segunda-feira, 29 de abril de 2013

Como calcular a quantidade máxima de tubetes anestésicos ?


Como calcular o volume máximo de uma solução anestésica:



Deve ser calculado em função de 3 parâmetros: concentração do anestésico na solução, doses máximas recomendadas e peso corporal do paciente.

Quanto a concentração, uma solução a 2%, independentemente de qual seja o anestésico, contém 2g do sal em 100 mL de solução, ou 20mg/mL. Da mesma forma, soluções a 0,5%, 3% ou 4% deverão conter, respectivamente, 5mg, 30mg ou 40mg/mL da base anestésica por mL da solução.

Exemplificando:

Solução de lidocaína a 2%
Contém 2g do sal em 100 mL de solução = 20 mg/mL
20 mg x 1,8 mL (volume contido em 1 tubete) = 36 mg

Isto significa dizer que cada tubete anestésico contém 36 mg de lidocaína, quando empregada na concentração de 2%.



Dose máxima de lidocaína = 4,4 mg/kg de peso corporal


Dose máxima para um adulto com 60kg
60 x 4,4 = 264 mg

264 mg ÷ 36 mg = 7,3 tubetes

Portanto, o volume máximo de suma solução de lidocaína a 2%, para um adulto com 60 kg, é equivalente ao contido em aproximadamente 7 tubetes.


Anestésicos locais nas concentrações atualmente disponíveis no Brasil, com suas doses máximas para adultos saudáveis (adaptado de Malamed)

Anestésico Local
Dose máxima (por kg peso corporal)
Número de tubetes (1,8 mL) para adultos com 60kg
Máximo absoluto (independente do peso)
Lidocaina 2%
4,4 mg
7
300mg
Lidcaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300 mg
Mepivacaina 2%
4,4 mg
7
300 mg
Mepivacaina 3%
4,4 mg
4 e meio
300mg
Articaína
7 mg
5 e meio
500mg
Prilocaina 3%
6 mg
6 e meio
400mg
Bupivacaina 0,5%
1,3 mg
8 e meio
90mg

Baixe a calculadora para ANDROID  link: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.guardezi.anestesico 
Fonte: "Terapêutica Medicamentosa em Odontologia" Eduardo Dias de Andrade.

domingo, 21 de abril de 2013

Etapas da Moldagem (Prótese FIXA)


Etapas da moldagem:

Moldagem unitária com anel de cobre e godiva:
A partir dessa moldagem irei obter um troquel.

Troquel: É o modelo individual do dente preparado, no qual são terminadas as margens do padrão de cera.
Irei determinar minha linha de terminação no troquel.

Com o meu troquel, irei confeccionar uma coroa guia com resina acrílica, sobre o preparo no troquel.

Com essa coroa guia irei fazer a moldagem de transferência.
Com a coroa guia, irei posiciona-la no dente preparado na boca do paciente.
Farei a moldagem com Alginato.
Quando o alginato geleificar a coroa guia irá sair junto com o alginato.
Irei verter o gesso sobre essa nova moldagem.
E irei obter o modelo de trabalho, troquelizado.

Com o modelo de trabalho troquelizado irei enviar para o laboratório onde serão confeccionados os copping para posterior prova em boca.

Copping:  coifas ou cumeeiras, confeccionados de materiais resistentes a alta temperatura e compressão física,  tem como função principal revestir, proteger o coto residual preparado para receber a prótese final e suportar o material restaurador de alto desempenho funcional, considerando ainda a espessura ideal requerida para o material eleito.

Sequencia de Confecção (Prótese Fixa)


Sequencia da confecção

Anamnese;
Exame clínico;
Exame complementar;
Moldagem de estudo;
Montagem no articulador;
Previsão de custo;
Moldagem prévia;
Analise oclusal;
Preparo dental (linha de terminação);
Confecção do provisório;
Preparo do retentor e modelagem do retentor;
Prova do retentor fundido e cimentação;
Confecção do provisório;
Moldagem de trabalho;
Obtenção do troquel e moldagem de transferência;
Prova do copping unitário;
Registro interoclusal com duralay;
Moldagem para remontagem em articulador;
Se for uma PF fazer prova da infraestrutura;
Unir para soldagem com duralay;
Registro interoclusal e moldagem para remontagem em articulador;
Selecionar cor para cerâmica;
Prova da cerâmica (observar a cor, forma, ajuste proximal, ajuste interno e ajuste oclusal);
Aplicação do glaze;
Cimentação provisória por 7 dias;
Cimentação definitiva.




Articulador ( Prótese Fixa )

23/08/12 "Caderno "
Articulador
Instrumento de registro capaz de receber e registrar as relações crânio-dentais e maxilo mandibulares, os eixos de rotação e as trajetórias destes eixos” Stuart

“O uso do articulador permite o trabalho fora da boca e a visualização da oclusão que está sendo estabelecida, com conforto do paciente” Sharry

“É um aparelho destinado a fixação dos modelos e registrar as relações inter-maxilares em suas dimensões e reproduzir os movimentos mandibulares de interesse protético incoporando os as restaurações” Stuart

“Os articuladores são instrumentos mecânicos que representam as ATMs, a mandíbula e a maxila e simulam o relacionamento existente entre os dentes superiores e inferiores” Mezzomo

Finalidades:
- Permite uma visualização geral dos dentes e estruturas adjacentes.
- Reproduzir os movimentos mandibulares.
- Diagnóstico;
- Estudo e planejamento do trabalho protético;
- Enceramento de diagnóstico;
- Montagem dos dentes;
- Ajuste oclusal;
- Fixar posições de referência.

Classificação dos articuladores quanto ao grau de precisão:
- Articuladores não ajustáveis;
- Articuladores semi ajustáveis;
- Articuladores totalmente ajustáveis.

Não ajustáveis:  só reproduzem movimentos de charneira (mov. De dobradiça de abrir e fechar.)

Semi ajustáveis: reproduzem padrões aproximados do sistema mastigatório;
Reproduzem os pontos inicial e final dos movimentos condilares, e a trajetória entre esses dois pontos é representada em linha reta;
As distâncias inter-condilares não são totalmente ajustáveis, representando em três tamanhos, pequena, média e grande.

Totalmente ajustável: Distância intercondilar totalmente ajustável;
Reproduzem a curvatura e direção da inclinação condilar;
Reproduzem movimentos bordejantes mandibulares , e desvio lateral progressivo.

Articuladores do tipo Arcon:
- Os elementos condilares (cabeça do condilo) estão presentes no membro inferior do instrumento.
- A fossa mecânica está unida ao membro superior do articulador, simulando a própria fossa glenóide.
- Ex: Whip mix, Hannau Modh, Denar Mark2, Bioart, Gnatus, Stuart entre outros...

Articuladores do tipo não Arcon:
- Os elementos condilares (cabeça do condilo) estão unidos ao membro superior do articulador;
- As superfícies articulares da fossa glenóide estão unidas ao membro inferior;
- Ex: dentatus.

COMPONENTES DO ARTICULADOR:

Corpo: parte basal e central onde se fixam as guias condilares e os ramos;
Ramos: são os prolongamentos horizontais, um superior e outro inferior onde são fixados os modelos;
Guias: correspondem aos mecanismos que controlam os movimentos do articulador;
Guia condilar sagital: guiam os movimentos protrusivos do articulador;
Guia condilar lateral: guiam os movimentos laterais do articulador;
Guia incisiva: situa-se na parte anterior do ramo inferior e apoia o pino incisivo guiando o ramo superior. Permite o ajuste para guiar o articulador, tanto na protrusão, (recebendo o nome de guia incisiva sagital), como na lateralidade (guia inc. lateral).
Pino incisivo:  apoia-se na mesa da guia incisiva e mantem a altura entre os ramos.

Escolha:
Complexidade dos casos clínicos.
Habilidade e o conhecimento do professional no uso do aparelho.

Moldagem:
É um conjunto de operações clínicas que as custas de materiais e técnicas, visam cpiar por impressão em negativo as características de cada unidade dentaria (preparada ou não) do arco dentário e estruturas anexas; para posterior obtenção de um modelo que será copia em positivo.

Classificação:
Quanto a área a ser moldada: total ou parcial.
Quanto a finalidade: obtenção de modelo
Quanto ao material: Elástico ou anelástico.

Seleção da moldeira:
Colocar cera nas bordas da moldeira, aquecer e moldar para copiar os fundos de sulco;

Requisitos de um molde:
Nitidez: a impressão fina de todos os detalhes morfológicos e de textura superficial.
Fidelidade:  Ausência de distorções e alterações dimensionais;
Completo: O molde deve conter tudo que se propôs a moldar.

ARCOS FACIAIS:
“O arco facial é um dispositivo acessório do articulador com a finalidade de transferir os modelos ao articulador, conservando as mesmas distâncias entre os côndilo e incisivos do paciente” Tamaki.

“O arco facial é utilizado para relacionar a maxila (arco dental) de acordo com seu relacionamento espacial a base do crânio”

Finalidade:
Ajuste preciso dos centros de rotação laterais;
Favorecer a posição anterio-posterior do modelo;
Registro de relação horizontal do modelo superior;
Posicionamento vertical do modelo;
Registro da trajetória condilar sagital.

Arco facial e acessórios:
Arco facial, garfo de mordida, relator násio, chave allen.
“O arco facial é utilizado para relacionar a maxila (arco dental) de acordo com seu relacionamento espacial a base do crânio”
Por isso é necessário três pontos de referência dois posteriores (dir. e esquerdo)  e um anterior craniano, de preferência na face.

MONTAGEM DE MODELOS NO ARTICULADOR:

Guia de mordida para transferência do modelo superior:
- Distribuir sobre a forquilha uma porção de godiva plástica e obter uma impressão do arco dental superior;
- Remover a forquilha da boca, lavar, secar com jato de ar e remover o excesso, deixando apenas as marcas das pontas de cúspide;
- Verificar o assentamento do modelo sobre a impressão obtida.

Posicionamento do arco facial:
-
Levar a guia de mordida em posição a boca do paciente;
- Adaptar o arco facial, o qual ficará sustentado pelo cabo da forquilha;
- Adaptar as olivas nos condutos auditivos fazendo pressão para dentro e para frente;
- Colocar o ponto násio, de um lado sobre a glabela e do outro na barra transversal do arco facial (apertar os parafusos do arco facial);
- Verificar a distância intercondilar assinalada no arco facial;
- Afrouxar o parafuso e retirar o porta relator do ponto násio.
- Afrouxar também os parafusos do arco facial e retirar este do paciente.

Ajuste do articulador para montagem dos modelos superior e inferior:
- Ajustar a distância intercondilar de acordo com o arco facia, o que poderá ser (small, médium, large)
- Ajustar o guia condilar do articulador em ângulo de 30 graus e com um ângulo de 15 graus para o ângulo de Bennet.

Montagem do Modelo superior:
- Posicionar o modelo superior sobre a godiva na forquilha;
- Verificar correto assentamento;
- Verificar se a espaço entre o modelo e o articulador para a colocação de gesso;
- Fazer retenções sobre sua chase, hidratar e prender este com gesso ao ramo superior do articulador, que deverá estar paralelo a mesa de trabalho.

Montagem do Modelo inferior:
- Registro da relação cêntrica “JIG”
- Manipulação de Dawson
- Calibrador de “Lony”

JIG:
São dispositivos aplicados nos dentes anteriores, que são utilizados como desprogramadores musculares, para obtenção do registro em RC, para a montagem de modelos em articuladores no inicio de tratamentos protéticos ou para análise de oclusão em pacientes dentados.

O jig serve para registrar a relação Centrica.
RC:  É uma posição dos condilos em que há sustentação antero-posterior ao longo da eminência articular da cavidade glenóide, com o disco articular interposto entre o côndilo e a eminência articular.

Obtenção do JIG:
Materiais:
Resina duralay, vaselina, dappen, espátula 7, picel, carbono , pontas para desgaste.

Montagem do modelo inferior:
- Com o modelo superior montado, colocar o articulador invertido sobre a bancada de trabalho;
- Adaptar o modelo inferior sobre a placa de registro;
- Aumentar o pino-guia anterior do articulador em 1 ou 2 mm;
- Prender o modelo inferior ao ramo inferior do articulador com gesso.

Personalização das guias condilares
Registro das relações excêntricas
-Protrusiva ;
-Lateralidade direita e esquerda.

Guia condilar lateral
Programação do articulador Protrusivo e trajetória condilar.
-Afrouxar os parafusos que estão sobre as fossas do articulador, fazendo com que fiquem em 90 graus;
- Posicionar a placa de cera que registra o movimento protrusivo entre os modelos;
- Inclinar a fossa para baixo até que o teto encoste na cabeça do condilo, do lado direito e esquerdo do articulador;
- Apertar os parafusos e tem se a trajetória condilar.

Programação do articulador registro das lateralidades direita e esquerda:
- Afrouxar o parafuso do Ângulo de Bennet e posicionar a placa de cera obtida em lateralidade entre os modelo de gesso;
- Registrar o ângulo de Bennet do lado oposto ao movimento, encostando a parede da fossa de encontro ao condilo do instrumento.

Princípios Mecânicos (Prótese Fixa)


PRINCIPIOS MECÂNICOS

Objetivos:
- Retenção e estabilidade;
- Durabilidade estrutural.

Forças de tração:
- Compressão;
- Tração;
- Cisalhamento;
- Oblíquas.

A: força oblíquas, B: Cisalhamento, C: compressão, D: tração.



RETENÇÃO E ESTABILIDADE

Retenção:
é a habilidade que um preparo possui para resistir as forças de remoção da restauração segundo o eixo de inserção.

Estabilidade: É a propriedade que evita o deslocamento da restauração promovida por forças oclusais oblíquas durante o ciclo mastigatório.
ex: copo e forminha de empada, se a tampa for maior, maior será a estabilidade.

A retenção e estabilidade são duas qualidades inter-relacionadas e inseparáveis.

FATORES QUE ALTERAM A RETENÇÃO E A ESTABILIDADE
- Altura e diâmetro;
- Expulsividade;
- Formas auxiliares de retenção;
- Planos de inserção.

Altura e diâmetro do preparo:
- É diretamente proporcional a retenção;
- Ex: quanto maior for a altura e o diâmetro maior será a retenção.

* Altura do preparo:  as paredes axiais devem ter altura suficiente para impedir a rotação da peça ao redor de um fulcro atuando na borda cervical mas periférica próxima da linha de ação da força.


*Estabilidade: 
- Razão altura/diâmetro.  > altura, < o diâmetro.
A estabilidade será maior quando a altura for maior que o diâmetro do preparo.

* Expulsividade ou conicidade:
- Conicidade ideal 3º na parede; somado 6º.
- Quanto mais expulsivo pior será a estabilidade.
- Retenção e estabilidade inversamente proporcional, ex: quanto maior a expulsividade menor será a retenção e estabilidade.

Formas auxiliares de retenção:
- Aumentar as áreas de contato;
- Diminuir o número de planos de inserção;
- Criar paredes contra os movimentos de rotação.

ex: caixas proximais com paredes de 6º (sulco vertical), sulcos verticais em meia cana, orifício para pino.

Planos de inserção:
- Unitário: paralelo ao longo eixo do dente e ás proximais dos dentes vizinhos.
- Prótese fixa: Bissetriz do longo eixo dos dentes suportes.

fonte: caderno do quinto semestre.

sábado, 20 de abril de 2013

Linhas de terminações ( Prótese Fixa)


Adaptação marginal:
Espaço existente entre a superfície interna da restauração do preparo.

Linha de terminação:
-Sua lisura e uniformidade influem diretamente na justeza de adaptação marginal da restauração.
-A espessura do desgaste permite estabelecer contornos adequados da restauração.
-Devem proporcionar resistência a borda da restauração para suportar as cargas oclusais.
-Sua localização permitirá o controle da justeza de adaptação cervical e a higienização, protegendo o complexo periodontal.

Tipos de linha de terminação:

-Lâmina de faca:


indicações: faces linguais de pré-molares, coroas totais metálicas e dentes muito inclinados.
vantagens: conservador da estrutura dental.
desvantagens: difícil controlar a localização da margem.
broca para o preparo:  tronco cônica de ponta afilada.

-Degrau em 90º:



indicações: coroas de cerâmica pura.
vantagens: boa estética e contornos adequados.
desvantagens: adaptação da porcelana na margem cervical.
broca para o preparo: tronco cônica de ponta reta.

-Degrau com bisel ou com chanfro:




indicações: coroas metaloplásticas, metalocerâmicas (cinta metálica), cobertura das vertentes externas das cúspides de suporte MOD.
vantagens: volume de material restaurador.
desvantagens: anel metálico, comprometendo a estética.
brocas para o preparo: tronco cônica de ponta reta, para o bisel tronco  cônica de ponta afilada.

-Chanfro simples:



indicações: coroa total metálica, metaloplástoca, RMF e margem lingual de coroa metalocerâmica.
vantagens: linha de terminação nítida, justeza de adaptação e obtenção de contornos adequados.
desvantagens: cuidado de evitar protuberância de esmalte sem suporte.
broca para o preparo: tronco cônica de ponta arredondada.

-Chanfro largo (acentuado):
indicações: coroa metalocerâmica, metalfree.
vantagens: anel metálico pode ser empregado sem interferir com a estética, possibilitando a obtenção de contornos adequados na região cervical, vestibular e proximal (loja papilar).
desvantagens: cuidados para evitar protuberâncias de esmalte sem suporte.
broca para o preparo: tronco cônica arredondada.

-Chanfro largo com bisel:



indicações: coroa metalocerâmica, quando um chanfro muito profundo for necessário, deve-se acrescentar um bisel ou outro chanfro menor, por fim promover melhor assentamento.
Broca: tronco cônica arredondada.

- Término em 135º :



indicações: metalocerâmica, metal free, caninos com marcada retração gengival.
vantagens: boa adaptação estética e obtenção de contornos adequados.
desvantagens: ultra-sulcularmente atingindo a raiz.
broca:  tronco cônica em forma de torpedo.

fonte: caderno do quinto semestre.

Fundamentos da Oclusão ( Prótese Fixa )


FUNDAMENTOS DA OCLUSÃO:

Relação Cêntrica:
No tratamento restaurador, o objetivo é criar nos dentes posteriores contatos oclusais que estabilizem a posição da mandíbula, não criando contatos que possam mudar sua posição natural e desestabiliza-la.  A oclusão na restauração deve ser feita em harmonia com a melhor posição condilar.

A relação cêntrica:  uma posição que há sustentação ântero-posterior ao longo da eminência articular da cavidade glenóide, com o disco articular interposto entre o côndilo e a eminência articular.

Essa posição dos côndilos nas cavidades glenóides é usada em odontologia como uma posição de referência, reproduzível na montagem de modelos em articuladores.

Define a melhor posição relativa entre todos os componentes anatômicos. O ideal é que essa posição do côndilo também coincida com a máxima intercuspidação dos dentes (MIC).

Para que o conceito de relação cêntrica tenha significado é preciso entender a anatomia básica da ATM.

A. Eminência articular; C. Côndilo; D, disco articular; E, Meato acústico externo; L, Músculo Pterigoideo lateral; R, Zona bilaminar (tecido situado atrás do disco); S, fina parede superior da cavidade glenóide.


O osso da cavidade glenóide é delgado na face superior, não estando apto a funcionar como área de sobrecarga. No entanto, a inclinação da eminência articular na face anterior da cavidade é composta de substância cortical espessa capaz de suportar carga.

O disco articular é bicôncavo, desprovido de nervos e de vasos  sanguíneos na região central; é robusto; muito parecido com um pedaço de couro de sapato. Possuem algumas fibras musculares inseridas na face anterior, provenientes da cabeça superior do músculo pterigoideo lateral. Esse disco insere-se na face medial e lateral do côndilo e deve ficar situado entre este e a eminência articular quando em funcionamento.  O côndilo não é esférico: sua forma é irregular, elíptica, a qual ajuda a distribuir a carga por toda a articulação temporomandibular, em vez de concentrá-la em pequena área.

Movimento Mandibular
O movimento mandibular pode ser decomposto em uma série de deslocamentos que ocorrem em torno de três eixos:

1. Eixo Horizontal:
Este movimento, no plano sagital, ocorre quando a mandíbula em relação cêntrica realiza um movimento de abertura e fechamento puramente rotacional em torno do eixo horizontal transversal que vai de um côndilo ao outro.



2. Eixo Vertical:
Esse eixo ocorro no plano horizontal, quando a mandíbula se move em excursão lateral. O centro dessa rotação é um eixo vertical que atravessa o côndilo do lado de trabalho.



3. Eixo Sagital:
Quando a mandíbula se move para um dos lados, o côndilo do lado oposto ao da direção do movimento desloca-se para frente. Ao fazer isso, encontra a eminência articular da cavidade glenóide  e move-se para baixo no lado oposto a direção do movimento, girando em torno de um eixo ântero-posterior (sagital) que passa através do outro côndilo.

O movimento de “bisagra”, ocorre em consequência da rotação descrita pelos côndilos nos compartimentos inferiores das ATMs num arco de 10 a 13 graus, que cria uma separação de 20 a 25 mm entre os dentes anteriores.

Na articulação saudável, o côndilo fica em posição ântero-posterior na cavidade glenóide com o disco articular interposto quando os dentes estão em máxima intercuspidação (A). No estágio inicial de abertura, o côndilo gira em torno de seu eixo de rotação e o disco permanece estacionário (B) . Na abertura máxima, o côndilo sofre translação anterior, com o disco ainda interposto (C).


Também existe movimento de deslizamento no compartimento superior da articulação quando o movimento da mandíbula em direção inferior é maior.



Então o eixo de rotação transfere-se para a área do forame da mandíbula, a medida que os côndilos transladam para anterior e inferior enquanto continuam a girando.

Quando a mandíbula desliza para a frente de tal modo que os dentes anteriores superiores e inferiores fiquem em relação de topo, dá-se o nome de protrusão. Idealmente, o segmento anterior da mandíbula se deslocará ao longo de um trajeto orientado pelos contatos entre os dentes anteriores com desoclusão completa dos dentes posteriores.



O movimento para um dos lados colocará a mandíbula em relação de trabalho ou de taterotrusão com esse lado e em relação de balanceio ou de mediotrusão com o lado oposto; por exemplo, se a mandíbula é movida para a esquerda, o lado esquerdo é o de trabalho, e o direito é o de balanceio.



Nesse tipo de movimento, o côndilo do lado de balanceio descreverá um arco de direção anterior e medial.( FIG 2.8 A) Enquanto isso o côndilo do lado de trabalho se moverá em direção lateral e um pouco para trás. (2.8B). O movimento da mandíbula para o lado de trabalho foi descrito pela primeira vez por Bennet.

Ângulo de Bennet:
O ângulo formado no plano horizontal  entre o trajeto do côndilo no lado de balanceio (translação mandibular lateral) e o plano sagital é chamado de ângulo de bennet.



Determinantes do movimento mandibular
Os dois côndilos e os dentes que estão em contato são comparados as três pernas de um tripé invertido e suspenso do crânio. Os fatores determinantes dos movimentos desse tripé são: posteriormente, ambas as ATMs; anteriormente, os dentes superiores e os inferiores; no todo, o sistema neuromuscular.

O dentista não exerce controle sobre os fatores determinantes posteriores, as ATMs, imutáveis.  Apesar disso, elas influenciam os movimentos da mandíbula e dos dentes através dos trajetos que os côndilos devem percorrer quando a mandíbula é movida pelos músculos da mastigação. A medida e a reprodução desses movimentos constituem a base para o uso dos articuladores.

O determinante anterior, os dentes, orienta a mandíbula de diversas formas. Os dentes posteriores constituem os pontos de parada vertical para o fechamento mandibular. Também orientam a mandíbula para a posição de máxima intercuspidação, que pode ou não coincidir com a melhor posição dos côndilos nas cavidades glenóides.

Os dentes anteriores (de um canino ao outro) ajudam a guiar a mandíbula nas excursões laterais direita e esquerda e nos movimentos de protrusão. Os dentes anteriores são especialmente aptos a essa orientação graças aos seguintes fatores:

1. Os caninos são os dentes que tem raízes mais longas e fortes em seus respectivos arcos;
2. A carga é reduzida pela distância do fulcro ( alavanca de classe III) e
3. o limiar proprioceptivo e os reflexos concomitantes reduzem a carga.

Os  dentistas podem exercer controle direto sobre o determinante “dente” por meio de seu movimento ortodôntico, da restauração das faces palatinas anteriores ou oclusais posteriores e do rebaixamento, ou desgaste seletivo, de quaisquer dentes que não mantenham uma relação harmoniosa. É possível alterar a posição intercúspidica e o guia anterior para melhor ou pior por meio de qualquer um desses meios.

Um dos objetivos da dentística restauradora é por os dentes em harmonia cm as ATMs. Com isso, obtém-se pressão mínima sobre os dentes e as articulações, com esforço mínimo do sistema neuromuscular para produzir dos movimentos mandibulares. Quando os dentes não estão em harmonia com as articulações e com os movimentos da mandíbula, diz-se que há interferência.

Interferências Oclusais:
Interferências são contatos oclusais indesejáveis que podem produzir desvio mandibular durante o fechamento da mandíbula até a máxima intercuspidação ou então opor-se a transição suave para a posição de intercuspidação. Há quatro tipos de interferências oclusais:

1. Cêntrica.
2. No lado de trabalho.
3. No lado de balanceio.
4. Na protrusão.

Interferência em cêntrica: é um contato prematuro que ocorre quando a mandíbula se fecha, com seus côndilos na melhor posição nas cavidades glenóides.



Provoca o deslizamento da mandíbula em direção posterior, anterior e/ou lateral.

Interferência no lado de trabalho: quando há contato entre os dentes posteriores superiores e inferiores no mesmo lado da direção do movimento da mandíbula.



Se esse contato for suficientemente forte para causar a desoclusão dos dentes anteriores, será considerado uma interferência.

Interferência no lado de balanceio: é um contato oclusal entre os dentes superiores e inferiores n lado oposto ao da direção em que a mandíbula se move na excursão lateral.



Trata-se de uma interferência de natureza particularmente destrutiva. Esse potencial para lesar o aparelho mastigatório é atribuído as alterações que ocorrem no braço de alavanca mandibular, no qual as forças incidem fora dos eixos longitudinais dos dentes e há ruptura das funções musculares normais.

Interferência na protrusão: é um contato prematuro que ocorre entre as faces mesiais dos dentes posteriores inferiores e as faces distais dos posteriores superiores.



A proximidade dos dentes em relação aos músculos e o vetor oblíquo de forças, além de tornarem potencialmente destrutivos os contatos entre dentes posteriores durante a protrusão, também interferem no uso adequado dos incisivos.

Oclusões normal e patológica
Em apenas um pouco mais de 10% da população há harmonia completa entre os dentes e as ATMs.

Na colocação de restaurações, o dentista deve esforçar-se para criar uma oclusão ótima, dentro das possibilidades de sua habilidade e das condições bucais do paciente. A oclusão ótima é aquela que exige um mínimo de adaptação por parte do paciente. Os critérios para atingi-la foram descritos por Okeson.

Princípios de oclusão ótima:


1. No fechamento mandibular, os côndilos ficam na posição mais anterior e superior, contra os discos, e sobre a parte posterior das eminências articulares das cavidades glenóides. Os dentes posteriores ficam em contato bilateral simultâneo firme e uniforme, e os dentes anteriores mantêm um contato ligeiramente mais leve.

2. As forças oclusais incidem sobre os eixos longitudinais dos dentes.

3. Nas excursões laterais da mandíbula, os contatos no lado de trabalho (de preferência sobre os caninos) provocam desoclusão ou separam imediatamente os dentes do lado de balanceio.

4. Nas excursões protrusivas, os contatos entre os dentes anteriores provocam a desoclusão dos dentes posteriores.

5. Na posição ortostática, os dentes posteriores tem contato mais efetivo que os anteriores.
Ortostasia: posição vertical (dicionário)

Caderno do quinto semestre:
1- Contatos bilaterais simultâneos (contato dos dois lados ao mesmo tempo)
2- Cargas axiais ( cargas ao longo eixo dos dentes)
3- Movimento no lado de trabalho sem interferência
3.1- Guia canina (toca só o canino no lado de trabalho)
Função parcial de grupo: toca os caninos mais pré-molares
Função total de grupo: toca os caninos mais os dos pré-molares e o molar)
4- Movimento de lateralidade lado de balanceio sem interferência
5- Movimento protrusivo com desoclusão dos posteriores.




Organização da oclusão:
São três as teorias aceitas para descrever o modo como os dentes devem ou não entrar em contato nas várias posições funcionais e excursivas da mandíbula. São elas as oclusões bilateral balanceada, unilateral balanceada, e com proteção mútua.

Oclusão bilateral balanceada
Um número máximo de dentes deve entrar em contato em todas as posições excursivas da mandíbula. Isso é particularmente útil na contrução da prótese total na qual o contato no lado de balanceio é importante para evitar o seu deslocamento. Depois, esse conceito foi aplicado aos dentes naturais na reabilitação oclusal completa. Tentava-se reduzir a carga suportada por cada dente dividindo-a entre o maior número de dentes possível. Logo se descobriu porém que esse era um tipo de organização difícil de ser atingido: em onsequência dos contatos múltiplos que ocorriam entre os dentes a medida que a mandíbula se movia em suas várias excursões, observava-se desgaste excessivo por atrição.

Oclusão unilateral balanceada (FUNÇÃO DE GRUPO)
Também conhecida como função de grupo, é um método amplamente aceito e utilizado de organização dos dentes nos procedimentos de restauração dentária hoje em dia.
* Elimina todos os contatos entre os dentes do lado de balanceio.

Para que haja oclusão unilateral balanceada é preciso que todos os dentes do lado de trabalho fiquem em contato durante a excursão lateral, enquanto os do lado de balanceio ficam isentos de qualquer contato. A função de grupo dos dentes do lado de trabalho distribui a carga oclusal.

A ausência de contato no lado de balanceio evita que seus dentes sejam submetidos a forças destrutivas de direção oblíqua observadas nas interferências do lado de balanceio. Também poupa as cúspides de contenção cêntrica (ou seja, as cúspides vestibulares dos dentes inferiores e as palatinas dos superiores) de desgaste excessivo.

Oclusão com proteção mútua
Também é conhecida como oclusão protegida pelo canino ou oclusão orgânica.

Em muitas bocas com periodonto sadio e desgaste mínimo, os dentes organizam-se de tal forma que a sobreposição dos anteriores impedem que os posteriores entrem em contato tanto no lado de trabalho quanto no de balanceio durante as excursões mandibulares. Essa separação da oclusão recebeu o nome de desoclusão. Segundo esse conceito de oclusão, os dentes anteriores suportam toda a carga e os posteriores ficam em desoclusão em qualquer posição excursiva da mandíbula. O resultado desejado é ausência de atrição.

A posição de máxima intercuspidação coincide com a posição ótima dos côndilos nas cavidades glenóides. Todos os dentes posteriores ficam em contato com as forças direcionadas ao longo de seus eixos longitudinais. Os dentes anteriores entrem em contato leve ou ficam sem contato, o que alivia as forças de direção obliqua que resultariam do contato. Como consequência da proteção que os dentes anteriores dão aos posteriores em todas as excursões mandibulares e da proteção que os dentes posteriores dão aos anteriores na intercuspidação, esse tipo de oclusão passou a ser conhecida como oclusão mutuamente protegida.

Para reconstruir uma boca usando-se a oclusão com proteção mútua é necessário que haja dentes anteriores sadios do ponto de vista periodontal. Se houver degeneração óssea anterior ou ausência dos caninos, provavelmente haverá a necessidade de restabelecer a função de grupo.

O uso da oclusão com proteção mútua também depende da relação ortodôntica dos arcos opostos. Tanto na maloclusão Classe II quanto na III (Angle), a mandíbula não pode ser guiada pelos dentes anteriores. Não se pode utilizar a oclusão com proteção mútua nas situações de oclusão invertida, ou de mordida cruzada, na qual as cúspides vestibulares dos dentes superiores e inferiores interferem mutuamente na excursão para o lado de trabalho.

fonte: Resumo do livro "Fundamentos de Prótese Fixa" Shillingburg

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Montagem do Articulador

Passos para montagem do modelo superior:

1. Marca a edentação superior sobre o garfo com auxilio de godiva de baixa temperatura de fusão; registrando três pontos: 2 posteriores e 1 anterior;

2. Posicionar o garfo na oclusal dos dentes (pedir que o paciente segurem com as duas mãos);

3. Posicionar o arco facial no garfo;

4. Inserir as olivas nos meatos acústicos externo e por último o ponto anterior no násio;

5. Fechar os parafusos do arco facial e os que fixam o garfo;

6. Soltar os parafusos superiores do arco facial e remover do paciente;

7. Transferir o arco facial para o articulador (remover o pino incisal antes);

8. Checar a adaptação do modelo sobre a "edentação" registrada no garfo (se não bater repetir);

9. Checar a existência de espaço entre a base do modelo e o ramo superior do articulador, caso não haja espaço recortar o modelo em altura;

10. Fixar o garfo no modelo com auxílio de elástico, hidrata-lo e verter o gesso manipulado.

11. Colocar o gesso manipulado sobre a base do modelo e a "bolacha" do ramo superior do articulador e esperar tomar presa, para fixação;

12. Encostar a barra anterior do ramo superior no arco facial;

13. Após a presa final do gesso, remover o arco facial e o garfo;

14. Recolocar o pino incisal, observando a marca padrão.

Passos para Confecção do "JIG" (desprogramador muscular)

1. Vaselinar os dentes superiores anteriores;

2. Manipular duralay vermelha e quando atingir a fase plástica levar a boca do paciente;

3. Enquanto a resina está polimerizando, refrigerar com água, ir retirando e reposicionando a resina para que não grude nos dentes;

4. Fechar o JIG deixando um espaço interoclusal nos dentes posteriores de 1 mm;

5. O JIG deve formar uma plataforma paralela ao plano oclusal do paciente;

6. Após a polimerização da resina, verificar o contato oclusal e ajustá-lo deixando o contato mais centralizado sobre o JIG;

7. Após a utilização do JIG verificar o contato oclusal em RC e gravar a edentação com resina, obtendo um gabarito de mordida em RC.


Outro video de demontração em paciente:
http://www.youtube.com/watch?v=YQ9Snz357X0



Passos para confecção do Modelo Inferior:

1. Plastificamos uma placa de cera 7 e o dobramos interpondo um gaze entre as camadas;

2. Cortamos na forma do arco dental superior, e aliviamos a região anterior onde será colocado o JIG;

3. Com o JIG em posição levamos a cera em posição e orientamos o fechamento da mandíbula até que os incisivos inferiores se encaixem, na edentação do JIG registrando assim a mordida em RC;

4. Obtido o registro em RC encaixamos no modelo superior que já está no articulador e posicionamos o modelo inferior;

5. Fixamos os dois modelos com auxílio de godiva em bastão e espatula de madeira;

6. Observamos a existência de espaço entre a base inferior do modelo e a bolacha do ramo inferior do articulador, caso não houver espaço recortar a base do modelo;

7. Hidratar o modelo e verter o gesso manipulado, sobre o espaço entre a base do modelo e a bolacha;

8. Fazer o registro de mordida em protrusão, lateralidade direita e esquerda para efetuar a individualização das guias condilares e ângulo de Bennet.

AJUSTE DO ARTICULADOR

1. Posicionar as guias condilares em 0 grau.
2. Reproduzir o movimento de protrusão através da mordida em cera.
3. Ajustar as guias condilares.
4. Aumentar o ângulo de Bennett do lado esquerdo para 30 graus.
5. Posicionar a mordida de lateralidade direita (mandíbula para a direita)
6. Fechar o ângulo de Bennett do lado esquerdo até o contato com a esferacondilar.
7. Repetir os passos de 4 a 6, invertendo-se os lados.

http://www.youtube.com/watch?v=HVjx6BMy-sk


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Passos clínicos de uma Prótese Total ( PT )


Passos clínicos de uma Prótese Total:
1- Exame clínico;
2- Exame Radiográfico;
3- Procedimentos prévios;
* Protocolo de tratamento se necessário (cirurgias pré-protéticas)
* Reembasamento terapêutico pré-protético
* Confecção DITEF
* Raio-X panorâmico e/ou oclusal
4- Escolha da moldeira desdentado;
5- Modelo de estudo;
6- Moldeira individual;
7- Moldagem funcional (pasta de óxido de zinco e eugenol);
8- Modelo de trabalho;
9- Base de prova, rolete de cera;
10- Montagem em articulador do modelo superior;
11- Relação maxilo-mandibular;
12- Montagem em articulador do modelo inferior;
13- Seleção e montagem de dentes artificiais;
14- Prova dos dentes e seleção da cor da gengiva;
15- Checagem da prótese acrilisada;
16- Instalação da prótese;
17- Cuidados posteriores;
18- Orientação de Higiene Bucal;
19- Sessões de acompanhamento;
20- Retorno necessário mediante alguma interação.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Restaurações Provisórias ( Prótese FIXA )


RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS
É importante que o dente preparado seja protegido e que o paciente sinta-se bem enquanto espera a restauração definitiva.

Durante o tempo que transcorre do preparo a colocação da restauração definitiva, o dente deve ser protegido por uma restauração provisória, que durante muitos anos foi conhecida como restauração temporária.

Requisitos de uma boa Restauração Provisória:


1
. Proteção da Polpa:
A restauração deve ser feita de um material que evite a condução de temperaturas extremas. As margens devem estar bem adaptadas para evitar infiltração da saliva.

2. Situação Estável:
O dente não deve apresentar movimentos em direção alguma (oclusal, mesial e distal). Qualquer deslocamento irá exigira ajustes ou reconstrução da restauração final no momento da cimentação.

3. Função oclusal:
Com a boa função oclusal da restauração provisória o paciente terá mais conforto, a migração do dente será prevenida, evitando-se, possivelmente, o desequilíbrio articular ou neuromuscular.

4. Facilidade de Limpeza:
Deve ser feita de um material e ter um contorno que permita a sua limpeza durante o tempo em que estiver em uso. Se os tecidos gengivais permanecerem sadios durante esse período, será menor a probabilidade de surgirem problemas após a cimentação da restauração final.

5. Margens bem delimitadas:
É da maior importância que as margens da restauração provisória não pressionem o tecido gengival. A inflamação resultante poderia causar a proliferação e recessos gengivais ,ou, no mínimo, hemorragia durante a moldagem e cimentação. Os contornos mal feitos de uma restauração de metal ou  resina pré-fabricada provisória podem criar saliências capazes de ferir a gengiva, enquanto as coroas provisórias de resina feitas no consultório podem ter ressaltos horizontais se não forem bem aparadas. Por outro lado, uma restauração com margens excessivamente curtas também pode provocar proliferação do tecido gengival.

6. Resistência e Retenção:
A restauração deve suportar as forças as quais sera submentida sem fraturar nem se deslocar do dente.
Fraturada uma prótese parcial fixa provisória poderá acelerar o movimento do dente. A restauração deve permanecer integra durante a sua remoção para que possa ser reutilizada, se necessário.

7. Estética:
Em alguns casos o provisório deve produzir bons resultados estéticos, sobretudo em dentes anteriores e pré-molares.

TIPOS DE RESTAURAÇÕES PROVISÓRIAS

Restaurações pré-fabricadas e artesanais:
Podem ser classificadas, segundo o tipo de execução, pré-fabricadas ou artesanais.  As pré-fabricadas compreendem desde cilindros de alumínios até formas de coroas anatômicas em metal, celuloide transparente e policarbonato na cor do dente. Podem ser usadas apenas para restaurações de dentes unitários.
As coroas e próteses parciais fixas artesanais podem ser feitas de vários tipos diferentes de resina, por meio de diversos métodos, diretos ou indiretos.

Técnicas Diretas e indiretas:
Segundo a técnica direta, a restauração é feita sobre o dente preparado, na boca, enquanto pela técnica indireta ela é feita fora da boca, sobre um modelo de gesso de presa rápida.

 Para que não fique presa em áreas retentivas, a restauração provisória direta de resina precisa ser retirada do dente antes que termine a sua polimerização.

Confecção do provisório em laboratório protético com resina acrílica ativada termicamente. Esta técnica é indicada quando o provisório é realizado com o intuito de ser usado por muito tempo. Apresenta resultados estéticos ótimos, mas custo maior. Consiste na moldagem do preparo e envio ao laboratório, onde será confeccionado o provisório. É importante sempre lembrar da necessidade da moldagem do arco antagonista e da tomada do registro de mordida, afim de que o protético possa estabelecer os contatos ideais com os elementos antagonistas e adjacentes.

Resinas para as restaurações provisórias:
O poli(metilmetacrilato) é a usada há mais tempo. Nos últimos anos tem sido muito usados o poli (etilmetacrilato), o poli (viniletilmetacrilato), a resina composta bisacrílica e o uretano-dimetacrilato, que é fotopolimerizavel. Nenhuma resina é superior as outras sob todos os aspectos, e o dentista deverá ponderar as vantagens e desvantagens de cada uma ao fazer sua escolha.

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A INDICAÇÃO:

Em caso de dentes íntegros ou com preenchimento:
Técnica

- Através de moldagem prévia do elemento antes do preparo dental
A moldagem é realizada com alginato ou optosil.
Após a execução do preparo dental, vasilina-se o dente afim de impedir a retenção da resina no mesmo.
Manipula-se a resina acrílica e, quando esta se encontrar na fase plástica, preenche-se o molde e leva-se o mesmo á boca.
Durante a fase borrachóide da resina, remove-se e recoloca-se a moldeira em posição, afim de facilitar a posterior remoção do provisório, através da compensação da contração da resina.
Após a completa polimerização da resina, retira-se o provisório do dente, executando-se os procedimentos de acabamento e polimento.
O reembasamento é feito com resina Duralay, a qual apresenta rápida polimerização e alta lisura, sendo favorável ao periodonto.
Após novo acabamento e polimento, realiza-se o ajuste proximal e oclusal.
Esta técnica apresenta a vantagem de já obtermos a escultura, sendo portanto simples e rápida.

Em caso de dentes com núcleo ou sem integridade de forma:
Técnicas
- Através de “bola” de resina acrílica (técnica da bolinha)

Vaselina-se o dente em questão, assim como seus antagonistas e adjacentes.
Manipula-se a resina acrílica e durante a fase plástica faz-se uma “bolinha”, leva-se a boca e pede-se para o paciente ocluir.
Adapta-se a resina ao dente com auxílio de um instrumento rombo.
É importante lembrar que é necessário a remoção e recolocação do provisório em posição durante a polimerização da resina.
Após a total polimerização, removem-se os excessos com disco de lixa de granulação grosseira.
O reembasamento é feito também com resina duralay, devendo o provisório atingir o término do preparo.
Realiza-se o ajuste proximal e oclusal, término da escultura e posterior polimento da mesma maneira anterior.

-Através do uso de dentes de estoque:

Esta técnica é indicada para dentes anteriores, onde a estética é fundamental.
Inicialmente seleciona-se a cor, forma e tamanho do dente de estoque, tendo em base os dentes adjacentes e antagonistas.
Desgasta-se o mesmo com broca esférica, podendo ser removida toda a sua face lingual.
Seleciona-se em seguida resina acrílica de cor compatível com o dente, manipula-se a mesma, preenchendo o dente de estoque e levando-o em posição, com o dente preparado já vaselinado.
Remove-se os excessos e procede-se ao reembasamento, acabamento e polimento.
É importante ressaltar que deve-se conservar o máximo possível o dente de estoque, visto que este apresenta polimento ótimo, dificilmente obtido em consultório.




-Através do uso de coroas de policarbonato
Esta técnica apresenta a vantagem de produzir resultados ótimos quanto a lisura do provisório.
Seleciona-se inicialmente a coroa de policarbonato, levando-a a boca para a prova e adaptação, a qual é realizada com auxilio de tesouras.
A coroa funciona como um molde, por isso deve-se selecionar um tamanho maior que o desejado, com o intuito de compensar a contração da resina.
Preenche-se a coroa com resina acrílica e leva-se a mesma a boca.
Após a polimerização, remove-se a coroa de policarbonato e obtém-se o provisório.
Procede-se ao acabamento e polimento como nos casos anteriores.

Em casos de dentes com tratamento endodôntico sem núcleo:
Técnica
- Através do uso de pinos intrarradiculares

Técnica indicada em dentes com tratamento endodôntico, onde é necessário buscar retenção intra canal para o provisório.
Inicialmente regulariza-se o remanescente dental, e em seguida inicia-se a desobturação do conduto com auxilio de Calcadores de Paiva.
Vaselina-se o conduto e seleciona-se um fragmento de fio ortodôntico ou clipe, fazendo retenções no mesmo.
Coloca-se a resina acrílica ao redor do pino e o leva em posição, removendo e recolocando até a completa polimerização.
Quando pronta a porção radicular, completa-se a porção coronária usando a técnica do dente de estoque ou da “bola de resina”




Cimentação
A cimentação é feita através do uso de cimentos provisórios a base de hidróxido de cálcio ou óxido de zinco com ou sem eugenol.
Os cimentos a base de hidróxido de cálcio apresentam a vantagem de não interferir na polimerização da resina, mas possuem tempo de presa menor.

Passos para a cimentação:
- Isolamento relativo;
- Secagem do campo e provisório, evitando solubilização do cimento;
- Manipulação do cimento e colocação do mesmo no provisório e este a boca;
- Checagem da oclusão;
- Remoção dos excessos com auxilio de explorador e fio dental;
- Importante: deve-se ter cuidado de não levar resíduos ao periodonto, o que pode levar a trauma e inflamação gengival, e consequente dificuldade na moldagem.


Resumão PPR:


1)      Qual a função principal do conector maior ?
R:  Unir a PPR direta ou indiretamente todas as outras partes componentes entre-sim.

2)      Quais as funções secundárias do conector maior ?
R:  Além da função principal de conexão,  pode participar do suporte, das retenções direta e indireta e da estabilização da prótese.
Todas essa funções podem acontecer apenas com os conectores maiores da maxila, uma vez que esses mantém intimo contato com a fibromucosa.
*Suporte: é dado através do intimo contato com a fibromucosa.
*Retenção direta:  adesão , coesão e pressão atmosférica.
* Retenção indireta;  da mesma forma depende do intimo contato com a fibromucosa, impedindo que a prótese rotacione através do fulcro formado  pelos dois principais apoios oclusais.
*Estabilização horizontal:  a principal estabilidade é o contato da armação metálica com os dentes suporte, sendo os flancos linguais do palato responsáveis pela estabilização.

3)      Quais as características dos Conectores maiores ?
R:  Devem ser RIGIDOZ, para que toda PPR possa atingir objetivo  de bom desempenho biomecânico, se o conector não for rígido e flexionar-se sobre função, poderá intruir e lesar o tecido.
Devem possuir compatibilidade biológica.

4)      Cite os conectores maiores para a mandíbula:
R:  Barra lingual, Chapeado lingual, Splint Lingual, Barra sublingual, Barra vestibular e barra bipartida.

5)      Defina barra lingual quanto a sua localização, secção e forma e indicações:
R: Localização: deve estar localizada o mais distante possível da gengiva marginal livre, no mínimo 2 mm, idealmente de 3 a 4 mm ou até mais quando possível.
Secção e forma:  em forma de meia pera, com a parte mais espessa localizada inferiormente.
Alívio: não deve ter contato com a mucosa, para não intruir no tecido.
Indicações: é de aplicação universal (I, II , III e IV de Kennedy)  desde que haja espaço para sua aplicação, a altura do rebordo lingual seja compatível com a largura da barra.

6)      Defina chapeado lingual quanto a sua localização, secção e forma e indicações:
R: Localização: O conector chapeado, ou, recobrimento lingual recobre desde o cíngulo dos dentes anteriores no limite superior até pouco além da gengiva marginal, no limite inferior.
Secção e forma: contornar os dentes anteriores de formais mais anatômica e delgada possível para tornar-se o menos perceptível a língua, sua secção deve ser em forma de meia pêra.
Alivios: deve-se aliviar as ameias para que o conector não invada as áreas retentivas e também a gengiva.
Indicação: caso em que não haja espaço para colocação de uma barra lingual.
Casos em que se deseja retenção indireta (contato com os dentes),.
Torus mandibular
Expectativa de perda de elemento dental no futuro.

7)      Defina Splint lingual, quanto a sua localização, secção e forma , indicação:
R: Localização: ocupa todo o terço cervical dos dentes anteriores, sem entretanto atingir a gengiva marginal livre.
Secção e forma: meia cana alongada (semelhante a letra D)
Indicações: iguais ao chapeado lingual, quando se deseja retenção indireta adicional.
Casos em que os dentes anteriores foram reabilitados por PPFs, onde se faz um preparo na superfície lingual para receber o splint.


8)      Defina barra sublingual, quanto a sua localização, secção e forma, indicação:
R: Localização: situa-se no sulco lingual, logo acima dos tecidos móveis do assoalho da boca. (posição mais baixa que a barra clássica)
Secção e forma:  sua secção é ovoide. Apesar de muito volumoso é muito confortável.
Devem ser feitos alívios.
Indicações: casos em que houver altura de rebordo reduzido. (moldeiras individuais)
9)      Defina Barra vestibular, quanto a sua localização, forma e secção e indicação:
Localização: localiza-se no sulco vestibular, acima do sulco gengivolabial.
Secção e forma: secção em forma de meia cana alongada ou da letra D.
Deve ser feito alivio, o freio labial e aminência canina ambém devem ser aliviados.
Indicações: casos em que haja linguoversão excessiva dos dentes anteriores.


10)   Defina barra Bipartida quanto a sua localização, secção e forma e indicação:
R: Localização: a mesma da barra lingual clássica, o que diferencia é que na sua porção média ela ramifica-se em duas.
Secção e forma: a barra único possui secção em forma de meia pera, após a bifurcação ambas as barras possuem secção em forma de meia cana.
Alivios: necessários semelhante a barra clássica
Indicações:  dentes suporte com suporte periodontal inadequado.
Ele é flexível, levam a uma sobrereabsorção.
Indicar este conector apenas para casos que haja fator ósseo positivo.


11)   Quais são os conectores maiores para a maxila ?
R:  Barra palatina, recobrimento parcial palatino, recobrimento total, dupla barra, barra bipartida.

12)   Quais são as características gerais dos conectores maiores ?
R: Não há necessidade de alívio, o palato participa do suporte da prótese.
Manter-se o mais afastado da gengiva marginal livre (ideal de 4 a 6mm), enquanto aqueles que se situam junto as rugosidades palatinas devem ter sua linha de terminação no vale formado entre duas rugosidades para que o conector torne-se o menos perceptível possível.

13)   Defina Barras palatinas, quanto a sua localização , forma e indicação:
R:  Localização: as barras anteriores ocupam a região das rugosidades palatinas, as médias logo atrás das rugosidades e as posteriores na frente do limite palato duro/mole.
Secção é em forma de letra D alongada.
Indicação: pequenos espaços protéticos de Classes III e IV

14)   Defina Recobrimentos Parciais quanto a sua localização, forma e indicação:
R: Localização: são denominados de acordo com a posição que ocupam no palato (anterior, médio e posterior)
Secção e forma:  cinta plana
Indicações: Classes I, II, III e IV, de espaços protéticos pequenos e médios.
Quando existirem espaços protéticos maiores, pode-se associar dois recobrimentos.

15)    Defina o conector maior de Recobrimento total, quanto a sua localização, secção e forma e indicações:
R:  Recobre toda a área aproveitável do palato. Pode ser de metal ou resina.
Secção e forma: cinta plana.
Indicações: quando houver poucos dentes remanescentes, haverá a necessidade que  o conector maior participe do suporte, das retenções direta e indireta e da estabilização horizontal da prótese.
É o conector de eleição quando da presença apenas dos dentes anteriores dispostos em linha reta.


16)   Defina Dupla Barra:
R: Localização:  caracteriza-se pela presença de uma barra anterior e outra posterior, havendo um espaço central livre.
Indicações:  Utilização universal.

17)   Defina barra bipartida:
Localização: Anterior e posterior.
Na região anterior é única e subdivide-se em duas: uma que une os elementos constituintes que tem contato com os dentes e outra que une-se a sela.
Secção e forma: porção anterior secção em cinta plana, porção posterior em letra D alongada.
Indicações: Indica-se barras bipartidas superiores quando se deseja poupar os dentes remanescentes de uma sobrecarga mastigatória.


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RETENTORES OU GRAMPOS:

1)      Defina retenção:
R: é a resistência ao desalojamento da prótese no sentido cervico oclusal, podendo ser fisiológica , física ou mecânica.


2)      Uma PPR deve respeitar as leis de ROACH quais são elas:
R: Retenção,  Fixação, Estabilidade e Reciprocidade.

3)      Quais as características gerais dos grampos circunferenciais ?
R:  Possuem origem oclusal, a partir dessa posição orienta-se em direção cervical.
1 Braço retentivo, flexível, posiciona-se no terminal retentivo (0,25mm)
1 Braço de reciprocidade que situa-se acima do equador protético.

4)      Quais as características gerais dos grampos por Ação de Ponta ?
R: Foram idealizados por ROACH, sua característica é o braço de retenção emergir da sela, sendo sua origem de cervical para oclusal. (TULIC)
Todo grampo de ação de ponta deve ter em sua unidade , um elemento de suporte (apoio) e um braço de reciprocidade ao braço de retenção.

5)      Quais são os tipos de grampos circunferenciais ? dê o nome de cada um.
R: 1. Grampo de Ackers, 2. Grampo de ação reversa,3. Grampo em Anel, 4. Grampo circunferencial Half and Half (meio a meio),5.  Grampo Gêmeos.

6)      O Grampo de Ackers é constituído por quais elementos, e para quais casos ele é indicado?
R:  Um apoio oclusal, um braço de retenção, um braço de oposição, unidos entre-si pelo corpo do grampo e um conector menor.
São indicados para: molares e pré-molares e casos ou segementos dento suportados, quando o terminal retentivo (0,25mm) estiver oposta ao espaço protético e o dente em posição normal no arco (verticalizado)

7)      O grampo de ação reversa é constituído por quais elementos, e para quais casos ele é indicado ? (Grampo de GILLET)
R: O braço de oposição e o conector menor são iguais ao grampo de ackers, esse grampo é determinado quando o apoio e o terminal retentivo estão do mesmo lado.
Indicação: Dentes mesializados com inclinação da coroa para o espaço protético; é indicado para dentes posteriores , quando a porção retentiva se localizar próximo ao apoio, ou seja, o terminal retentivo e o apoio se encontrarem do mesmo lado.

8)      Quais as características do  grampo circunferencial em anel , são constituído por quais elementos ?, e para quais casos ele é indicado ?
R: Caracteriza-se por circunscrever o dente suporte a partir do ponto de origem , lembrando a forma de um anel.
Ao seus constituintes são classificados em 3 tipos:

*1 apoio e 1 conector menor:
-  O braço de reciprocidade nasce do apoio, caminha por lingual e atinge a proximal contornando-a, o braço de retenção é uma continuação do braço de reciprocidade.

*2 apoios e 1 conector menor:
O braço de renção tem origem a partir do apoio intermediário.
Possui características semelhantes ao braço de oposição de Ackers, exceto na sua extremidade terminal, onde se une a um apoio intermediário.

*2 apoios e 2 conector menor:
Esses elementos são unidos por intermédio do braço de reciprocidade.

Indicação:
Um apoio:  molares e pré-molares posteriores ao espaço protético, dentes não mesializados, lingualizados (inferiores) e vestibulares (superiores)

Dois apoios:  Pilares posteriores ao espaço protético, molares e pré-molares isolados entre dois espaços protéticos Classe III de kennedy com retenção mésio-vestibular ou mésio lingual.

9)      Quais as características do grampo circunferencial Half and Half ? seus elementos constituintes ? e suas indicações ?
R: Característica: dupla retenção.
Possuem dois apoios oclusais (mesial e distal) por onde emergem seus respectivos conectores menores e braços de retenção (um por vestibular e outro por lingual)
Esse grampo não apresenta braço de reciprocidade
A reciprocidade de cada terminal retentivo é dada pelo corpo e pela porção emergente do braço do grampo oposto.
Indicações: Molares e pré-molares isolados entre dois espaços protéticos dentes suportados.

10)   Quais as características do grampo circunferencial Gêmeos ? Seus elementos constituientes ? E suas indicações ?
R:  São idênticos ao grampo de Ackers, unidos por um único apoio ou descanso interdental.
Compôem-se de um apoio interdental, 2 braços de retenção e 2 braços de reciprocidade.
Indicações:  Sempre que houver necessidade de unir dentes em qualquer classe de Kennedy.

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1)      Quais são os constituintes de uma PPR ?
R:  Retentores diretos, retentores diretos intracoronários,  retentores indiretos, conector menor, sela, dentes artificiais, conector maior.


2)      Defina retentor direto:
R: Impede que a prótese se desloque sob força de extrusão, ou seja paralela a trajetória de inserção.

3)      Defina retentor indireto:
R: Impedem que as próteses de extremidade livre executem movimentos rotacionais durante a mastigação de alimentos pegajosos. (manutenção da retenção direta )

4)      Os retentores extracoronários ou grampos apresentam quatro elementos constituintes, quais são eles ?
R: Braço de retenção: responsável pela retenção direta.
Braço de oposição: responsável pela reciprocidade e estabilidade.
Apoio oclusal ou incisal: responsável pela fixação e suporte.
Corpo do grampo: união entre o apoio e os braços de retenção e reciprocidade,
é ele que abraça o dente suporte , impedindo seu deslocamento sob forças de extrusão (retenção direta)

5)      Quais elementos são mais utilizados como retentor indireto ?
R: Apoios oclusais e devem ser usados em dentes distantes ao espaço protético.

6)      Defina conector maior e conector menor:
R:  Conector maior:  tem como função unir os componentes localizados nos dois lados do arco, está ligado direta ou indiretamente as outras partes da prótese.
Conector menor: Unir o conector maior aos demais elementos da PPR (retentores diretos, apoios, sela, etc...)

7)      Defina SELA:
R: Suporta os dentes artificiais a grade metálica, e restabelece volume de osso alveolar reabsorvido.

8)      Defina dentes artificiais em PPR:
R: Devolver estética e função dos dentes naturais perdidos.