sábado, 6 de outubro de 2012

Delineador ( Métodos para determinar a trajetória de inserção)

Matéria: Prótese Parcial Removível.
Métodos para determinar a trajetória de inserção:

Método de Roach ou dos 3 pontos:
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Mais fácil, mais utilizado, porém o mais empírico.
- É baseado no principio que três pontos formam um plano.
- O objetivo é tornar o plano oclusal perpendicular a trajetória de inserção. (haste móvel do delineador.)
-  Os 3 pontos devem localizar-se nos seguintes pontos:
*Arco dental superior: nas fossetas mesiais dos primeiros molares direitos e esquerdos; entre os incisivos centrais na região palatina, onde os incisivos inferiores fazem contato.
*Arco dental inferior:  fossetas mesiais dos primeiros molares (direitos e esquerdos) e na superfície incisal entre os incisivos centrais.
Obs: caso algum dente esteja ausente, substituir por um pequeno rolete de cera.

Método das Bissetrizes:

- Método mais trabalhoso.
- Baseia-se nas inclinações dos longos eixos dos dentes de suporte.
- Na base do modelo traçam se linhas paralelas ao longo eixo dos dentes suporte no sentido mesiodistal, obtendo-se as bissetrizes dessas linhas.

Método seletivo de Applegate ou das Tentativas:
- É o método mais  cientifico, pois baseia-se no equilíbrio das retenções, nos plano guia, nas interferências e na estética.
- O melhor posicionamento será aquele que proporciona maiores vantagens de paralelismo (menor desgaste de planos guia), maior retenção, melhor estética (principalmente para os casos anteriores) e menor interferência com o rebordo.

Equilibrio das Retenções:

- Cada caso pode apresentar diversas possibilidades de trajetórias de inserção. Devemos selecionar aquela que seja mais adequada ao preparo de boca e a eficiência mecânica da PPR.

- Devemos lembrar que cerca de 1/3 do comprimento dos braços de retenção localizam-se em zonas retentivas e que a sua flexibilidade é alterada se modicamos o seu desenho, diâmetro ou comprimento.

- A localização do terminal retentivo está relacionada com a altura do equador e amplitude do ângulo de convergência cervical.

- Devemos sempre buscar o máximo de paralelismo entre os retentores porque se o equador estiver muito alto significa que a futura prótese tocara primeiro neste ponto do dente, aumentando a chance de forças horizontais durante a inserção e retirada da prótese, o que poderá ocasionar mobilidade ao dente de suporte ou desconforto ao paciente.

- A superfície vestibular é eleita para colocação do braço de retenção.

*Modificações clínicas do contorno dos dentes suportes para garantir maior retenção mecânica:
- Em dentes hígidos com brocas esféricas em baixa rotação podemos criar uma leve convavidade.
- Caninos e pré-molares são anatomicamente mais expulsivos, modificação do contorno com restaurações em amalgama classe V. (podendo ser convexa ou côncava)

Planos Guia:
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As superfícies “bojudas” do emalte, preparadas com esta finalidade, são denominadas planos guias por que “guiam” a prótese ao seu assentamento e retirada,dando, desta forma uma superfície de contato friccional, resultando em maior estabilidade da prótese e do dente.
ex: na superfície lingual ou palatina
, se o equador estiver muito alto para a trajetória determinada, devemos lançar mão dos planos guia para podermos abaixa-los.

-  Principais funções dos planos guia são:
* Proporcionar um único sentido de direção para inserção e remoção da prótese, segundo a trajetória de inserção pre determinada. Ou seja o plano guia perpetua a trajetória.
* Eliminar forças tangenciais nociva aos dentes de suporte durante os atos de inserção e remoção da prótese.
* Proporcionar principio biomecânico de oposição ou reciprocidade do grampo, quando a ponta ativa de retenção transladar a linha equatorial do dente de suporte. (transladar= mudar de posição.)
* Impedir a retenção ou impacção de alimentos por diminuição do chamado “espaço morto”.

- Os planos guia antes de serem efetuados em boca, serão efetuados no modelo de estudo com as facas de recorte.
- Estes memos desgastes serão efetuados futuramente na boca do paciente com brocas cilíndricas em alta ou baixa rotação.
Interferências dentárias e Fibromucosas:
-A convexidade natural, mesializações, giroversões, etc. não tornam retentores paralelos entre-si.
-Com a ponta analisadora, podemos selecionar a posição em que os retentores encontram-se o mais paralelos possíveis, considerando ambos os lados (direito e esquerdo), e também as zonas desdentadas (estas poderam interferir algumas vezes quando a prótese estiver pronta.)
-Áreas de interferência são todas aquelas relacionadas ás estruturas rígidas da prótese.

- O atrito das partes rígidas da prótese sobre todos os planos guia de forma simultânea causa efeito de retenção adicional.


Resumo da técnica de Applegate ou de tentativas:

- Interferências: considerar as interferências dentárias e a fibromucosas. As interferências dentárias estão relacionadas com a confecção de planos guia. Devemos selecionar uma trajetória de inserção com o mínimo de interferência e que seja mais fácil e conservadora.

- Planos guias: selecionar a trajetória de inserção, além de proporcionar planos guia efetivos na estabilização do dente e da prótese, diminuem o ângulos mortos.

-Retenção: equilibrar bilateralmente as retenções. A prótese ao ser retirada deve apresentar o mesmo grau de retenção em cada lado do arco dentário. Se um dos lados tiver mais retenção do que o outro, a prótese terá tendência a ser removida por intermédio de movimentos rotacionais.

- Estética: selecionar a trajetória de inserção que diminua ao máximo os ângulos mortos e que tenha mínima quantidade de metal visível.

Fixação da trajetória de inserção:
- Sua finalidade é para que nós ou o técnico de laboratório possamos rapidamente reposicionar de forma precisa o modelo na platina (necessitamos ocupar a platina para outros modelos de outros pacientes.)
Existem 3 métodos:
- 1- Pela cimentação de uma haste metálica no modelo.
- 2- Seleção dos 3 pontos.
- 3- Por traços realizados no modelo (feito em aula.):
* modelo deve possuir base de min. 1cm.
*Para obter a posição ântero-posterior com a ponta analisadora posicionada na lateral do modelo, faz-se com uma lapiseira um traço nítido e forte.
*Para obter a posição latero-lateral é realizado outro traço na região posterior.

Guia de transferência do Modelo de Estudo para o Modelo de trabalho:
- Para obter na pratica a mesma trajetória realizada no modelo de estudo é necessário fazer uma guia de transferência de trajetória de inserção.
- Técnica do professor Di. Fiori:
Utilizam-se 3 superfícies oclusais ou anatômicas.
Utiliza-se uma placa acrílica que englobe os 3 pontos pré-selecionados.
Após a polimerização da placa acrílica fixa-se uma haste metálica a placa acrílica.
Conjunto é removido do modelo de estudo e adaptado ao mandril do delineador.
Posicionar cuidadosamente o modelo de trabalho.
Desta forma transferimos a trajetória de inserção.

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