sábado, 28 de setembro de 2013

Provinha de Clínica Integrada (Resolução)



1- Paciente jovem com 12 anos de idade, queixa-sede dor provocada ao frio e doce, na região dos molares superiores. Clinicamente, verifica-se no dente 16 a presença de grande quantidade de dentina cariada sem exposição pulpar e com resposta positiva aos testes de sensibilidade. Radiograficamente, a cárie é profunda, próxima à polpa e sem a presença de lesão periapical. Nesse caso deve-se realizar:

A- Biopulpectomia
B- Tratamento expectante
C- Pulpotomia
D- Remoção de todo o tecido cariado e restauração
E- Proteção pulpar direta

obs: Tratamento expectante = tratamento de espera. ex: capeamento indireto com hidróxido de cálcio pasta pasta (Hydcal)

2- Dente com lesão cariosa extensa, dor intensa à mudança de temperatura,  em particular ao quente e persistente, mesmo depois de removido o estímulo. Tal situação sugere diagnóstico de:

A- Pulpite reversível
B- Pulpite hiperplásica
C- Pulpite crônica
D- Pulpite aguda
E- Necrose pulpar

3- Na radiografia periapical do dente 13, observa-se canal radicular não tratado e presença de imagem radiolúcida circunscrita no ápice, sugestiva de granuloma. Clinicamente este dente não responde aos testes de sensibilidade pulpar. A etiologia desta lesão está ligada a fatores que levaram a:

A- Decomposição ou necrose da polpa dental, atuando com baixa intensidade sobre os tecidos periapicais e o tratamento consiste na limpeza e obturação do canal radicular e observação radiográfica periódica.

B- Decomposição ou necrose da polpa dental, atuando com alta intensidade sobre os tecidos periapicais e o tratamento consiste na limpezae obturação do canal radicular e observação radiográfica periódica.

C- Necrose parcial da polpa dental, atuando rápida e intensamente sobre os tecidos periapicais e o tratamento é a cirurgia paraendodontica com apicectomia e obturação retrógrada.

D- Necrosa da polpa dental, atuando lenta e concomitantemente sobre os tecidos periapicais e o tratamento é a extração do orgão dental.

E- Necrose parcial da polpa dental, atuando rápida e intensamente sobre os tecidos periapicais e o tratamento consiste na cirurgia paraendodôntica e obturação do canal.

4- Em casos de exposição pulpar, o capeamento pulpar direto pode ser usado como um procedimento para a recuperação pulpar. Seu sucesso depende:

A- Pequenas exposições acidentais só em molares.
B- Paciente jovem e pouca contaminação da exposição pela saliva.
C- De ser uma exposição pulpar pequena e acidental e dente jovem.
D- Qualquer exposição em dente jovem.
E- As alternativas "a" e "b" estão corretas.

Caso Clínico 2:

Paciente R.J.M 35 anos, leucoderma e na anamnese relatou ser diabético compensado, insulino dependente e realizar hemodiálise 3 vezes por semana. Apresenta dor na região inferior direita com edema na região vestibular dos dentes 45, 46 e 47.

O Exame clínico revelou o seguinte:

-Dente 46 com coroa totalmente destruída com imagem radiográfica de lesão periapical difusa.
-Dente 47 coroa parcialmente destruida com comunicação com a câmara pulpar e massa avermelhada emergindo da cavidade.
-Dente 45 apresenta-se com cárie profunda e teste de vitalidade a frio positivo com declínio relativamente rápido.

Pergunta-se:
a) Faça se necessário a terapêutica medicamentosa para essa paciente.
R:  Antibioticoterapia, fazer Profilaxia Antibiótica o paciente por realizar hemodialise 3x por semana encontra-se imunossuprimido, prescrever Amoxicilina 500 mg, 4 cps (total de 2g) e pedir ao paciente para tomar de 1h a 30 minutos antes do procedimento, e realizar as doses de manutenção de amoxicilina 500mg de 8 em 8 horas por 7 dias.
Analgésicos - Dipirona sódica 500 mg 4 em 4h ou Paracetamol 750 mg de 6 em 6 h.
Anestésico: Lidocaina com adrenalina 1:100.000 nas doses habituais.

b) De o diagnóstico do caso clínico e planejamento.
R:
Urgência no dente 46.
Diagnóstico: Abscesso Fênix.
Tratamento: Endodontico - Penetração desinfetante - drenagem via canal se possível - medicação intracanal com hipoclorito - restauração temporária c/ ionômero de vidro, cotosol etc...

Adequação de meio bucal:
47: Pulpite hiperplásica - Pulpotomia - apicigênese, ou pulpectomia.
45: Dente cariado - escariação - e restauração temporária.
46: Obturação e restauração temporária.

Fase restauradora:
47- Restauração permanente com resina composta ou amalgama.
45- Restauração permanente com resina composta ou amalgama.
46- Coroa metalocerâmica + núcleo fundido (Prótese fixa)

Fase de manutenção:
Aqui será realizado o controle periódico da higiene bucal, reforço da motivação, acompanhamento clínico e radiográfico dos trabalhos executados, reavaliação dos procedimentos reabilitadores, reforço e/ou reaplicação das medidas preventivas responsáveis pela manutenção do estado de saúde bucal e geral do paciente. ($$)

9 comentários:

  1. Muito bom o conteudo do seu blog!
    parabénss!!
    vc nao tem conteudo de periograma...caso clinico...materia de periodontia 2
    obrigadaaa

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  2. como eu sei que nesse caso eh abcesso fenix e nao abcesso apical agudo?

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    1. O Abscesso Fênix radiograficamente pode apresentar uma imagem radiolúcida apical e já o abscesso apical agudo radiograficamente pode apresentar aumento do espaço perirradicular e/ou rompimento da lamina dura.

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  3. Caso 2 ... não é abscesso fênix, é abscesso apical agudo, imagem difusa e com presença de edema ... Abscesso fênix não tem imagem difusa

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    1. Na verdade é o contrario, abscesso fenix TEM lesao periapical e o agudo nao, apenas um rompimento da lamina dura. Esta certa a resposta, abcesso fenix. bjs

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  4. apos a pulpectomia ou pulpotomia não tem que obturar ? e entra n fase 1 fiquei com duvida
    e não teria de colocar otosporin como medicação intracanal ??

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  5. Oi ostoporin é para polpa viva nesse caso abcesso de fênix a polpa já está morta.

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