem como orientação de higiene oral.
Objetivos do tratamento:
  • Redução ou resolução da gengivite;
  • Redução da profundidade de sondagem;
  • Ausência de dor;
  • Satisfação do paciente – estética e funcional.
Orientação de higiene bucal:
  • Orientação do paciente;
  • Motivação – evidenciar biofilme (usa um corante que vai fixar somente onde houver biofilme, em seguida coloca um jato de água e onde evidenciar é o sitio que tem biofilme, então isso será transferido para o índice de O´leary, onde serão marcados os sítios em que há biofilme, marca mesmo que tenha evidenciado pouco, pois o biofilme é qualitativo, e não quantitativo);
  • Técnicas e orientação da escovação;
  • Meios auxiliares (avaliar se o paciente tem aparelho ortodôntico, dentes apinhados, dentes fusionados, etc, para ver quais meios de remoção de biofilme pode recomendar);
  • Profilaxia.
Primeiro deve ser feito o periograma para em seguida ser feita a profilaxia, isso porque, caso a profilaxia seja feita antes, vai estimular o sangramento, pois a gengiva já está inflamada, dessa forma, haverá perda do critério inicial de avaliação.
Nessa terapia inicial podem ser feitos todos os procedimentos para uma adequação do meio (exodontia, raspagem, etc).
Terapia básica:
  • Raspagem subgengival;
  • Raspagem supragengival.
Caso não haja cálculo e nem bolsa, não faz raspagem, mas se houver bolsa, mesmo que não haja cálculo, deve ser feita a raspagem subgengival.
Em que situações deve raspar?
  • Até 3mm nas faces proximais ou 2mm nas faces livres – sem sangramento e sem cálculo = profilaxia e polimento;
  • Até 3mm nas faces proximais e até 2mm nas faces livres – com sangramento e cálculo subgengival = RACR (raspagem e aplainamento corono radicular) e profilaxia/polimento;
  • Maior ou igual 4mm nas proximais e maior ou igual a 3mm nas faces livres – com sangramento e calculo subgengival = RACR não cirúrgica ou cirúrgica e profilaxia/polimento.
REAVALIAÇÃO – é muito importante, pois é através dela que iremos saber se o paciente melhorou ou piorou. No CESMAC foi feita uma unificação, e a reavaliação é feita, no mínimo, depois de 45 dias (RACR ou aumento de coroa clínica) a 90 dias. É feito um novo preenchimento da ficha periodontal e, se der doença, tem que ser preenchido um novo periograma.
Saúde – terapia de suporte (fase IV);
Doença – pobre higiene bucal / contaminação subgengival = nova raspagem (com ou sem acesso cirúrgico).
FASE II DA TERAPIA PERIODONTAL – é a fase cirúrgica, e só vai para essa fase quando passa pela fase I e está tudo certo, pois se vai para essa fase sem passar pela fase básica vai ter infecção, não vai ter o efeito anestésico adequado, a cicatrização fica prejudicada, etc.
A fase I sempre existirá para o paciente, a fase preliminar nem sempre existirá, assim como a fase II, que, quando existe, vem obrigatoriamente depois da fase I.
Nessa fase são feitas:
  • Cirurgias de acesso;
  • Cirurgias ressectivas;
  • Cirurgias regenerativas;
  • Colocação de implantes e cirurgias endodônticas.
REAVALIAÇÃO – 45 a 90 dias. Deve ser feito um novo preenchimento da ficha clínica periodontal.
Saúde – terapia de suporte (fase IV);
Doença – nova raspagem (com ou sem acesso cirúrgico) e avaliar se houve algum erro de diagnóstico (profissional/paciente?)
FASE III DA TERAPIA PERIODONTAL – é a terapia reconstrutiva. Quando coloca próteses definitivas, por exemplo, que só devem ser feitas após o tratamento periodontal; quando faz restaurações definitivas, etc.
FASE IV DA TERAPIA PERIODONTAL – terapia de suporte. É usada quando se tem saúde após uma reavaliação. Inicia por 3 meses, se o paciente volta e continua apresentando saúde, coloca pra 6 meses, caso o paciente volte e continue com saúde, coloca então pra 1 ano. Mas se o paciente voltar e apresentar doença, tem que refazer todo o tratamento.

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